Mestrado em Justiça Juvenil e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo
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Percorrer Mestrado em Justiça Juvenil e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo por autor "Fonseca, Helena Isabel Soares da"
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Item Relação entre as experiências adversas na infância e a qualidade de vida(2023) Fonseca, Helena Isabel Soares da; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Objetivos: Existe muita literatura acerca de experiências adversas na infância (EAI) e as consequências físicas e psicológicas, mas a maior parte da evidência tem sido obtida em amostras com adultos. Escasseiam estudos com amostras de adolescentes e que tenham estudado a qualidade de vida. Nesse sentido, este estudo procurou avaliar 10 EAI, e explorar a relação de cada uma na qualidade de vida. Método: A amostra foi composta por 189 participantes, com uma média de 16 anos de idade (DP = 1.23), variando entre os 13 e os 18 anos. Relativamente ao sexo, 95 era do sexo feminino e 94 era do sexo masculino. Resultados: De modo a perceber quais as experiências adversas que eram correlacionadas com a qualidade de vida, recorreu-se à utilização do programa SPSS, versão 28, em que os resultados demonstraram que das 10 EAI, apenas cinco foram estatisticamente significativas: abuso emocional (r = .36, p = .036), abuso sexual (r = .247, p < .002), negligência emocional (r = .251, p < .002), violência doméstica (r = .205, p < .001) e perturbação mental ou suicídio de familiares a viver com o adolescente (r=.282, p < .001). Através da análise de regressão, que incluiu estas 5 EAI como preditores, os resultados demonstraram que apenas a Perturbação Mental ou Suicídio no Ambiente Familiar foi preditor da qualidade de vida, ou seja, a pontuação nesta adversidade foi associada a menor qualidade de vida (β = .247, t = 3.247 = 7.129). Conclusões: O estudo permitiu identificar que existe uma relação entre as experiências adversas na infância e a qualidade de vida em adolescentes. São discutidas as implicações da relação entre a perturbação mental ou suicídio de familiares a viver com o adolescente com a qualidade de vida, sugerindo-se algumas medidas de atuação para profissionais que trabalham em justiça juvenil e proteção de crianças e jovens. Palavras-Chave: adolescentes; adversidade; qualidade de vida