Percorrer por autor "Portela, Joana da Silva"
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Item Atração e autoeficácia sexual em mulheres com dor sexual(2023) Portela, Joana da Silva; Oliveira, Cátia Margarida dos Santos Pereira de, orient.A Perturbação de Dor Génito-Pélvica/Penetração ou dor sexual feminina afeta cerca de 45,4% das mulheres e a sua origem pode estar associada a múltiplos fatores biopsicossociais. No entanto, ainda não é compreendido como a atração pelo/a parceiro/a pode influenciar a intensidade da dor sexual na mulher, como potencializa o evitamento de relações sexuais com penetração e mantém as dificuldades relacionais e individuais. Nesse âmbito, o presente estudo teve como objetivo explorar e compreender a relação entre atração e autoeficácia sexual na dor sexual feminina, e o seu impacto no funcionamento, satisfação sexual e intensidade da dor, analisando-se as diferenças entre mulheres com dor sexual e mulheres da população geral. O estudo realizou-se em formato online. Participaram no estudo um total de 300 mulheres portuguesas, maiores de 18 anos: 222 mulheres da população geral e 78 mulheres com dor sexual. Os resultados do presente estudo demonstram diferenças significativas entre os dois grupos. Mulheres da população geral revelaram níveis superiores de autoeficácia e atração, comparativamente com as mulheres que apresentam dor sexual. Não se verificaram diferenças entre os grupos ao nível do funcionamento sexual geral e na dimensão orgasmo, contudo mulheres com dor sexual apresentaram níveis elevados nas dimensões lubrificação, dor e vaginismo, e níveis inferiores nas dimensões desejo, excitação e satisfação sexual, comparativamente com as mulheres da população geral. Paralelamente, os resultados do presente estudo indicaram que a atração e autoeficácia sexual não predizem a intensidade da dor. Já no que diz respeito ao funcionamento e satisfação sexual das mulheres que apresentaram dor sexual, surgiram como preditores significativos a autoeficácia, especialmente interesse-desejo e orgasmo interpessoal. Também a frequência de atração influenciou um melhor funcionamento e satisfação sexual, o mesmo não acontecendo com a sua intensidade, uma vez que a mesma não se mostrou associada a maior ou menor funcionamento e satisfação sexual. Espera-se, com estes resultados, contribuir para a desmitificação do tabu em torno da sexualidade, contribuir para uma maior literacia sobre as disfunções sexuais e sensibilizar para a procura de apoio face ao problema. Também se espera que os resultados contribuam para futuras investigações, favorecendo o desenvolvimento de modelos de avaliação e intervenção mais individualizados e especializados para a dor sexual.