Cadernos de Sociomuseologia
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Percorrer Cadernos de Sociomuseologia por assunto "AESTHETICS"
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Item A ético-estética da experiência museal(Edições Universitárias Lusófonas, 2023) Ferraro, José LuísO presente artigo tem como objetivo promover a discussão em torno da dimensão ético-estética no interior da ciência a partir dos museus de ciências. Trata-se de uma tentativa de aproximação entre o campo científico e a esfera do sensível, observando a importância da experiência estética na ciência. A estetização da ciência trata de sua necessária sensibilização considerando a prevalência discursiva de seu paradigma moderno; afastando a subjetividade e permanecendo arraigada ao mito da neutralidade. Neste trabalho exploramos a importância da experiência do fora, da postura nomádica e do ritornelo na produção de constantes movimentos de (des)territorialização em uma tentativa de desprendimento de uma concepção de ciência tão somente normativa, para a produção de percepções em torno da possibilidade de uma ciência ética. Para tanto, os museus de ciências como ferramenta pedagógica servem como mote na condução desta problematização. Palavras-chave: museus de ciências; ética; estética; educação.Item Museus-Casas: Um Olhar Fenomenológico(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Câmara, Ana ZarcoO objetivo da comunicação é elaborar, tendo em vista a espacialidade própria aos museus-casas, uma investigação de caráter fenomenológico. Tal caráter se desvela através da consideração de todo e qualquer objeto como dotado de uma infinidade de significações, que somente se delimitam no instante em que este entra em relação. Nosso ponto de partida é a duplicidade do objeto “museu-casa”: enquanto objeto voltado para o habitante da casa e suas construções de sentido; e enquanto objeto voltado para o olhar e as expectativas do visitante da casa, daquele que perscruta a fronteira movediça e intangível, que separa e reúne tempos, espaços e significâncias tecidas pela relação casa-morador-visitante. É sabida a impossibilidade de se reconstruir com fidelidade absoluta e inconteste a “aura” da casa de outros tempos, assim como sabe-se da atual tendência a afastar o objetivo do museu-casa de tais pretensões. A ausência dos moradores e o deslocamento espaço-temporal são alguns dos fatores que impedem um olhar direto à casa per se. Apesar deste distanciamento tomado da casa em sua dinâmica própria, há um fator considerado privilegiado quando se trata das relações entre os ambientes re-encenados e o visitante, por concernir ao próprio do museu-casa: a intimidade evocada. Aquilo que diferencia o museu-casa de outros museus e que estimula, no visitante, uma receptividade peculiar, a saber, a curiosidade por conhecer, ainda que deslocados de seu espaço-tempo e movimento próprios, os espaços secretos de uma personagem histórica. Ao contrário dos elementos revelados pelo habitante da casa, que pertencem ao âmbito do público e exposto, temos com o museu-casa, a oportunidade de acessar o universo íntimo do morador, recriando o dado, re-colorindo os ambientes. Sob este aspecto, a casa aberta à visitação se revela como plataforma propícia a um estetizar que faz dos objetos expressões, assim como faz do visitante artista ativo do espaço íntimo.