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Percorrer ULusófona - Centro Universitário de Lisboa por assunto "11 DE SETEMBRO 2001"
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Item Entre o legítimo e o legitimado: a explosão dos acontecimentos nas capas de VEJA(Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Vaz, Paulo Bernardo Ferreira; França, Renné Oliveira; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoO presente trabalho busca compreender as maneiras como a mídia opera na escolha e seleção de determinados assuntos ao mesmo tempo em que é afetada por outros. A proposta é olhar para duas diferentes concepções de acontecimentos: um que nomeamos de legítimo, pois emerge por força própria, rompendo com as expectativas e afetando as experiências dos sujeitos, obrigando uma investigação a respeito de suas causas e conseqüências – de acordo com a concepção de Louis Quéré; e outro, chamado aqui de legitimado por ser construído e selecionado em função de seus potenciais de atualidade, socialização e imprevisibilidade, que é atrelado ao cotidiano e não produz mudanças significativas para o coletivo – a partir das discussões de Mouillaud e Charaudeau. Questio nando essas diferentes maneiras de aparição do acontecimento na superfície da mídia, trabalharemos a partir de capas da revista brasileira Veja do ano de 2001. Das 51 edições daquele ano, selecionamos para análise um acontecimento que denominamos legitimado (relacionado ao novo papel da masculinidade em nossa sociedade) e três acontecimentos que chamamos aqui de legítimos, sendo que apenas um deles ocupou sete capas da revista: os atentados de 11 de setembro. A tentativa aqui é de buscar perceber como é possível essa operação dos media de, ao mesmo tempo em que se abre a um acontecimento legítimo em seu poder de transformação (como o 11 de setembro), precisa legitimar outros acontecimentos para sua própria sobrevivência enquanto instituição (caso de assuntos cotidianos como o papel do homem no século XXI). A discussão não passará por uma tentativa de justificação desse caráter dual dos meios na sua forma de tratar os acontecimentos. Trata-se de uma busca de compreensão das maneiras como a mídia opera na escolha e seleção de determinados assuntos ao mesmo tempo em que é afetada por outros. O objetivo é buscar compreender como os media lidam com essas duas concepções diferentes de acontecimentos: aquele que emerge provocando descontinuidade e obrigando a instalação de um inquérito a respeito de seu passado e das modificações que provoca para o futuro; e aquele que surge como construção discursiva ligada ao cotidiano, inicialmente sem grande poder para afetar o coletivo. Quais forças estão em jogo entre o acontecimento legítimo e aquele que aparece legitimado pelo discurso midiático?Item Terrorism, cosmopolitanism and globalization: Joseph O'Neill's Netherland and Mohsin Hamid's The Reluctant Fundamentalist(Edições Universitárias Lusófonas, 2012) Araújo, Susana; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoEste artigo examina dois romances sobre os ataques do “11 de Setembro de 2001,” Netherland de Joseph O›Neill, publicado em 2008, e The Reluctant Fundamentalist de Mohsin Hamid, publicado em 2007. Escrito por escritores de diferentes nacionalidades mas com percursos internacionais semelhantes, ambos os romances tentam alcançar uma perspectiva transnacional sobre o clima de insegurança gerado pelos ataques terroristas de 11 de Setembro. Ambos os romances desvendam uma história de violência que une o legado colonial e novas formações imperiais resultantes do capitalismo neoliberal, revelando em última análise dificuldades em forjar uma visão cosmopolita abrangente, face a novas inseguranças internacionais.