Mestrado em Exercício e Bem-Estar

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    Avaliação, aconselhamento, prescrição e supervisão da prática de atividade física e exercício físico em adolescentes com excesso de peso ou obesidade e a sua relevância na resistência à insulina
    (2023) Galvão, Inês Garcia; Ascenso, António José Videira da Silva, orient.
    A atividade física (AF) está associada a benefícios na saúde física e mental/psicológica dos praticantes, tornando-se importante tanto na prevenção como no tratamento de algumas doenças. Conhecendo os seus benefícios, torna-se crucial implementar estratégias que visem fomentar este hábito desde cedo, potenciando a sua continuidade na vida adulta. A adolescência poderá representar um período critico na adoção de comportamentos de saúde, entre eles, do comportamento de AF. Este Relatório de Estágio tem como objetivos: (i) explorar a importância e eficácia da AF e exercício físico (Ex) na saúde dos adolescentes com excesso de peso ou obesidade, analisando o processo de acompanhamento dos mesmos na Consulta de Obesidade Pediátrica, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (HSM, CHULN); (ii) bem como a analisar a associação entre AF e a resistência à insulina (RI), uma das mais prevalentes comorbilidades associadas à obesidade nestas idades. Neste sentido foi realizada uma Revisão breve de Revisões Sistemáticas da Literatura (RSL), uma Investigação Original e um Relatório de Estágio referente ao trabalho desenvolvido na Consulta de Obesidade Pediátrica, HSM, CHULN. Na revisão breve foram incluídas RSL com informação relevante acerca da associação entre AF/Ex e RI em adolescentes com excesso de peso ou obesidade, através de uma pesquisa bibliográfica realizada na base de dados PubMed (NCBI). Na Investigação Original foram incluídos 71 participantes, anteriormente recrutados para um programa de gestão de peso, seguidos durante 6 meses. De acordo com a Revisão breve de RSL realizada, o Ex é eficaz na melhoria da RI, sendo o treino combinado (TC), i.e., treino aeróbio + treino de força, o tipo de treino com melhores resultados no tratamento da RI em adolescentes com excesso de peso ou obesidade. Estes resultados são coincidentes com os resultados da Investigação Original, que sugere que o tipo de Ex poderá ser mais importante que os níveis de AF per se, na RI. Neste estudo observou se ainda uma associação inversa entre a RI e o z-score do índice massa corporal (IMC) (H=11,290, p=,010), bem como com o rácio cintura-estatura (H= 13,744, p=,003). O Relatório de Estágio salienta a importância do papel do Fisiologista do Exercício no processo de tratamento da obesidade e das comorbilidades associadas, tais como a RI, através da promoção da prática de AF/Ex. Neste sentido, e no que diz respeito à prescrição de Ex em adolescentes com obesidade e RI, o TC parece ser o tipo de treino com melhores resultados no tratamento da RI. Palavras-chave: Atividade física, Exercício físico, Excesso de peso, Obesidade, Adolescentes, Resistência à Insulina
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    Brazilian jiu-jitsu e surf recreativo, aspectos físicos, antropométricos e motivacionais do desempenho
    (2016) Kenappe, Bruno Aquino; Madeira, Raquel Maria Santos Barreto Sajara, orient.
    Objetivo: A presente tese de mestrado teve como principal objectivo averiguar as capacidades físicas, antropométricas e motivacionais decorrentes da prática do Brazilian Jiu-Jitsu e Surf recreativo, colaborando para o entendimento dos benefícios destas atividades. Método: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura (RSL), onde se sumarizou as evidências científicas sobre o tema da pesquisa. Sucessivamente foi realizado um estudo observacional descritivo, investigando os aspectos antropométricos (peso corporal, estatura, percentagem de massa gordura, indice de massa corporal), as capacidade físicas (flexibilidade, potência/força de MMSS, MMII, Core e equilíbrio/ coordenação) e a motivação (QMDA) de praticantes de bjj e surf a nível recreativo. Participaram do estudo, 90 indivíduos adultos do sexo masculino (idade 24,48 ± 2,73 anos) divididos em 3 grupos, praticantes de bjj, praticantes de surf e não praticantes, nas cidades de Curitiba e Guaratuba- PR (Brasil). Resultados: Foram implicados 7 artigos na RSL, destes, devido a escassez de estudos sobre esta temática, 4 eram referente ao bjj e 3 ao surf. Destes, 3 retratavam diretamente sobre o tema, enquanto os outros contribuíram de forma específica. Os estudos reportaram que praticantes de surf e bjj apresentam valores bons/ótimos das varíaveis físicas e valores bons alusivos à composição corporal. Fato correspondido com os resultados deste estudo observacional, além disto somente o GPJJ apresentou valores totalmente importantes para a motivação desportiva. O nível técnico dos participantes não influenciou nas variáveis em estudo. Conclusões: A realização deste estudo demonstra que a prática do surf e bjj promovem benefícios para a saúde, além disto, podem ser prescritas ou enquadradas conforme as recomendações dos orgãos de saúde. São necessárias mais investigações nesta área, preferencialmente estudos descritivos que permitam uma melhor compreensão dos aspectos físicos, antropométricos, fisiológicos e motivacionais envolvidos e o seu impacto na qualidade de vida dos praticantes. Palavras chave: Brazilian jiu-jitsu, jiu-jitsu, surf, aspectos antropométricos, aspectos físicos, variáveis físicas, atividade física
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    Será que diferentes tipos de comportamento sedentário têm associações distintas com as doenças crónicas?
    (2023) Rosa, Cristiana Alexandra Calado; Júdice, Pedro Alexandre Barracha da Guerra, orient.
    Esta dissertação tem dois objetivos: realizar uma revisão sistematizada rápida da literatura, que pretende analisar a literatura publicada sobre a associação entre comportamento sedentário (CS) geral e de domínios específicos e as doenças crónicas; realizar um estudo observacional transversal com objetivo de analisar a associação entre diferentes tipos de CS com a presença de doença crónica, ajustando para a atividade física (AF). MÉTODO Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Pubmed e SportDiscus e foram considerados para inclusão, estudos originais, cuja população estudada fosse adulta (entre os 18 e 64 anos) e que mencionasse estudar pelo menos a relação entre um qualquer tipo específico de CS e uma qualquer doença crónica. Foram encontrados 225 estudos possivelmente relevantes, no entanto, foram incluídos na revisão 14 estudos, sendo que dos estudos selecionados, 7 são estudos transversais, 4 estudos de coorte, 2 estudo de caso/controlo e 1 longitudinal. O estudo original contou com a participação de 334 indivíduos (200 mulheres e 134 homens) submetidos ao questionário “LUSÓFONAtiva” em 2021. Este instrumento de recolha de dados foi aceite pelo Comité de Ética da Faculdade, onde estavam incluídas perguntas sobre a caracterização da amostra, domínios de CS, AF e presença de doenças crónicas. Os dados foram recolhidos, através de um link facultado através de mensagem eletrónica. Alguns casos não foram incluídos por falta de dados dos participantes. As análises foram realizadas com recurso ao programa SPSS (IBM, versão 25.0). RESULTADOS A revisão sistematizada sugere a existência de evidência para uma associação direta entre CS e a presença de doença crónica, no entanto, alguns estudos não obtêm essa mesma conclusão. Na amostra estudada, conclui-se que dois CS específicos se relacionaram com a presença de doença crónica, no entanto de forma distinta. Em mulheres, o tempo a trabalhar com ecrã está diretamente associado à presença de doença crónica, no entanto, o tempo sentado em hobbies está inversamente associado à probabilidade de apresentar doença crónica. Nos homens, não existiu qualquer domínio de CS que estivesse associado à presença de doenças crónicas. CONCLUSÕES Através da revisão sistematizada foi possível averiguar que a evidência existente relativamente ao tema não é totalmente concordante, o que justificou o artigo original que congregou vários tipos de CS explorados na mesma amostra. Os resultados do estudo observacional transversal divergem entre género e, as próprias especificidades do CS também divergem perante o seu efeito na presença de doenças crónicas, enquanto o tempo a trabalhar com ecrã aparece diretamente associado à presença de doença crónica, o tempo sentado em hobbies apresenta-se como um fator protetor quanto à presença de doença crónica. Palavras-chave: Atividade Física, Comportamento Sedentário, Doenças Crónicas, Domínios
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    Associação da atividade física, comportamento sedentário, e quantidade do sono, com a qualidade de vida e o bemestar em adultos em processo de manutenção de perda de peso: análise de dados do projeto NoHoW
    (2023) Boto, Tiago da Silva; Palmeira, António Labisa, orient.
    Objetivo: Esta dissertação inclui dois estudos, o primeiro teve como objetivo recolher informação de estudos que investigassem a associação entre atividade física, comportamento sedentário, sono e bem-estar e qualidade de vida em adultos saudáveis fazendo uma revisão rápida e sistemática da literatura. O segundo investigou essa associação através de um estudo observacional transversal baseado no projeto NoHoW. Método: A revisão rápida e sistemática da literatura incluiu apenas estudos em língua inglesa, tendo usado uma base de dados, a PubMed. Após aplicarmos os critérios de pesquisa e seleção, foram selecionados para esta revisão, seis estudos. Todos à exceção de um, eram transversais, com uma amostra total de 18971. O segundo estudo é do tipo observacional transversal. Foram usados os dados do baseline de 612 participantes. Baseia-se na recolha de dados de indivíduos que participaram no Navigating to a Healthy Weight (NoHoW), um estudo do tipo aleatório controlado que envolveu três países europeus, Portugal, Dinamarca e Reino Unido. A medição da atividade física, comportamento sedentário e sono, foi feita em ambiente natural 24 horas por dia, durante 14 dias, recorrendo a uma FitBit charge 2. Para a medição do bem-estar usámos a Warwick-Edinburgh Well-Being Scale (WEMWBS) e para a qualidade de vida a EQ-5D de cinco níveis (EQ-5D-5L). Resultados: No que diz respeito à revisão rápida e sistemática da literatura, todos os estudos encontraram uma associação positiva significativa entre atividade física e bem-estar ou qualidade de vida. Em relação ao comportamento sedentário, todos os estudos que investigaram a associação com a qualidade de vida, encontraram uma associação negativa, no caso dos que estudaram o bem-estar apenas um encontrou essa associação. Por último no que diz respeito ao sono, apenas um dos seis estudos analisados encontrou uma associação, positiva e com o bem estar. No segundo estudo, observámos uma associação positiva significativa entre atividade física leve e qualidade de vida, embora o mesmo não tenha acontecido para a atividade física moderada a vigorosa. No caso do comportamento sedentário, verificou-se que mais comportamento sedentário estava associado a uma menor qualidade de vida. Não se observaram associações entre sono e qualidade de vida. No caso do bem-estar não se verificou nenhuma associação com a atividade física, comportamento sedentário e sono. Conclusão: A qualidade de vida parece ser, dos dois construtos estudados, o que apresenta mais associações com as componentes do movimento, tanto na revisão sistemática como no nosso estudo. O bem-estar, talvez por ser um construto que pode estar associado a tantos fatores que estão para além da esfera da atividade física, comportamento sedentário e sono, revelou em geral uma fraca associação com essas variáveis. Palavras-chave: Atividade física, comportamento sedentário, sono, bem-estar, qualidade de vida.
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    Lesões no ombro em praticantes de treino de força
    (2022) Santos, Daniel Monteiro dos; Ruivo, Rodrigo, orient.
    O treino de força (TF) é um excelente auxiliar na prevenção de inúmeras patologias e agrega múltiplos benefícios bem documentados na literatura. No entanto, o aumento da população que recorre a este tipo de treino fez elevar as taxas de lesão, sendo o ombro a área mais lesada nos praticantes de TF. O presente estudo é constituído por uma revisão sistemática da literatura (RSL) e uma investigação original observacional transversal, por forma a perceber a possível existência de relação entre as lesões no ombro e o TF. Para a RSL, a pesquisa foi efetuada segundo o modelo PICOS, com recurso às bases de dados PubMed, Google Schoolar e Science Direct, que resultou em 7 artigos selecionados, nos quais se observou uma maior importância dada pelos praticantes de TF aos grandes grupos musculares, o que leva possivelmente a desequilíbrios dos rácios de força e aumenta o risco de lesão. As lesões mais relatadas no ombro foram a síndrome impacto subacromial (SIS) e pequenas distensões músculo-tendinosas. Para a realização do artigo original (AO) foi aplicado um questionário em Portugal continental (n=292), que, entre outras informações, permitiu analisar qual o principal motivo para a prática de TF. A saúde e bem-estar (76,7%) encontram-se no topo, com a maioria dos praticantes a treinar 2 vezes por semana, com uma duração entre 45 e 60 minutos, a região anatómica apontada como a mais afetada foi o ombro (32,4%), seguindo-se a coluna lombar (18,3%) e o joelho (9,9%). A causa da lesão é descrita pela maioria dos participantes como a má execução técnica (31,4), seguindo-se a fadiga (30%). A análise do corrente estudo mostra que o género masculino foi quem mais se lesionou (63,4%). Foram analisados 6 exercícios comumente realizados no TF, são eles supino plano/inclinado, aberturas planas/inclinadas, puxador dorsal, press ombro, remada alta e elevações laterais, dos 6 exercícios selecionados ficou demostrado que no exercício de remada alta, a percentagem de lesão no ombro é superior para quem executa o exercício (13,4%) e inferior para quem não executa o exercício (3,6%), sendo as diferenças estatisticamente significativas (χ2(1)=4,194; p=0,041). Palavras-chave: Treino Força; Ombro; Lesões.
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    Exploring affective responses in stretching exercises
    (2023) Henriques, Leonor Serrano Gonçalves; Teixeira, Diogo S., orient.
    Objetivo. O objetivo desta dissertação de mestrado consistiu em analisar as respostas afetivas em exercícios de alongamentos. Primeiramente, foi conduzida uma revisão sistemática da literatura (RSL) para explorar 1) a utilidade e viabilidade de core affect avaliado com a Feeling Scale (FS) e/ou Felt Arousal Scale (FAS); 2) o momento de aplicação das escalas; e 3) a sua aplicação e interpretação contextual. Em segundo lugar, foi realizado um estudo quasi experimental para 1) comparar as respostas afetivas durante e imediatamente após exercícios de alongamentos em adultos aparentemente saudáveis, de forma a detetar a existência de um affective rebound e compreender o momento adequado para uma avaliação; 2) verificar a confiabilidade e a concordância das respostas afetivas através de um teste re-teste realizado com uma semana de intervalo. Método. Para a RSL, uma pesquisa foi realizada entre janeiro e fevereiro de 2022 nas bases de dados PubMed, SportDISCUS, PsycINFO. Os estudos incluíram a FS e a FAS aplicada a atividades de alongamento, em adultos aparentemente saudáveis. A pesquisa dos artigos foi baseada no modelo PICO, de acordo com as recomendações do PRISMA. Um total de 141 títulos foram identificados e 12 estudos foram incluídos na revisão. Foi também realizado um estudo quasi-experimental com uma amostra de 34 participantes, experientes em exercício físico (32.8 ± 8.6 anos). As respostas afetivas foram medidas durante e imediatamente após 5 exercícios de alongamento estático. Os exercícios foram realizados em 3 intensidades diferentes: leve, moderada e vigorosa, respetivamente. Foi realizada uma ANCOVA de medidas repetidas, onde o sexo foi utilizado como co-variável. Para garantir a fiabilidade e a concordância, foi testado um coeficiente de correlação intraclasse (ICC) de dois fatores de concordância absoluta e gráficos de Bland-Altman. Resultados. A RSL demonstrou que ambas as escalas parecem ser viáveis de utilizar em exercícios com alongamentos, apesar de limitações associadas ao momento de medição, que limitam a interpretação do core affect. O segundo estudo demonstrou um affective rebound em todas as intensidades, particularmente notório na intensidade vigorosa, sugerindo que o core affect deve ser avaliado durante o exercício de alongamento. Em geral, a repetibilidade entre dias para as medidas de FS e FAS foi boa em todos os grupos musculares alongados. Os ICCs tenderam a ser superiores nas medições realizadas durante o alongamento em intensidade vigorosa. Conclusão. A RSL demonstrou que a avaliação do core affect em atividades relacionadas ao alongamento carece de suporte metodológico, e que os resultados não puderam ser interpretados adequadamente devido à heterogeneidade dos protocolos dos estudos incluídos. Os resultados do estudo quasi-experimental apresentaram evidências de que uma avaliação adequada deve ser realizada durante o alongamento, e que ambas as escalas representam uma abordagem viável e ecologicamente válida para medir o core affect. Concluindo, os resultados corroboram a confiabilidade dessas escalas psicométricas e dos métodos utilizados, sugerindo novas orientações quanto à aplicação das escalas durante os exercícios de alongamento. Palavras-chave. Core affect, alongamento, feeling scale, felt arousal scale, exercício.
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    Motivação e utilização de apps e equipamentos de medição da atividade física
    (2021) Silva, Fernanda Aparecida; Palmeira, António João Labisa da Silva, orient.
    Objetivo: Esta dissertação teve como objetivo principal analisar hipóteses de associação entre a motivação e utilização de Apps e equipamentos de medição da atividade física por parte de indivíduos adultos.que utilizam aparelhos de medição e Apps. Método: O trabalho foi dividido em duas partes: na primeira parte, foi efetuada uma revisão sistemática da literatura, na qual se procurou analisar a utilização de aplicações móveis no contexto motivacional relacionado com a prática de atividade física; seguidamente, foi realizado um estudo observacional com uma amostra de 148 indivíduos. A recolha dos dados foi efetuada recorrendo ao Google Forms com respostas a questionários motivacionais, sobre os níveis habituais de atividade física e a utilização de equipamentos de medição e aplicações móveis na prática de atividade física em adultos. Resultados: Na Revisão Sistemática de Literatura (RSL) rápida verificaram-se fatores preponderantes que promovem a saúde e o bem-estar dos indivíduos. As estratégias utilizadas para promover a saúde e o bem-estar são objeto de análise na maioria dos estudos selecionados nesta revisão de literatura. No estudo observacional transversal, ao analisar as diferenças do género dos participantes, verificou-se que: (1) na utilização de aplicações móveis para a atividade física, que, estimula motivação, satisfação e frustração das Necessidades Psicológicas Básicas (NPB), e que os homens apresentam valores mais altos do que as mulheres na satisfação da NPB autonomia; (2) as mulheres apresentam valores superiores de motivações extrínsecas e frustração na sua competência. Verificou-se, também, que para ambos os géneros, existe uma associação entre a motivação, a atividade física e os níveis de utilização de equipamentos de medição e Apps. Conclusões: A utilização de aplicações móveis e equipamentos de medição da atividade física pode motivar o indivíduo a desenvolver níveis habituais de atividade física, trazendo vantagens para a sua saúde e bem-estar. Neste estudo foi possível verificar as hipóteses propostas em análise tendo-se constatado existir uma associação entre a utilização de aplicações móveis e equipamentos de medição e a motivação para a atividade físicana população. Com a continuidade da utilização de Apps que medem os diferentes dados de atividade física seria muito importante a continuação de pesquisas e estudos acerca deste temaenfatizando as utilizações destes aparelhos para perceber melhor a junção que existe entre todas as variáveis motivacionais relacionadas para a prática de atividade física.
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    Motivação e participação em artes marciais e desportos de combate : estudo exploratório
    (2021) Silva, António Manuel Marques Lopes da; Quaresma, António Manuel Moreno, orient.
    Objetivo: As Artes Marciais e Desportos de Combate, são formas de combate modificadas para desportos modernos e exercício, mas são também para muitos uma Filosofia de Vida. O objetivo desta dissertação é explorar a associação entre diferentes variáveis da motivação com a prática das AM&C à luz da Teoria da Autodeterminação. Método: Realizámos inicialmente uma Revisão Rápida e Sistemática da Literatura (RRSL) selecionando a base de dados eletrónica “b-On”. Dos 240 artigos encontrados, incluímos 4 artigos que preencheram os critérios da revisão. No segundo estudo realizamos um estudo exploratório observacional sobre motivos, regulação motivacional e NPB com 182 inquiridos praticantes de AM&DC Resultados: Da RRSL resulta que poucos estudos avaliam a motivação nos preceitos da TAD para as AM&DC. Do segundo estudo e numa ótica exploratória encontramos diferenças ao nível da Satisfação e Frustração das NPB e da Regulação Comportamental em termos de género, idade, experiência de treino, tipo de praticante, não se tendo identificado qualquer tipo de diferenças em termos de motivos. Em termos de motivos para iniciar e continuar, para as duas AM&DC mais expressivas do estudo, Karate e Krav Maga, identificamos diferenças quanto aos motivos e ao seu peso relativo. Conclusões: Quanto à revisão concluímos que existe pouca investigação sobre a motivação para a prática de AM&DC no enquadramento da TAD. Quanto ao estudo observacional concluímos que os praticantes de AM&DC revelaram diferenças significativas em termos do Satisfação e Frustração das NPB e em termos da Regulação Comportamental, tendo sido possível ainda identificar diferenças nos motivos reportados para iniciar e continuar o treino de Karate e de Krav Maga.
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    A relação da preferência e tolerância pela intensidade do exercício em praticantes recreacionais de crossfit
    (2022) Santos, Filipe César Rosa dos; Teixeira, Diogo dos Santos, orient.
    Objetivo. Os constructos preferência e tolerância podem ser considerados traços relevantes na compreensão das relações entre a intensidade do exercício e diversas variáveis (e.g., divertimento, adesão ao exercício físico, vitalidade subjetiva e frequência) e o questionário - Preferência e Tolerância à Intensidade do Exercício (PRETIE-Q) - tem sido utilizado para melhor entender essas relações. O CrossFit caracteriza-se principalmente pela alta intensidade a que é executado e, apesar de ser um programa de treino de grupo relativamente recente, o número de praticantes tem tido um crescimento muito considerável nos últimos anos estimando-se que existam cerca de cinco milhões de pessoas em todo o mundo a praticar CrossFit. No entanto, as razões que levam as pessoas a aderir e continar a praticar esta modalidade independentemente da alta intensidade e das relações negativas que são conhecidas entre treinar a essas intensidades e a resposta afetiva ao exercício, ainda não são claras. Assim, a presente dissertação tem como objetivo geral compreender a relação da preferência e tolerância pela intensidade do exercício físico numa população de praticantes recreacionais de CrossFit. Para o efeito, dois estudos foram realizados, sendo o primeiro uma revisão sistemática de literatura na qual o objetivo passou pela análise da utilidade e viabilidade da utilização da preferência e tolerância que advém da PRETIE-Q na regulação de práticas de exercício. Em relação ao segundo estudo (um estudo observacional transversal), foram definidos três objetivos: (1) caracterizar o perfil de preferência e tolerância pela intensidade do exercício físico em praticantes recreacionais de CrossFit; (2) analisar a concordância dos traços de intensidade com a intensidade do treino atualmente desenvolvido; (3) analisar a relação entre os perfis de concordância e seus efeitos de moderação entre o divertimento, vitalidade subjetiva, intenção para continuar a praticar exercício e frequência semanal. Método. Foi realizada uma revisão sistemática de literatura no sentido de analisar a evidência científica existente sobre a utilização do questionário Preference for and Tolerance of the Intensity of Exercise Questionnaire (PRETIE-Q). Foram utilizadas as bases de dados PubMed, SportDISCUS, PsycINFO e B-on (última pesquisa em Julho de 2022) e a revisão foi escrita respeitando as recomendações do protocolo PRISMA. Foi também realizado um estudo observacional transversal com uma amostra de 330 praticantes recreacionais de CrossFit de 15 boxes espalhadas pelo território nacional. Foram avaliados através de questionários psicométricos, a preferência pela intensidade do exercício, a tolerância à intensidade do exercício, o divertimento no exercício, a vitalidade subjetiva, a intenção para continuar a praticar exercício, a frequência semanal, a qualidade da experiência no exercício e a concordância dos traços de intensidade com a intensidade do exercício atual dos participantes. Em termos de análise estatística, foram realizados testes descritivos, correlações de Pearson e testes de moderação. Resultados. Na revisão sistemática foram qualitativamente analisados 36 estudos publicados entre 2005 e 2022, demonstrando os resultados que ambos os constructos (i.e., preferência e tolerância) aparentam ser úteis e aplicáveis numa grande variedade de contextos de atividade física, não tendo sido reportadas limitações relevantes. No estudo observacional transversal, os resultados demonstram que os participantes apresentaram valores acima da média da escala para preferência e tolerância (i.e., moderado a vigoroso), divertimento e vitalidade subjetiva. Foram obtidos ainda valores muito altos para intenção e qualidade da experiência. Também a concordância da preferência e concordância da tolerância apresentaram resultados muito altos significando que o treino atual está de acordo com a preferência e tolerância da maioria dos participantes. Foram encontradas correlações positivas entre a maioria das variáveis e nenhum dos modelos testados mostrou efeitos de moderação. Conclusão. Da revisão sistemática de literatura concluímos que os traços de preferência e tolerância à intensidade do exercício parecem fornecer uma avaliação simples, mas útil nas relações com outras variáveis em diversos contextos de atividade física. No estudo transversal observacional, os resultados demonstram que os praticantes recreacionais de CrossFit apresentam valores para preferência, tolerância e concordância dos traços com o treino atual similares quando comparados com outros praticantes de atividades realizadas em intensidades mais baixas, o que nos leva a concluir que os construtos preferência e tolerância devem ser relacionados somente com as características individuais dos participantes e não com a atividade que praticam.
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    Correlatos motivacionais dos vários aspetos da atividade física em indivíduos com sucesso na manutenção do peso perdido
    (2022) Pinto, Manuel de Jesus Pereira; Santos, Inês, orient.
    Esta dissertação é formada por dois capítulos, os quais pretendem contribuir para o conhecimento científico no âmbito dos correlatos motivacionais dos vários aspetos da atividade física (AF), em indivíduos a tentar/com sucesso na gestão do peso. O primeiro capítulo (Estudo 1) consiste numa revisão sistematizada da literatura com o objetivo de identificar e sintetizar os estudos empíricos existentes sobre a relação entre fatores motivacionais e a AF em indivíduos a tentar gerir o peso. O segundo capítulo (Estudo 2) diz respeito a um estudo de carácter observacional transversal, que tem como principal objetivo analisar a associação entre a motivação (geral e relacionada com a AF) e vários aspetos da prática de AF (frequência, intensidade, duração e o dispêndio energético) em indivíduos com sucesso na manutenção do peso perdido, e explorar o papel do sexo nestas associações. De um modo geral, os resultados do Estudo 1 demonstram que regulações de ordem mais autónoma estão associadas à prática de várias formas de AF em indivíduos a tentar gerir o peso, em linha com estudos anteriores noutras populações e com o preconizado pela Teoria da Autodeterminação (TAD). Os resultados do Estudo 2 confirmam esta tendência associativa em indivíduos com sucesso na perda e manutenção do peso perdido a longo prazo; mais especificamente, a motivação intrínseca, associou-se de forma positiva com os vários aspetos da AF, revelando que quando aumenta o prazer e o desafio durante a prática de AF, os indivíduos praticam mais AF, em termos de frequência e minutos, de maior intensidade, e despendem mais energia neste comportamento. Por outro lado, em ambos os estudos, a motivação externa associou-se de forma negativa com a prática de AF, nomeadamente os minutos de prática de AF (no Estudo 2) e com o treino de alta intensidade neuromuscular do tipo intervalado (no Estudo 1), indicando que quando a prática de AF tem como base este tipo de regulação, os indivíduos tendem a praticar menos AF. A amotivação demonstrou associações negativas com os vários aspetos da AF apenas no Estudo 2, revelando que indivíduos com sucesso na manutenção do peso perdido, com ausência total de motivação para a prática de AF, praticaram menos AF. Ainda no Estudo 2, verificou-se também que, nas mulheres, um perfil motivacional autónomo se associou de forma positiva a mais aspetos da AF (intensidade, duração, frequência e dispêndio energético) comparativamente com os homens (apenas o dispêndio energético). Em conjunto, os resultados desta dissertação sugerem que, tanto em indivíduos a tentar gerir o peso como em indivíduos com sucesso na manutenção do peso perdido a longo prazo, é importante considerar as regulações de ordem mais autónoma para a prática de AF, salientando a necessidade e importância de se promover este tipo de regulações para a prática de AF em intervenções do estilo de vida. Em contrapartida, parece também ser relevante ter em conta o papel negativo das regulações de ordem mais controlada (i.e., motivação externa) ou da ausência total de motivação para a prática de AF. Para além disso, em indivíduos com sucesso na manutenção do peso perdido a longo prazo, verificou-se que estas associações não são independentes do sexo, uma vez que os homens e as mulheres diferem no que respeita ao perfil motivacional relacionado com os aspetos da prática de AF, sugerindo a necessidade de abordagens diferenciadas de acordo com as características dos indivíduos.
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    Análise da mobilidade articular através do hurdle step : análise biomecânica vs. pontuação do functional movement screen
    (2022) Bhudarally, Maria de Fonseca Félix; Aleixo, Pedro Miguel Rosmaninho, orient.
    Objetivos Este trabalho teve dois objetivos: 1º) realizar uma revisão sistemática sobre a capacidade do Functional Movement Screen (FMS) em avaliar a mobilidade articular e a estabilidade; 2º) conduzir um estudo observacional transversal que avalie a relação entre as pontuações obtidas no Hurdle Step e parâmetros biomecânicos associados à mobilidade articular neste teste. Métodos A revisão sistemática foi realizada segundo as indicações PRISMA, e a pesquisa das fontes de evidência foi realizada no dia 9 de janeiro de 2022 nas bases de dados eletrónicas MEDLINE Complete, CINAHL Complete, e SportDiscus. No estudo observacional participaram 25 estudantes (21 homens) da Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal, com idades de 22,1 ± 1,8 anos. Análises tridimensionais do movimento, realizadas durante a execução do Hurdle Step, permitiram a recolha dos parâmetros biomecânicos associados à mobilidade articular. Foram também recolhidos vídeos destas execuções, no plano frontal e sagital, os quais permitiram, a posteriori, a obtenção das pontuações no referido teste. Resultados Na revisão sistemática foram encontrados resultados contraditórios no que toca à capacidade do FMS avaliar a mobilidade articular e a estabilidade, i.e., 29 dos artigos incluídos indicaram que o FMS tem capacidade para avaliar estes parâmetros e 18 artigos indicaram que o FMS não tem essa capacidade. Os resultados do estudo observacional mostraram que não existem diferenças significativas entre as pontuações de 2 e de 3 pontos relativamente à mobilidade articular das articulações anca, joelho e tornozelo. Objetivos Este trabalho teve dois objetivos: 1º) realizar uma revisão sistemática sobre a capacidade do Functional Movement Screen (FMS) em avaliar a mobilidade articular e a estabilidade; 2º) conduzir um estudo observacional transversal que avalie a relação entre as pontuações obtidas no Hurdle Step e parâmetros biomecânicos associados à mobilidade articular neste teste. Métodos A revisão sistemática foi realizada segundo as indicações PRISMA, e a pesquisa das fontes de evidência foi realizada no dia 9 de janeiro de 2022 nas bases de dados eletrónicas MEDLINE Complete, CINAHL Complete, e SportDiscus. No estudo observacional participaram 25 estudantes (21 homens) da Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal, com idades de 22,1 ± 1,8 anos. Análises tridimensionais do movimento, realizadas durante a execução do Hurdle Step, permitiram a recolha dos parâmetros biomecânicos associados à mobilidade articular. Foram também recolhidos vídeos destas execuções, no plano frontal e sagital, os quais permitiram, a posteriori, a obtenção das pontuações no referido teste. Resultados Na revisão sistemática foram encontrados resultados contraditórios no que toca à capacidade do FMS avaliar a mobilidade articular e a estabilidade, i.e., 29 dos artigos incluídos indicaram que o FMS tem capacidade para avaliar estes parâmetros e 18 artigos indicaram que o FMS não tem essa capacidade. Os resultados do estudo observacional mostraram que não existem diferenças significativas entre as pontuações de 2 e de 3 pontos relativamente à mobilidade articular das articulações anca, joelho e tornozelo. Objetivos Este trabalho teve dois objetivos: 1º) realizar uma revisão sistemática sobre a capacidade do Functional Movement Screen (FMS) em avaliar a mobilidade articular e a estabilidade; 2º) conduzir um estudo observacional transversal que avalie a relação entre as pontuações obtidas no Hurdle Step e parâmetros biomecânicos associados à mobilidade articular neste teste. Métodos A revisão sistemática foi realizada segundo as indicações PRISMA, e a pesquisa das fontes de evidência foi realizada no dia 9 de janeiro de 2022 nas bases de dados eletrónicas MEDLINE Complete, CINAHL Complete, e SportDiscus. No estudo observacional participaram 25 estudantes (21 homens) da Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal, com idades de 22,1 ± 1,8 anos. Análises tridimensionais do movimento, realizadas durante a execução do Hurdle Step, permitiram a recolha dos parâmetros biomecânicos associados à mobilidade articular. Foram também recolhidos vídeos destas execuções, no plano frontal e sagital, os quais permitiram, a posteriori, a obtenção das pontuações no referido teste. Resultados Na revisão sistemática foram encontrados resultados contraditórios no que toca à capacidade do FMS avaliar a mobilidade articular e a estabilidade, i.e., 29 dos artigos incluídos indicaram que o FMS tem capacidade para avaliar estes parâmetros e 18 artigos indicaram que o FMS não tem essa capacidade. Os resultados do estudo observacional mostraram que não existem diferenças significativas entre as pontuações de 2 e de 3 pontos relativamente à mobilidade articular das articulações anca, joelho e tornozelo. Conclusões O FMS pode não ter capacidade para avaliar a mobilidade articular e a estabilidade. O Hurdle Step não apresentou a capacidade de diferenciar participantes com pontuações diferentes relativamente à mobilidade articular, i.e., não apresentou validade discriminante
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    Efeito do circuito para aptidão da função de cadete de polícia, nas variáveis hormonais, psicológicas e fisiológicas
    (2022) Abrantes, Maria do Rosário dos Santos Silva; Madeira, Raquel Maria Santos Barreto Sajara, orient.
    Objetivo: O presente estudo teve como primeiro objetivo, analisar, através de uma revisão sistemática de literatura, a relação entre as hormonas Cortisol (C) e Testosterona (T) com o stress e os estados psicológicos, de profissionais de polícia. O segundo objetivo foi avaliar o impacto da realização de um circuito de aptidão para a função de cadete de polícia, nas variáveis hormonais, psicológicas e fisiológicas. Método: A revisão da literatura foi realizada de acordo com a estratégia PICO e as diretrizes PRISMA. No estudo experimental, em corte transversal, foram aplicados questionários e recolhidas amostras de saliva a 31 cadetes de polícia, ao acordar, pré e pós-circuito. Resultados: A revisão da literatura resultou na inclusão de 10 artigos que relacionam positivamente os estados psicológicos e resultados desportivos com a presença das hormonas cortisol e testosterona e as suas flutuações. No estudo experimental, verificou-se que as variáveis em estudo se encontram associadas aos níveis de stress experienciados pelos cadetes de polícia durante a sua avaliação para o desempenho da função. Conclusões: A evidência encontrada na revisão sistemática é consistente e reflete o que se conhece até ao momento sobre a reposta hormonal e psicofisiológica ao stress imposto pela profissão dos oficiais de polícia. Contribui para o conhecimento da cinética hormonal e o seu impacto no comportamento humano, face a diferentes estímulos. No estudo experimental, foi evidente que as variações de cortisol e testosterona salivar foram influenciadas pelas variáveis psicossociais, indo de encontro à evidência existente.
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    Resposta afetiva e treino com resistência : uma exploração baseada em pressupostos hedónicos
    (2022) Bastos, Vasco Alambre; Teixeira, Diogo dos Santos, orient.
    Objectivo. O treino resistente (TR) providência inúmeros benefícios para a saúde e como tal é relevante para a saúde publica. No entanto, os principais locais de prática continuam a sofrer altas taxas de desistência, e os dados relativos à prática de exercício numa parte significativa da população mundial mostra que a maioria das pessoas leva uma vida com elevado comportamento sedentário, tornando o desenvolvimento de estratégias para a manutenção da prática de exercício de extrema importância. Uma abordagem para este problema poderá assentar na resposta afetiva ao exercício. Baseada em princípios hedónicos, a evidência sugere que o ser humano tende a desempenhar atividades que considera prazerosas enquanto evita a dor e o desprazer. Nesta abordagem, a Feeling Scale (FS) e a Felt Arousal Scale (FAS) têm sido extensivamente utilizadas na literatura para medir a dinâmica afetiva de uma sessão de treino. No entanto, a literatura atual sobre a resposta afetiva ao TR é ainda preliminar, com mais investigação a ser necessária para esclarecer questões metodológicas na sua medição e em como promover programas de TR mais prazerosos e sustentados no tempo. Como tal, o objectivo desta dissertação de mestrado consistiu em explorar a relação da resposta afetiva em dinâmicas de TR, particularmente num dos seus contextos ecológicos mais frequentes, os ginásios e health clubs. Método. De modo a cumprir este objectivo, foram realizados dois estudos: uma revisão sistemática da literatura e um estudo quasi-experimental. Na revisão, uma pesquisa da literatura foi realizada com o objectivo de analisar como a FS e/ou a FAS têm sido aplicadas na medição e aferição da resposta afetiva no TR. A sua viabilidade, timing de aplicação, e implicações para a medição da resposta afetiva foram o foco desta análise, permitindo apresentar recomendações para a sua aplicação tanto em situações de vida real como em investigações futuras. No segundo estudo, um programa de TR foi desenvolvido e aplicado a praticantes de exercício, com um desenho quasi-experimental, com o objectivo de: (1) explorar a dinâmica da resposta afetiva através da sua contínua avaliação depois da última série de cada exercício, prescrito até à falha muscular; e (2) analisar possíveis diferenças entre perfis de preferência e tolerância da intensidade em variáveis afetivas (core affect e divertimento). Para esse efeito, um total de 43 participantes foram recrutados em dois health clubs na zona de Lisboa. Estatística descritiva, análises correlacionais e ANOVAS de medidas repetidas, assim como vários testes não paramétricos, foram realizadas para testagem das hipóteses em estudo. Resultados. Após uma meticulosa pesquisa em três diferentes bases de dados, um total de 26 estudos foram incluídos e qualitativamente analisados na revisão sistemática. Os resultados indicam que ambas as escalas foram eficazes na medição do core affect dentro de uma ampla variedade de intensidades, idades, equipamentos e em ambos os géneros. No entanto, problemas metodológicos, falta de parametrização e uma heterogeneidade geral nos protocolos aplicados foi detetada na maioria dos estudos, podendo assim enviesar resultados e limitar a sua interpretação. O segundo estudo demonstrou que a aplicação da FS/FAS imediatamente após uma série representa uma abordagem viável e ecologicamente valida de medir o core affect. Em praticantes regulares de exercício, uma única medição numa sessão de TR parece ser suficiente para compreender a sua resposta afetiva, salvaguardando-se vários casos onde mais medições poderão permitir uma interpretação mais detalhada. Foi possível ainda verificar que indivíduos com perfis de preferência e tolerância diferentes apresentaram respostas afetivas distintas. Em geral, perfis mais elevados nestasvariáveis apresentavam respostas afetivas mais positivas, suportando as hipóteses previamente definidas. Conclusão. De forma geral, a FS e a FAS são escalas viáveis e úteis na medição da resposta afetiva no TR, disponibilizando informação mais rica e detalhada quando cruzadas no modelo circumplexo de afetos. Adicionalmente, uma medição imediatamente após uma série parece ser uma abordagem viável e ecologicamente válida de medir o core affect.
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    Associação entre pressões no trabalho e as necessidades psicológicas básicas : autonomia, competência e relacionamento positivo em profissionais de exercício físico
    (2020) Silva, Pedro Luís Gonçalves da; Palmeira, António Labisa, orient.
    O presente estudo teve como foco analisar, através de uma revisão sistemática de literatura e de um estudo observacional, as Necessidades Psicológicas Básicas (NPB) e a sua associação específíca com as pressões no trabalho. No estudo observacional foi também equacionada a possível associação entre a experiência de trabalho e a satisfação/frustração das NPB.
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    Estudo dos processos motivacionais para a prática do Qígong (Chi Kung) e a associação deste com a prevenção das quedas e medo de cair, na população idosa
    (2022) Pacheco, Ana Sofia Cardoso Barata; Palmeira, João Labisa da Silva, orient.
    Racional: Apesar da evidência científica sobre a importância de um estilo de vida ativo em todo o ciclo de vida da pessoa, a inatividade física e o sedentarismo continuam a prevalecer, podendo levar às comorbilidades ou à mortalidade prematura. Sendo o qígong uma atividade motora organizada e para fins de saúde e de bem-estar, considerámos que poderia ser estudado, com vista ao desenvolvimento de eventuais intervenções futuras, quer na promoção desse estilo de vida ativo, quer na prevenção das quedas e medo de cair, pela população idosa. Objetivo: Analisar os processos motivacionais para a prática do qígong e a associação deste com a prevenção das quedas e medo de cair, na população idosa. Método: Foi elaborada uma RSRL, utilizando o programa on-line CADIMA. Foi realizada uma pesquisa entre Janeiro e Março de 2021, nas bases de dados PubMed e Google Scholar, seguindo o modelo PICO, sob o tema da associação entre o qígong nas quedas e no medo de cair na população idosa. No segundo estudo foi elaborado um inquérito on-line, para se avaliar os processos motivacionais subjacentes à prática do qígong, seguindo a Teoria da Autodeterminação. Resultados: Para a RSRL, de 394 estudos identificados pelo CADIMA, ficaram cinco: três RCT e dois quasi-experimental. Para a variável das “Quedas”, dois apresentaram melhorias do equilíbrio funcional que apontam para uma redução da taxa de quedas. Para a variável do “Medo de Cair”, dois apresentaram melhorias pelo incremento na auto-eficácia. Para o segundo estudo, confirmou-se que quando as necessidades psicológicas básicas (NPB) forem percecionadas como satisfeitas, isso associa-se a uma motivação mais autónoma, a maior vitalidade e a mais bem-estar. Nomeadamente, as variáveis satisfação da autonomia e satisfação do relacionamento, bem como objetivos intrínsecos, associaram-se a maior motivação autónoma. Esta, por sua vez, foi a variável predita com maior associação à prática do qígong. Quando se deu frustração das NPB, nomeadamente do relacionamento, isso associou-se a uma motivação controlada. Os objetivos intrínsecos (com a variável competências) e os extrínsecos (com a imagem corporal) também tiveram o mesmo tipo de comportamento. A frustração do relacionamento associou-se negativamente, à vitalidade e à sensação de bem-estar. Conclusão: O qígong, por ser um tipo de exercício de baixo impacto e não dispendioso, e sendo procurado para promoção da saúde, está associado a processos motivacionais ligados à manutenção da atividade física. A RSRL confirma os resultados de literatura anterior que sugerem que o qígong previne as quedas nos idosos e melhora o medo de cair. Também se conclui que uma prática continuada gera melhores resultados. O qígong parece ser apropriado para intervenções que visem aumentar a atividade física e diminuir o sedentarismo, bem como promoção dos níveis de saúde e diminuição dos gastos públicos com esta. Palavras Chave: Tai Chi, auto-eficácia, Teoria da Autodeterminação, motivação, necessidades psicológicas básicas, vitalidade.
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    Atividade física, comportamento sedentário, tipo de motivação e bem-estar em adeptos portugueses de futebol
    (2022) Silva, Hélio Bruno Gomes da; Silva, Marlene Nunes, orient.
    A presente dissertação teve como intuito perceber a eficácia que os programas de promoção de atividade física para o género masculino e sedentário (tradicionalmente mais resistente a intervenções de mudança comportamental) potencialmente têm. Para tal foram desenvolvidos dois estudos. O estudo I teve como objetivo fazer um levantamento da literatura existente sobre os efeitos dos programas de promoção de atividade física no aumento da prática de atividade física (AF), fazendo uma atualização do artigo de Bottorff et al. (2015), de forma a fazer uma atualização da evidência sobre os efeitos de programas de promoção da atividade física direcionados a homens. O estudo II, tendo como base o potencial motivacional que o clube de futebol pode ter para os seus adeptos, procurou: i) analisar o impacto de um programa de promoção de estilos de vida ativos em adeptos de futebol, sedentários, do género masculino, nas variáveis motivacionais, de atividade física e vitalidade, no curto (pós-intervenção- 3 meses) e longo prazo (follow-up 12 meses); ii) analisar o padrão de associações entre as variáveis em estudo. Método: O estudo I consistiu numa revisão rápida e sistemática de literatura com base em estudos experimentais e observacionais fazendo uma atualização do artigo de Bottorff et al. (2015). A pesquisa, usando o modelo PICOS, foi realizada nas bases de dados PubMed, visando estudos entre Setembro de 2014 e Março de 2021. O estudo II teve como base a amostra Portuguesa do estudo europeu EuroFIT, um estudo Longitudinal Randomizado Controlado, e visou analisar a atividade física, tipo de motivação e bem estar em adeptos de clubes de futebol portugueses. Foi analisado o impacto do programa (no seu final- 3 meses e no longo prazo-12 meses, por via do teste T de student comparando o grupo de intervenção e o do controlo. Foram também conduzidas análises de correlação para analisar a associação entre as variáveis em estudo. Resultados: Na revisão sistemática da literatura foram incluídos 8 artigos que cumpriram os critérios de elegibilidade. Relativamente às amostras analisadas, os estudos foram realizados com um total de 2425 participantes, com amostras variando entre 50 a 1113 indivíduos do género masculino e com uma média de idades compreendida entre os 18 e 65 anos. Os resultados demonstraram que os programas de promoção de atividade física têm um impacto positivo nos indivíduos de género masculino no aumento de exercício físico. No estudo empírico, a amostra foi composta por 234 participantes, todos do género masculino. A idade média dos participantes foi de 43,4 anos (±8,98), sendo a idade mínima de 30 anos e a máxima de 65 anos. Os resultados obtidos, ainda que o programa nos adeptos Portugueses só tenha produzido resultados no curto prazo e não no longo prazo (o que pode ser explicado por questões relativas à implementação/atuação dos treinadores - dado que o Grupo I, no final da intervenção tinha níveis de motivação controlada superiores aos do grupo C, o que pode resultar de um estilo de treino tradicionalmente mais controlador), os resultados da análise de associações estão, na generalidade, em linha com a teoria que deu suporte ao estudo empírico: A Teoria da Auto-Determinação (TAD). As variáveis motivacionais correlacionam-se entre si, e com as as variáveis de AF e bem-estar conforme o padrão esperado pelo contínuo da auto determinação. Conclusões: Os níveis crescentes de sedentarismo exigem intervenções inovadoras. baseadas em evidências, e capazes de serem adequadas ao género, para captar o interesse dos participantes. Serão necessários mais estudos para perceber como melhor treinar os treinadores para implementarem realmente um clima de suporte à motivação autónoma. Já que no caso português tal parece não ter acontecido. Não obstante este tipo de motivação, mostrou, na análise de associações ser fundamental, sublinhando-se que uma motivação mais autónoma está associada, a mais Atividade Física e bem-estar, justificando assim um maior investimento nas investigações em programas de promoção da saúde que incluam a Teoria da Auto-Determinação para a promoção da atividade física para o desenvolvimento e inovação contínua de estratégias eficazes.
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    Adesão sustentada a exercício físico em health clubs
    (2022) Silva, Diogo Gabriel Resende; Pereira, Hugo Carlos Fernandes Vieira, orient.
    Objetivo: Esta dissertação teve dois objetivos: 1) rever e sintetizar a literatura existente relacionada com os determinantes demográficos, psicológicos e comportamentais, e perceber de que forma podem estes influenciar a adesão sustentada à pratica de exercício físico em contexto de health club; 2) realizar um estudo observacional que concretize um levantamento e análise dos dados sobre a adesão sustentada à prática de exercício físico em health club, bem como a identificação dos motivos de abandono em 2019 e 2020. Método: Foi realizada uma revisão sistemática rápida incluindo artigos quantitativos, publicados entre 2010 e 2021, com população adulta, ensaios clínicos e revisões publicadas em revistas científicas com revisão por pares e escritos em português, inglês e espanhol, e indexado na pubmed. Para o estudo observacional foi desenvolvido um questionário através do Google Forms, para avaliar aspectos quantitativos da adesão ao exercício físico, como por exemplo, a frequência média mensal, média de idades dos participantes e os principais motivos de abandono dos praticantes isto nos anos de 2019 e 2020. De seguida foram enviados para uma lista de contactos com cerca de 900 health clubs. Resultados: Na revisão sistemática rápida foram encontrados 461 artigos através da pesquisa por palavra-chave e adicionados dois, de pesquisa manual. Destes, 7 estudos foram incluídos nesta revisão, totalizando uma amostra de 1051 participantes. Um estudo era longitudinal prospetivo, um estudo transversal, dois estudos eram ensaios clínicos controlados e com amostra aleatória e, três ensaios clínicos não controlados. As variáveis estado civil, idade, situação profissional, raça/etnia, educação, género e paternidade foram identificadas como determinantes demográficos, as variáveis motivação, noção de saúde e bem-estar como determinantes psicológicos e as variáveis hábitos, comportamento passado e intenção foram identificadas como determinantes comportamentais. No estudo observacional foram obtidas 21 respostas, que representam 169 health clubs e cerca de 112 912 praticantes de exercício físico. O motivo de abandono mais vezes identificado em 2019 foi a falta de tempo, já em 2020 foi a pandemia por COVID-19. O número de novas inscrições e o número praticantes/sócios ativos reduziu do ano de 2019 para 2020 e o número de abandonos aumentou em igual período. Conclusões: Com base na pesquisa e no estudo levado a cabo, os nosso dados sugerem que os determinantes, motivação, noção de saúde e bem estar, e ainda, a intenção, hábitos e comportamento passado predizerem a adesão sustentada a prática de exercício físico em contexto de health club. Os motivos de abandono mais comuns no ano de 2019 e 2020, foram a mudança de morada de residência, situação profissional, motivos pessoais e financeiros, falta de tempo e ainda a inexistente frequência ao health club. Foi observado um decréscimo em todos os dados apresentados, à exceção do número de abandonos e taxa de abandono aos 6 meses, no entanto, são todos dados negativos para a adesão sustentada ao exercício físico. Palavras-chave: Adesão Sustentada, Exercício Físico, Determinantes, Motivos de Abandono, Health Clubs
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    A relação entre a gestão do peso, pressão arterial, atividade física e tipo de motivação em adeptos de clubes de futebol portugueses: um estudo longitudinal, randomizado controlado
    (2022) Batista, Rafael Martins; Silva, Marlene Nunes da, orient.
    A presente tese visa contribuir para o conhecimento científico acerca da motivação e atividade física, estando dividida em dois capítulos. O primeiro capítulo consiste em uma revisão sistemática da literatura que teve como objetivo fazer uma atualização do trabalho de Bottorff et al. (2015), trazendo assim um panorama mais atual sobre os programas de atividade física direcionados aos homens e seus resultados na alteração de peso e variáveis similares (ex. circunferência da cintura, IMC), através de uma revisão rápida da literatura na base de dados Pubmed. O segundo capítulo é um trabalho empírico que teve como objetivo i) analisar o impacto do Programa EuroFIT português quer no curto prazo (pós-programa), quer no longo prazo (follow-up- 12 meses) nas variáveis IMC, perímetro da cintura, atividade física (nº passos) e tempo sentado, pressão arterial e tipo de motivação; ii) analisar as associações entre as variáveis em estudo: IMC atividade física (nº passos), tempo sentado, perímetro da cintura, pressão arterial e tipo de motivação. Em termos gerais, há uma necessidade do desenvolvimento de programas específicos voltados para a saúde do homem, e utilizar o contexto desportivo que lhes cativa o interesse demostrou ser um ótimo recurso para aumentar a adesão deste público na revisão de literatura efetuada, mostrando resultados em indicadores de saúde como epso, atividade física e motivação. Quanto ao Programa EuroFIT, na amostra portuguesa, parece ter sido eficaz, no curto prazo apenas, na redução de peso, pressão arterial e circunferência da cintura, tendo também resultados a nível motivacional (tendo, no entanto, também aumentado a motivação controlada). Os resultados ao nível da atividade física estiveram muito perto da significância estatística. Não obstante, as análises de associação revelaram associações significativas entre uma motivação mais autónoma, mais atividade física e melhores indicadores de saúde e peso, tanto no curto como no longo prazo. Mais atividade física esteve também associada a menor peso, perímetro da cintura e pressão arterial. Parece assim que o foco no género específico e com um trabalho, que envolva o desenvolvimento da motivação dos participantes e o apoio de treinadores para promover estilos de vida mais ativos é um meio muito eficaz e promissor na promoção de saúde para o público masculino. Palavras-chave: homens, adultos, atividade física, sensibilidade ao género, redução de peso, RCT, motivação.
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    Associação entre a satisfação/frustração das necessidades psicológicas básicas a motivação e o envolvimento nos praticantes de CrossFit
    (2022) Pinto, Hugo Miguel Bexiga; Carraça, Eliana Cristina Veiga, orient.
    Objetivo: No contexto do CrossFit, este estudo teve como objetivo explorar 1) os efeitos da prática de CrossFit em diversas variáveis motivacionais chave da teoria da autodeterminação (TAD) e 2) as associações entre a satisfação/frustração das necessidades psicológicas básicas (NPB) e o tipo de motivação e o envolvimento nas aulas de CrossFit. Método: Numa primeira fase foi elaborada uma revisão rápida e sistemática de literatura com base em estudos experimentais e observacionais que analisaram a relação entre as variáveis da motivação e bem-estar e o treino de alta intensidade. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed e PsycINFO, e teve como referência o modelo PICOS. Realizou-se uma pesquisa dos estudos publicados até 2020. Numa segunda fase foi elaborado um estudo observacional transversal constituído por praticantes de CrossFit (n=107). Os fatores sociodemográficos, a satisfação e frustração das necessidades psicológicas básicas, as motivações e o envolvimento dos praticantes foram avaliados através de um questionário online na plataforma Google Forms. Posteriormente, foram feitas análises de correlação de Spearman. Resultados: Na revisão sistemática foram incluídos dezasseis (16) artigos que cumpriram os critérios de elegibilidade. Os resultados mostraram que a adesão e a continuação da prática do treino de alta intensidade (onde se incluíram maioritariamente praticantes de CrossFit) estavam relacionadas com aspetos psicológicos como as motivações autónomas e a satisfação das necessidades psicológicas básicas. No estudo empírico os resultados mostraram que uma maior satisfação das necessidades de competência e de relacionamento positivo estavam associadas a motivações mais autónomas, não se verificando associações significativas com a satisfação da autonomia. A satisfação das necessidades de competência e relacionamento positivo mostraram-se positivamente associadas a todas as subdimensões do envolvimento. Não se identificaram associações com a satisfação da autonomia. No que respeita à frustração, os resultados mostraram que a frustração das três necessidades psicológicas básicas teve uma associação negativa com as motivações mais autónomas e com o envolvimento na prática do CrossFit. Conclusões: A adesão e a continuação da prática do treino de alta intensidade (representada maioritariamente por praticantes de CrossFit) relacionaram-se com aspetos psicológicos como a motivação autónoma e a satisfação das necessidades psicológicas básicas. Uma maior satisfação da competência e do relacionamento positivo mostrou-se associada à motivação autónoma e envolvimento em praticantes de CrossFit. É importante criar um clima de suporte à autonomia no contexto do CrossFit, a fim de se obter um compromisso mais saudável e durador com a prática desta modalidade. Palavras-Chave: motivação, fatores psicológicos, teoria da autodeterminação, crossfit, HIFT, HIIT.
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    Os media e a sua relação com os objetivos e motivações para o exercício e a imagem corporal
    (2022) Jerónimo, Flávio Manuel Vida Larga; Carraça, Eliana Cristina Veiga, orient.
    Objetivo: Analisar o impacto dos media e a sua relação com os objetivos e motivações para o exercício e a imagem corporal. Método: Numa primeira fase foi elaborada uma revisão rápida e sistemática de literatura com base em estudos experimentais e observacionais que analisou a relação da exposição dos indivíduos ao conteúdo fitspiration com a imagem corporal e variáveis associadas (e.g. tendência de comparação de aparência e humor). A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed e PsycINFO, e teve como referência o modelo PICOS. Realizou-se uma pesquisa dos estudos publicados entre Janeiro de 2000 e Fevereiro de 2021. Na segunda fase foi elaborado um estudo observacional transversal, integrado na fase piloto do projeto LUSÓFONAtiva, em estudantes do Ensino Superior (n=326). A exposição, literacia e pressão dos media, objetivo e motivações para a prática de exercício e imagem corporal foram avaliadas através de questionário online na plataforma Qualtrics. Conduziram-se análises de correlação de Spearman. Resultados: Na revisão rápida sistemática de literatura foram incluídos 9 artigos que cumpriram os critérios de elegibilidade. Os resultados demonstraram que a exposição à “fitspiration” levou a um aumento da insatisfação corporal, do humor geral negativo e da tendência de comparação de aparência entre os indivíduos. No estudo empírico, a literacia dos media associou-se a uma menor internalização do ideal de corpo atlético. A pressão dos media associou-se positivamente aos objetivos extrínsecos para o exercício, às motivações controladas para o exercício, a uma maior internalização do ideal de corpo atlético e a uma imagem corporal negativa. A literacia e a pressão dos media não se associaram com o tempo nas redes sociais e tempo de exposição aos ecrãs. Conclusões: A fitspiration é vista como uma nova e prolífica tendência a nível digital, realçada como benéfica para a saúde. No entanto, está associada a uma imagem corporal negativa, especialmente nas populações mais jovens que se encontram mais expostas a este conteúdo. Uma maior literacia dos media poderá ser protetora, ao atenuar o efeito negativo da pressão dos media para alcançar os ideais de corpo atlético, nomeadamente sobre a internalização destes ideais corporais. É necessária uma maior compreensão dos efeitos destes novos fenómenos mediáticos, bem como das relações entre os construtos em análise.