Mestrado em Serviço Social e Política Social

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    O trabalho do assistente social nos Gabinetes do Cidadão em Portugal e nas Ouvidorias Públicas de Saúde no Brasil: uma análise comparativa entre Lisboa e Rio de Janeiro
    (2022) Rodrigues, Marlucia da Silva; Gameiro, Fátima, orient.
    O objetivo deste estudo é realizar uma análise co mparativa entre os Gabinetes do Cidadão (GC) em Portugal e as Ouvidorias Públicas de Saúde (OPS) no Brasi l , relativamente às expe riências positivas e negativas de ambos os países e promover um diálogo sobre a prática profissional de assistentes sociais nes tes novos espaços sócioocupacionais. A amostra integra seis Assistentes S ociais dos Hospitais de Lisboa e Vale do Tejo que pertencem ao Serviço Nacional de Saúde Portu g uês e cinco Assistentes Sociais das Ouvidorias Públicas de Saúde da Fundação Saúde do Ri o de Janeiro , avaliados atrav és de um questionário online composto por 27 questões, divididas em 7 eixos temáticos: contratação dos assistentes, processo de trabalho dos assistentes sociais, formas e tipos de atendimento ao cidadão, ferramentas para a resp osta ao cidadão, relatórios de gestão; formação profissional e grau de satisfação profissional. Como principais resultados, verificaram se m uitas semelhanças entre o trabalho desenvolvido nos GC e nas OP S . A luta pela qualidade dos serviços prestados aos c idadãos é matéria comum entre os profissionais que participaram n este estudo. As dificuldades para dar resposta ao cidadão nos prazos estipulados, bem como para manter a credibilidade destes espaços junto à população atendida, além da falta de correção em alguns processos hospitalares, são pautas de discussão entre os GC, as OPS e a Gestão Hospitalar onde estes atuam. As principais diferenças centram se na nomenclatura do espaço; na utilização para acolhimento de manifestações do livro amarelo/de reclamaçõe s em Portugal e nas urnas no Brasil; no índice de resolubilidade (maior em Portugal); nas formações para trabalhadores (mais regulares no Brasil) e nas diferentes formas de contratação Conclui se que a análise comparativa mostra mais pontos em comum do qu e pontos de divergência entre os GC e as O P S e que as experiências nos dois países, embora processadas de maneiras distintas muito podem enriquecer o diálogo e a proximidade dos profissionais que trabalham nestes espaços em ambos os países estudad os. Pala vras Chaves Assistente Social; Gabinete do Cidadão; Ouvidoria Pública; Saúde.
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    As perceções dos profissionais de intervenção social sobre o impacto da pandemia de covid-19 no movimento de apoio à problemática da SIDA
    (2022) Nunes, Maria Catarina Cândido; Ramalho, Nélson, orient.
    No final de 2019, após terem sido detetados os primeiros casos de doença por Covid-19, o mundo viu-se confrontado com uma das maiores pandemias do século XXI. Apesar dos países terem tentado desenvolver políticas públicas de combate à propagação do vírus, as populações foram confrontadas com inúmeras vulnerabilidades em diversas áreas, como a saúde, a economia, a educação, a habitação, o acesso a serviços básicos, entre outros. Para fazer face a estas, muitas instituições do terceiro setor foram obrigadas a se reorganizar e criando novas respostas sociais para suprimir essas necessidades. A presente dissertação teve, por isso, a pretensão de conhecer as perceções dos profissionais de intervenção social sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no Movimento de Apoio à Problemática da Sida (MAPS), uma das maiores Instituições Particulares de Solidariedade Social da região algarvia, tendo por base a realização de entrevistas por focus group a oito interventores sociais. A saúde debilitada, a incapacidade de acesso a serviços de saúde e a consequente escassez de apoios a todos os níveis, provocou um aumento na procura dos serviços prestados pelo MAPS, originando a necessidade de reestruturar as suas respostas por forma a conseguir mitigar as situações de pobreza decorrente do desemprego e dos baixos rendimentos com quem muitos utentes e agregados familiares se viram confrontados durante a pandemia de Covid-19. Palavras-chave: Perceções, Covid-19, Intervenção Social, Organizações do Terceiro Setor
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    A intervenção do serviço social nas unidades de cuidados continuados integrados em tempo de pandemia: estudo realizado nas ULDM da Comunidade Intermunicipal do Oeste
    (2022) Lopes, Isabel Maria Moreira Maximiano; Bracons, Hélia, orient.
    Atualmente, a população vive mais tempo e com melhores condições de vida do que num passado recente. O desenvolvimento da proteção social e as políticas de saúde que se têm vindo a verificar criaram condições para um envelhecimento ativo e saudável. Quando se envelhece em situação de dependência, o Estado tenta garantir respostas sociais através de políticas sociais, como forma de dar resposta na continuidade de cuidados. Em resposta a esta necessidade, foi criada a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), uma política que o Estado regula, mas que, através de acordos e parcerias, coloca a responsabilidade da continuidade de cuidados no terceiro setor e em entidades privadas. O presente estudo incide sobre a intervenção do Serviço Social nas Unidades de Longa Duração e Manutenção da RNCCI, inseridas na Comunidade Intermunicipal do Oeste, e pretende conhecer o trabalho dos Assistentes Sociais, a envolvência das famílias dos utentes na procura de solução futura para a necessidade específica do utente, assim como os desafios sentidos durante a pandemia provocada pela Covid-19. O trabalho assenta na metodologia qualitativa com recurso à técnica da entrevista semidiretiva. Foram entrevistadas as sete Assistentes Sociais das Unidades de Longa Duração e Manutenção, pertencentes à Comunidade Intermunicipal do Oeste. Este estudo mostrou que, dos 180 utentes das ULDM da OesteCIM, 81 são “casos sociais” que, na voz das entrevistadas, são utentes que estão na Rede para resolver a “questão social”, com reduzido suporte familiar e económico, que aguardam vaga protocolada pela Segurança Social em ERPI, vaga esta, que pode demorar anos até ser disponibilizada. Salienta-se a persistência das Assistentes Sociais na tentativa permanente de encontrar uma solução social para estes utentes, bem como na envolvência familiar para manter os vínculos afetivos. Foi relatado que a consequência mais danosa a nível social sentida durante a pandemia foi a ausência de visitas, não só para os utentes como para as famílias.
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    Serviço Social: a intervenção da arte no quotidiano profissional do assistente social
    (2020) Martins, Robson de Souza; Bracons, Hélia, orient.
    O presente trabalho propos compreender a arte como instrumento de intervenção no quotidiano do assistente social na atualidade. Contextualizou-se o Serviço Social e Arte ao longo dos tempos, analisando a forma como se aproximam e se ancoram nas mesmas motivações, ou seja, o estímulo da consciência crítica do ser humano que o conduz à sua emacipação, para além de um recurso inovador na instrumentalidade do Serviço Social. Deste modo, clarificam-se questões relativas à identidade profissional, autonomia, particularidade e singularidade da profissão, e como a arte pode ser incorporada metodologicamente no agir profissional. Seguindo esta perspetiva, sugere-se a hipótese da relação entre a arte - enquanto fator de proteção -, a intervenção do assistente social e a alteração de situações de vida induzidas por fatores de vulnerabilidade. Empregou-se nesta pesquisa exploratória uma metodologia qualitativa e dentre os principais contributos, pode se destacar o debate oprofundamento teórico-metodológico do serviço social e as possibilidades que emergem do agir profissional.
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    Estratégias de integração de travestis brasileiras na cidade de Lisboa
    (2018) Castilho, Taís Diniz Sousa; Bracons, Hélia, orient.
    O presente estudo pretende conhecer quais os elementos que contribuem para que as travestis brasileiras decidam sair do Brasil e imigrarem para Portugal, tendo como preocupação conhecer como é que as travestis brasileiras, que imigram para Lisboa, analisam as estratégias das políticas públicas e sociais, vislumbrando ficar livres do contexto de violência urbana e vulnerabilidade social do Brasil. A perspectiva metodológica foi de caráter histórico oral, em pesquisa qualitativa, sobre as vivências das travestis na cidade de Lisboa, rumando significar quais os aspectos que auxiliem no mapeamento para a produção de conhecimento e saberes acerca das realidades sociais e da integração das travestis fora de seus país de origem. Neste estudo foram investigadas as experiências sociais de seis travestis brasileiras que vivem na cidade de Lisboa, afim de perceber, também, como constrõem as suas relações sociais com a comunidade portuguesa. De acordo com os resultados, destaca-se que as travestis entrevistadas encontraram em Lisboa melhores condições económicas, sociais e de integração. Começaram a imigrar para Portugal na procura de encontrar melhores oportunidades de trabalho e conseguirem viver uma vida com menos violência e discriminação.
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    O impacto do sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências na vida social, profissional e formativa dos indivíduos
    (2011) Calisto, Andreia Carina Pires; Duarte, Maria Isabel Alves, orient.
    Diariamente somos confrontados com a ideia de que mais conhecimento, mais e melhores competências são a forma mais eficaz para alcançar o sucesso e realização pessoal ao nível profissional, social e económico. Tendo consciência da importância de que a educação, e qualificação têm nos dias de hoje, pensou-se ser interessante observar qual o impacto que estes têm na vida dos indivíduos nas dimensões social, formativa e profissional. O presente trabalho assentou por isso em dois objectivos gerais principais: Conhecer qual o impacto que uma qualificação de nível secundário tem na vida pessoal, social, económica e profissional dos adultos e de que forma o discurso da formação ou da „gestão dos recursos humanos‟ é a melhor forma de resolver os problemas sociais de maior impacto da sociedade portuguesa. Para obter dados válidos, optou-se por orientar um estudo de natureza qualitativa, seguindo uma estratégia indutiva, por isso, o instrumento de recolha de dados privilegiado foi a entrevista semi-directiva que foi aplicado a 14 adultos que realizaram até ao final de 2009 a certificação de nível secundário através do sistema de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências na cidade de Faro. Constatou-se através dos dados recolhidos que a população que opta por esta oferta apresenta um percurso profissional diverso e rico em experiências que lhes permitiu adquirir conhecimentos e competências que pensava não ter. Observou-se também que o impacto que a formação tem na vida dos entrevistados traduz-se, geralmente, em sentimentos de realização pessoal e aumento da auto-estima. Pela análise dos mesmos dados verificou-se que, dificilmente a realização de uma certificação de nível secundário resultou em situações de progressão de carreira ou melhoria ao nível da condição dos indivíduos enquanto trabalhadores. Finalmente podemos constatar que a situação actual está a produzir mudanças na condição laboral da população activa, ou seja, há uma grande consciência da agudização de problemas como a precarização da condição laboral e a vulnerabilidade dos indivíduos a situações insegurança, incerteza e risco em relação à manutenção de um posto de trabalho seguro e protegido.
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    Intervenção social na violência no namoro: estratégias de prevenção
    (2015) Santos, Evonês de Oliveira; Carvalho, Maria Irene de, orient.
    A violência no namoro constitui um problema social muito importante nas relações românticas dos jovens. O comportamento dos jovens vai estabelecer os padrões de relacionamento pessoal e relacional no futuro, i.e. quando forem adultos. Recentemente, as pesquisas têm vindo a observar que as relações amorosas dos adolescentes e jovens estão marcadas cada vez mais por comportamentos de violência. Neste estudo identificamos as causas relacionadas com comportamentos de violência no namoro entre jovens e reconhecemos os fatores que podem ser prevenidos através da intervenção social. Realizaram-se entrevistas a profissionais que atuam na área da intervenção da violência nas relações de namoro. Recolheram-se informações através de perguntas abertas recorrendo à análise de conteúdo. Os resultados evidenciam que estes profissionais têm uma tarefa que poderá ser ainda mais árdua, se tivermos em conta o desafio que é apoiar e sensibilizar os jovens que ainda não têm competências suficientes para entender e/ou assumir que sofrem situações de violência. Daqui advém a necessidade de haver profissionais qualificados, bem como planos de intervenção dirigidos às camadas mais jovens e desenvolvidos em meios que estes frequentem (associações, escolas).
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    Percepções sobre o consumo excessivo de álcool nos jovens universitários portugueses da cidade de Lisboa, que prevenção. Que redução de riscos?
    (2011) Pina, Sara Vanessa da Silva; Queiroz, Maria José, orient.
    O consumo de substâncias psicoactivas tem sido caracterizado como um comportamento cultural na sociedade portuguesa. Com a evolução da sociedade, não somente este consumo foi-se modificando, no que respeita a grupos populacionais de consumo, como também o tipo de bebida consumida. Grupos como os de adolescentes e de mulheres encontram-se, no presente, como grupos vulneráveis ao consumo deste tipo de substância. A adolescência é uma etapa fundamental no desenvolvimento da vida do adolescente, pois não só é nesta fase que o indivíduo sofre mudanças de ordem física, mas também psicossocial. Esta fase encontra-se dividida por etapas, sendo cada uma delas caracterizada por um tipo de desenvolvimento. É na adolescência que as primeiras experimentações de substâncias psicoactivas lícitas ou ilícitas, como o álcool e o tabaco, ocorrem. As consequências do consumo excessivo de tais substâncias são preocupantes pelas inúmeras consequências resultantes deste tipo de comportamento. Quer para o consumidor, quer para a família, quer para a sociedade. O estudo procurou analisar a percepção de estudantes universitários que, nalgum momento da sua vida, tivessem tido consumos excessivos de álcool, sobre esse seu consumo, assim como sobre os consumos de álcool na sociedade portuguesa. Procurou ainda estabelecer as ideias dos jovens sobre as consequências resultantes do consumo deste tipo de substância. Além disso, tentou-se ainda compreender o papel e a acção do Assistente Social nesta temática. Desta forma, o estudo apresenta uma metodologia qualitativa, seguindo uma estratégia indutiva e abdutiva. Os dados foram recolhidos através de entrevistas semi-directivas, aplicadas a doze estudantes universitários e a um Assistente Social. A partir da análise e interpretação de dados, verifica-se que existe uma maturação no consumo de substâncias psicoactivas lícitas, como o álcool. Os estudantes tendem a consumir, no presente, especialmente, pelo facto de apreciarem o tipo de bebida que consomem e pelo acto de socialização, e não tanto pelo facto de desejarem ficar alcoolizados, razão utilizada para os consumos passados.
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    As intencionalidades no agir profissional da assistente social : a experiência no ACES VI de Loures
    (2013) Rodrigues, Liliana Marina Plácido; Andrade, Marília de Carvalho Seixas, orient.
    Focalizando no sentido ético-político de agir da assistente social, o presente relatório expõe a reflexão problematizada da prática profissional vivenciada no agrupamento de Centros de Saúde Sacavém/Loures (ACES VI Loures). A reflexão acontece mediada por referenciais teóricos e empíricos que lhe conferem sustentação. Perceciona-se a intervenção da assistente social no Centro de Saúde como muito diversificada e complexa, atendendo à sua participação em várias unidades funcionais, programas e projectos, no âmbito das medidas de política social e ao trabalho quotidiano, com a população do Concelho de Loures. Considera-se que a intervenção da assistente social emerge e termina na comunidade e que os serviços de proximidade têm o privilégio de conhecer melhor as populações derivando daqui a possibilidade de adaptarem programas e estratégias de atuação, de forma coerente e ajustada às características e necessidades locais. Afirma-se que o desenvolvimento de uma intervenção com qualidade, junto da comunidade, só se torna possível se a assistente social puder realmente intervir de forma interdisciplinar e interpretar os fenómenos sociais numa visão holística. Demonstra-se que o agir profissional da assistente social possui uma intencionalidade que tem subjacente uma dualidade de compromissos: o ético-político e o normativo-institucional. O primeiro é orientado por procedimentos teórico-metodológicos e por princípios éticos e deontológicos, que norteiam a relação com a população destinatária. O segundo é condicionado pelas orientações normativas emanadas da instituição sendo a maioria decorrente de decisões mais amplas tomadas pelo poder político. A par dos princípios éticos, o agir do assistente social possui uma tradição política e autonómica mas, no quotidiano institucional, verifica-se frequentemente uma redução acentuada da autonomia profissional. Efectivamente, no caso em análise, a função da assistente social, no ACES VI Loures é associada a uma prática funcionalista de gestão de assuntos burocráticos e de questões pecuniárias. Prevalece o normativo institucional em prejuízo de uma intervenção direta e competente junto das famílias, das pessoas e da comunidade, a partir da integração nas equipas de saúde. Decorrentes deste estado de coisas surgem dilemas e inquietações no agir da assistente social. No contexto de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) cada vez mais fragilizado pela não assunção de direitos outorgados pelo Estado de Direito ficam em causa a participação cidadã, a justiça social, a equidade e o bem-estar dos interventores e das populações.
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    A intervenção do serviço social nas CPCJ’S : contributos para a análise metodológica da intervenção
    (2014) Sanches, Edna Maria Monteiro; Rodrigues, Marlene Braz, orient.
    A presente investigação pretende analisar as metodologias de intervenção do Serviço Social na promoção e proteção dos direitos das crianças e jovens em perigo. O campo empírico é constituído pelas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo, instituições não judiciais que promovem e protegem os direitos das crianças em perigo/risco. Pretende-se analisar as metodologias utilizadas nas diferentes fases de intervenção, identificar os princípios e valores subjacentes à prática profissional nesta área, bem como as principias referências teóricas. Para realizar a presente investigação foi utilizada uma metodologia qualitativa, tendo em conta os objectivos definidos. Os dados foram recolhidos através de entrevistas semidirectivas, às quais foram aplicados a análise categorial de conteúdo. Os resultados encontrados demonstram que a prática da metodologia do serviço social nas CPCJ´s consiste em promover e proteger os direitos das crianças em perigo. É caracterizada por cincos fases, baseia na articulação com os serviços externos e a intervenção em rede; utiliza modelo ecológico como principal modelo teórico para analisar a situação. Os principais instrumentos e técnicas utilizados são a visita domiciliar e Lei 147/99, e a entrevista. Os princípios e valores orientadores da intervenção estão legislados na Lei 147/99 que serve como modelo de protecção e promoção dos direitos das crianças em Portugal.
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    Serviço social e empreendorismo : um estudo de iniciativas empresariais de assistentes sociais na área das pessoas idosas em Portugal
    (2009) Santos, Isabel Maria de Matos Abreu dos; Branco, Francisco, orient.
    Esta dissertação tem como temática a actividade empresarial dos assistentes sociais, nomeadamente na área das respostas sociais para pessoas idosas (SAD, Lares e Centros Geriátricos). Do ponto de vista analítico o trabalho desenvolve-se em dois eixos principais. Num primeiro plano exploram-se diferentes perspectivas sobre o empreendorismo (o empreendorismo do ponto de vista económico, de gestão e da psicologia do comportamento) e uma breve análise do empreendorismo em Portugal. Num segundo plano analisam-se as transformações na clientela do Serviço Social mormente em face da emergência de novas necessidades sociais e perfis na área das pessoas idosas. Do ponto de vista empírico o trabalho consistiu no levantamento das iniciativas empresariais de assistentes sociais em Portugal continental na área das respostas a pessoas idosas e na realização de entrevistas aos empreendedores incidindo sobre o percurso académico e profissional dos assistentes sociais, o seu perfil como empreendedores e as dinâmicas empreendedoras presentes. Não existindo um grau de certeza absoluta considera-se que o universo das iniciativas empresariais de assistentes sociais na área dos idosos estará muito próximo do apurado. Este estudo (que pretendeu ser apenas uma porta para muitas reflexões acerca destas novas dinâmicas) de intervenção dos Assistentes Sociais, associando o económico e o social, sem necessidade de serem antagónicos e sem pôr em causa o bem-estar do individuo ou grupo ou comunidade no qual intervimos. Será com certeza uma opção ao crescente desemprego que tem vindo a aumentar e que não se percepciona que venha a diminuir, e permite igualmente aos AS sentirem que têm a possibilidade de construir respostas sociais com as quais se identifiquem, vendo aumentada a sua satisfação profissional.
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    A dimensão da pobreza no Bairro da Abilheira em Quarteira
    (2011) Paredes, Rita Esmeralda Palhinha; Queiroz, Regina, orient.
    A pobreza é, atualmente, um dos traços mais negativos da sociedade. O trabalho conhecido de alguns especialistas dá-nos uma noção da extensa gravidade e persistência da pobreza, bem como lança alguma luz sobre as causas que a explicam. Esta investigação aborda a dimensão da pobreza no Bairro da Abilheira, situado na cidade costeira de Quarteira, e o tema surge do interesse em trabalhar diretamente com indivíduos que necessitam, de alguma forma, de apoio social, humanitário e, até mesmo, afetivo/emocional. Esta investigação contribui com mais uma abordagem sobre a pobreza, a nível local, sendo um contributo para entidades ou indivíduos que se queiram debruçar sobre esta temática/problemática. O acervo monográfico poderá traduzir-se num envolvimento por parte das entidades locais para resolverem, com mais facilidade, as questões aqui expostas. A metodologia utilizada para este estudo baseou-se na entrevista exploratória com guião, aplicada às três Técnicas Superiores responsáveis pelo Bairro e um inquérito por questionário, dirigido aos habitantes do Bairro. Aos agregados foi aplicado um instrumento de recolha de informações, tendo estado envolvidos 63 participantes. Os métodos utilizados foram qualitativos e quantitativos. A pobreza existente no Bairro da Abilheira parece estar relacionada com vários factores que a determinam… O emprego precário parece ter neste Bairro um papel influente. Conflitos e criminalidade parecem ser outros fatores marcantes na exclusão social e, por conseguinte, na intervenção social.
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    A intervenção do serviço social nas escolas TEIP: mais perto para chegar mais longe
    (2011) Almeida, Bárbara Chaves de Almeida; Amaro, Maria Inês, orient.
    A presente dissertação examina, de forma retrospectiva e prospectiva, e com um vector crítico construtivo, o actual estado da intervenção do Serviço Social no âmbito das escolas. É feita uma análise global dos múltiplos factores que condicionam esta questão: a evolução histórica quer dos estabelecimentos de ensino quer do próprio Serviço Social e a relação mútua entre estes; as mudanças de paradigmas doutrinários no respectivo sector, de acordo com as transições sociais e as políticas institucionais; os eventuais hiatos entre a teoria e a prática e os protagonistas que povoam o tema: sejam os Assistentes Sociais, os alunos, os professores, as direcções escolares ou as famílias. Com o intuito de fundamentar solidamente o panorama descrito, efectua-se uma pesquisa bibliográfica aprofundada acerca das temáticas mais relevantes e, por outro lado, uma pesquisa empírica o mais exaustiva possível. A recolha de dados é realizada através de quinze entrevistas a profissionais de Serviço Social a trabalhar em escolas TEIP e ainda, num outro momento, mediante o estudo de casos que incluem entrevistas tanto aos Assistente Sociais como aos próprios alunos e encarregados de educação. Este estudo lança pistas para a construção de um modelo de intervenção social escolar, define um perfil de profissional tendo em conta o contexto em que este se insere – os estabelecimentos de ensino -, aponta as principais potencialidades e constrangimentos do Serviço Social escolar e analisa o seu impacto no âmbito do programa Território Educativo de Intervenção Prioritária. Por fim, verifica que o objectivo do Assistente Social nem sempre está de acordo com os objectivos institucionais, ou que, por vezes o sucesso da intervenção não corresponde a sucesso escolar, analisando os constrangimentos que daí advêm. Desta forma, conclui que para um sucesso efectivo é fundamental que todos partam do mesmo objectivo e assumam activamente o seu papel no processo educativo, nomeadamente: alunos, professores, famílias, Assistentes Sociais e outros técnicos sociais que intervêm no interior das escolas e na comunidade envolvente.
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    O projeto de vida "retorno à família biológica" de crianças institucionalizadas: contributos para a análise e intervenção
    (2013) Neves, Ana Filipa Telo; Rodrigues, Marlene Braz, orient.
    O presente trabalho de investigação incide sobre a intervenção da equipa técnica profissional do CAT- Casa das Cores, na implementação do projeto de vida de retorno da criança à família biológica. Este estudo segue uma metodologia qualitativa, estudo de caso de caráter descritivo e exploratório. Para a recolha da informação empírica utilizou-se a técnica de entrevista e análise de conteúdo dos processos referentes às quatro crianças que tiveram o retorno à família desde a abertura do CAT já referido. Conclui-se que, o principal motivo da institucionalização destas crianças foi a negligência grave, a nível escolar, educacional e habitacional, embora estas famílias não tenham chegado a colocar os menores em situação de perigo de vida. No entanto, o principal fator sociofamiliar agravante da situação irregular das crianças e que culminou na institucionalização foram os níveis económico e habitacional. Em suma, os fatores que levaram a equipa técnica profissional do CAT a elaborar e a implementar o projeto de vida de retorno da criança à família biológica foram a capacitação das famílias para minimizarem os fatores de risco que inicialmente colocaram as crianças em situação de risco, através da potencialização das suas competências parentais, nomeadamente na capacidade de avaliarem as necessidades apresentadas pelas crianças, reconhecendo-as e efetuando as modificações necessárias de forma a dar uma resposta adequada às questões que se apresentassem, tanto a nível individual como sociofamiliar. Assim, como as famílias em estudo conseguiram sustentar e estabilizar as condições de segurança e proporcionar às crianças um contexto protetor e promotor de um desenvolvimento adequado, visou-se a reintegração da criança na família.
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    O diálogo entre território (relacional) e quotidiano das famílias realojadas na quinta da fonte: trajectórias de inclusão ou de exclusão?
    (2010) Romeiras, Rita Mégre; Queiroz, Maria José, orient.
    A presente investigação pretende aprofundar algumas das questões associadas às pessoas que residem em bairros sociais por via de processos de realojamento, resultado da acção das medidas de políticas sociais de habitação, numa abordagem que se centra no diálogo que as mesmas estabelecem com o território que ajudam a construir no seu quotidiano. O micro território alvo da pesquisa é um bairro social na periferia de Lisboa, a Quinta da Fonte, no concelho de Loures, espaço de vida de famílias que na sua maioria residiam em núcleos degradados de barracas, e que ao longo dos anos tem vindo a ser alvo de projectos de intervenção comunitária de intensidades e durações diversas. Através de uma perspectiva que não se quer limitada às questões da pobreza e exclusão social, pretende-se reflectir acerca da forma como alguns dos factores inerentes à vida nas cidades e nos subúrbios, podem influenciar o quotidiano das pessoas, num mundo global gerador de riscos que não escolhem classes sociais, mas cujos fluxos de informação são dominados apenas por alguns. O processo de investigação é orientado por uma estratégia abdutiva, pelo que se privilegiam sentimentos, perspectivas e motivações dos sujeitos na análise de conteúdo às nove entrevistas semi-estruturadas, instrumento seleccionado como opção metodológica para a recolha dos dados. O território, adoptado como o ‘chão da cidadania’, e palco de sucessivos jogos relacionais entre os diversos actores sociais que nele intervêm, é compreendido através da singularidade das trajectórias de vida, que se conclui terem sido marcadas pela mobilidade territorial, (que estagnou com o realojamento) um recurso fundamental nos dias de hoje, mas não acessível a todos, nomeadamente a estes moradores. Os discursos dos entrevistados revelam infâncias marcadas pela pobreza e percursos repletos de estratégias de sobrevivência, que mantiveram na Quinta da Fonte, embora actualmente predominem sentimentos de medo e insegurança, que, inibem a produção de energia para uma participação activa nos processos relacionais existentes no bairro. O conjunto que engloba as histórias de vida individuais, a gestão de poderes e autonomias perante o que é estranho, a intervenção pública, as representações sobre os profissionais, e mesmo a informação simbólica que os media fazem circular sobre aquele “quartier sensible”, catapulta um ténue usufruto do espaço público, compensado com a intensificação das relações sociais com os vizinhos próximos. Detectou-se, no entanto, o principal factor de ruído no diálogo produzido entre aquele território e as famílias que aí foram realojadas: a Quinta da Fonte é um bairro onde as pessoas não se sentem bem. Reconhecendo a importância do Serviço Social na construção das políticas sociais, entre as quais as de habitação, esta investigação pretende, acima de tudo, dar “voz aos silenciosos da História”.
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    Gravidez indesejada : interrupção voluntária da gravidez nas mulheres adultas e adolescentes das consultas da maternidade Dr. Alfredo da Costa : aspectos sociais, que influência?
    (2011) Gamanho, Tânia Alexandra Filipe; Queiroz, Maria José, orient.
    Há vários anos que se vem debatendo a questão do aborto e a sua despenalização, que se concretizou em Portugal no ano de 2007. Pela importância da temática, no âmbito da Interrupção Voluntária da Gravidez, a presente investigação pretende aprofundar algumas das motivações das mulheres associadas a um processo de escolha pela IVG, numa abordagem que se centra no diálogo que as mesmas estabelecem com este processo, juntamente com as representações das próprias sobre o tema Interrupção Voluntária da Gravidez. A população-alvo da pesquisa são as mulheres adultas e adolescentes das Consultas de Gravidez Indesejada da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, localizada na cidade de Lisboa; trata-se de um espaço próprio de acompanhamento clínico, social e psicológico organizado após a concretização da lei da despenalização do aborto, que permite às mulheres exercer a sua opção pela interrupção da sua gravidez num ambiente que lhe proporciona privacidade. Através de uma perspectiva que não se quer limitar apenas às questões sociais e económicas, pretende-se reflectir acerca da forma como alguns dos factores inerentes à vida individual de cada mulher, assim como o contexto social, ambiental e familiar em que estão inseridas, podem influenciar a sua decisão, perante uma gravidez que pode ter sido ou não desejada/planeada, e que não tencionam prosseguir. O presente processo de investigação é orientado por uma estratégia indutiva/ abdutiva, pelo que se privilegiam sentimentos, perspectivas, emoções das inquiridas na análise de conteúdo das 20 entrevistas semi-directivas aplicadas às mulheres participantes. Os discursos das entrevistadas revelam que, tanto adolescentes como adultas, associam a IVG nomeadamente a uma solução perante uma gravidez que não foi planeada e a situações de carências sócio-económicas; no entanto e relativamente à representação que cada uma apresenta e destacando o grupo das mulheres adultas, parte destas assumiram uma posição contra o aborto por princípios ou questões religiosas. Detectou-se, no entanto, o principal factor no ruído de diálogo produzido entre a decisão e as mulheres: a maior parte assume um sentimento de tristeza face a esta decisão. Reconhecendo a importância do Serviço Social no aconselhamento, acompanhamento e apoio às mulheres que optam pela IVG, esta investigação pretende acima de tudo dar voz às mulheres, a quem grande parte da sociedade condena moralmente.
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    (In)visibilidade de uma cidadania inclusiva de crianças e jovens em risco : reflexão de uma prática
    (2013) Silva, Ana Paula Gomes dos Santos; Ferreira, Maria Emília Freitas, orient.
    O presente trabalho ‘narrativa de uma intervenção social’ teve como principal objetivo lançar um olhar reflexivo e crítico sobre o trabalho desenvolvido pela autora no contexto de uma equipa interdisciplinar na área do Serviço Social. Este teve lugar no âmbito do Centro de Estudos para a Intervenção Social, num projeto designado ‘Percursos Acompanhados’, cofinanciado pelo Programa Escolhas, o qual teve como objetivo contribuir para a inclusão escolar e para a educação não formal. Nele se procedeu à sistematização da trajetória seguida, desde as fases de diagnóstico, de aplicação e de obtenção de resultados até à análise do processo de envolvimento da comunidade, dos parceiros e das próprias crianças e jovens. Tem como referência o trabalho desenvolvido com as crianças, os jovens e as famílias ao longo do processo de construção do projeto, reconhecendo a importância da participação, no sentido da motivação para a mudança. A perspetiva da construção de uma cidadania ativa significou reconhecer as crianças e jovens enquanto atores do processo em curso, possibilitando a sua audição sobre os problemas, fazendo ouvir e fazendo-os ouvir a sua própria ‘voz’. Este pressuposto traduzisse no seu envolvimento em todo o processo de implementação, desenvolvimento e avaliação do Projeto, e a sua concomitante responsabilização, facilitado pela proximidade e confiança existentes entre jovens e elementos da equipa técnica. Como parte integrante desta equipa técnica com funções de coordenação da mesma e de relação direta com as crianças e jovens, passar da perspetiva da intervenção para uma perspetiva de análise e reflexão exigiu o reforço de conceções teóricas para a construção de categorias analíticas que permitissem o distanciamento indispensável a um trabalho de análise crítica. Este exercício possibilitou (re)encontrar a coerência da ação, perceber, à distância, os limites dos recursos, da própria capacidade da equipa, das urgências que condicionam a profundidade da reflexão sobre as situações. Visou-se, desta forma, construir uma visão mais profunda e total da realidade no olhar crítico criado a partir da prática. Este processo de sistematização reflexiva do qual nós assistentes sociais em Portugal têm ainda pouca experiência, foi obtido com persistência através de tentativas sucessivas de aproximações que reduziram ideias ‘consagradas’ e minimizaram o ‘desconforto’ fazendo jus à palavra de um dos atores “aprendi a não ter medo de tentar” (Filipe).
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    O processo de inserção da mulher no mercado de trabalho angolano : estratégias, trajectórias e contextos socioprofissionais
    (2013) Silva, Mara Eloise Caetano da; Queiroz, Maria José, orient.
    A sociedade angolana tem sido o palco de várias mudanças políticas, culturais, sociais e económicas. Os contornos destas transformações deixam cada vez mais visíveis as desigualdades sociais traçadas na esfera laboral. Pelo que a intensidade da entrada da mulher no mercado de trabalho, tem vindo a gerar um leque de expectativas sobre os modelos dos padrões de inclusão e integração social da mulher. Este estudo pretende, compreender e elucidar o mercado de trabalho angolano no feminino. Deseja-se analisar de que modo se tem feito o processo de inserção e integração da mulher na vida social, tendo em conta a trajectória laboral desta e as políticas públicas/sociais. Por um lado, o trabalho de campo foi desenvolvido junto de organizações/instituições governamentais (Inspecção-Geral do Trabalho, Ministério do Interior, MAPESS, Comando-Geral da Polícia, MINFAMU, MINARS, MINAGRI), e ainda, junto de organizações/instituições não/governamentais e universitária privada (AMPA, OMA, PMA, CNA, Universidade Independente); foram inquiridos dirigentes institucionais e assistentes sociais; por outro, os inquéritos foram feitos junto de mulheres trabalhadoras da cidade de Luanda. No estudo adoptou-se uma abordagem qualitativa e quantitativa, no primeiro caso recorrendo a entrevistas semi-estruturadas e no segundo a inquéritos por questionário. A análise efectuada destaca as mudanças no âmbito político, jurídico e os factores discriminatórios de que as mulheres são alvo no âmbito social. O estudo evidencia ainda que apesar da entrada da mulher no mercado de trabalho estar cada vez mais visível, esta ainda revela uma vulnerabilidade acrescida, resultante do seu estatuto minoritário, das suas obrigações familiares, da não interiorização dos seus direitos e dos comportamentos discriminatórios sofridos no âmbito laboral.
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    Os maus-tratos a crianças : representações das crianças sobre a família e o risco psicossocial
    (2012) Louro, Catarina Filipe; Rodrigues, Marlene Braz, orient.
    A escolha do tema da presente investigação baseou-se, fundamentalmente, no desejo de aprofundar a problemática do risco psicossocial na infância através do discurso das próprias crianças acedendo, para isso, às suas vivências, representações e significados. Assumimos, assim, como objetivo principal perceber que representações sociais têm as crianças em relação ao conceito de família e de risco psicossocial. Neste contexto, a vontade de dar “voz” à criança levou-nos a adotar uma abordagem de carácter qualitativo, sendo que o design metodológico utilizado é o estudo de caso porque se pretende conhecer com maior profundidade as representações sociais de um grupo de crianças sobre a família e o risco psicossocial sendo que, as singularidades da situação selecionada como objeto de estudo não são passíveis de generalizações empíricas sendo apenas aplicáveis à realidade específica da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (CPCJ) de Castelo Branco. Assim, partindo do pressuposto de que as crianças são atores sociais competentes para a interpretação da realidade social em que se inserem, tentámos, segundo a sua perspetiva, compreender quais são as faces do risco no espaço familiar considerando a sua prática e experiência tentando, ainda, por um lado, perceber como se posicionam perante as práticas parentais utilizadas na família e por outro, perceber se apesar de serem crianças inseridas em contextos de risco/perigo, devidamente identificadas, se isso influencia a sua perceção sobre o conceito de família. Ao longo dos discursos foi percetível que apesar das crianças estarem inseridas em contexto de risco/perigo as mesmas não se consideram como tal sendo que, na sua generalidade, desconhecem os motivos que conduziram à sua sinalização. As crianças, conseguem, de facto, identificar e mencionar fatores de risco na sua própria família, no entanto, não se revêm numa situação de risco/perigo. Assim, as crianças deste estudo, têm uma imagem positiva acerca da família mas os seus discursos fazem transparecer inúmeros sentimentos de insegurança e carência.
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    Prevenção da sida nos ''idosos'' : aproximação à intervenção do Serviço Social : o caso de Cascais
    (2010) Garcia, Ana Paula Gonçalves Martins; Rodrigues, Fernanda, orient.
    Os dados estatísticos evidenciam uma tendência para o aumento de casos de HIV/SIDA em indivíduos com mais de 50 anos (OMS, 2008) e apontam a transmissão por via sexual como uma das causas das novas infecções nesta faixa etária. A inexistência de um tratamento ou de uma vacina para o HIV/SIDA faz com que a alteração de comportamentos de risco seja ainda o único meio disponível e universal de prevenir a doença, independentemente da faixa etária considerada. Reconhecendo a dimensão social do fenómeno, e a função preventiva e educativa inerente à actividade dos assistentes sociais, constitui-se como principal objectivo deste estudo compreender o papel do Serviço Social na prevenção do HIV /SIDA e dos comportamentos de risco nos idosos frequentadores de centros de convívio e academias. Especificamente pretendemos identificar o entendimento dos assistentes sociais face à SIDA, à sexualidade e aos comportamentos de risco da população idosa; compreender o papel do Serviço Social na prevenção do HIV/SIDA por relação a outros profissionais; identificar que acções de âmbito preventivo são utilizadas e em que nível da prevenção se situa a intervenção dos assistentes sociais e perceber se a mesma contribui para a mudança de comportamentos de risco. Situámos o estudo numa abordagem qualitativa, e seguimos uma estratégia indutiva. Os dados foram recolhidos através de entrevistas semi-estruturadas, aplicadas a oito assistentes sociais que exercem a sua actividade em Centros de Convívio ou Academias Seniores, no concelho de Cascais. Pela análise e interpretação dos discursos das entrevistadas verifica-se que, a maioria, têm conhecimentos acerca da sexualidade dos idosos no geral e nas respectivas instituições. Percepcionam a sexualidade como algo existente nos idosos, embora se tenham identificado, concomitantemente alguns preconceitos, não sendo um assunto comummente abordado nas suas acções quotidianas. O conhecimento que revelam relativamente ao HIV/SIDA e à expressão do problema a nível global ou local tem uma relação muito directa com a existência, ou não, de casos concretos na instituição. Constatámos que as acções preventivas sobre os comportamentos sexuais de risco são feitas por profissionais exteriores à instituição e de outras áreas, como a enfermagem e a psicologia. Face à regularidade e proximidade com os destinatários da intervenção sublinhamos a importância que os assistentes sociais podem ter no âmbito da prevenção primária, promovendo acções que capacitem, eduquem e motivem os idosos para a adopção de comportamentos saudáveis, sendo também condição sine qua non que os profissionais se reposicionem e assumam esse papel investindo na sua qualificação e especialização.