Neves, Helena2019-06-042019-06-0420151645-8931http://hdl.handle.net/10437/9582ResPublica : Revista Lusófona de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionaisaliás sobre os grandes conflitos que se seguiram, no exíguo espaço concedido às vivências femininas, reproduziu, predominantemente, o paradigma essencialista que (des)figura a história europeia e mundial: os homens, no seu papel natural, guerreiros nas frentes, as mulheres na assistência filantrópica e na enfermagem, maternidade social, inerente à feminil natureza. Breves as abordagens sobre a mobilização feminina para o trabalho produtivo, considerado exceção imposta pelo momento, e daí a sua transitoriedade. O pós-guerra traria o regresso à normalidade: retorno das mulheres ao lar, glorificadas como parideiras da nação, dever patriótico no contexto da obsessão natalista imposta em parte pela enorme quebra demográfica, mas também pelo defensismo face a um tempo em que nada mais voltaria a ser o mesmo, marcante a experiência de liberdade feminina no tempo da guerra, transformada a relação dialética entre os sexos. Mudança que, na maioria das análises teóricas, se saldaria por uma nítida influência na emancipação feminina. Estudos mais recentes, particularmente no campo académico da investigação feminista, trazendo uma outra visibilidade à questão das mulheres no tempo de guerra, aprofundando os contornos das mudanças e permanências, contestam a linear perspetiva otimista da influência da guerra de na emancipação das mulheres.application/pdfporopenAccessPRIMEIRA GUERRA MUNDIALMULHERESMOVIMENTOS FEMINISTASPACIFISMOPARTICIPAÇÃO DAS MULHERESWORLD WAR IWOMENFEMINIST MOVEMENTSPACIFISMWOMEN'S PARTICIPATIONHISTÓRIA GERALGENERAL HISTORYHISTÓRIA DE PORTUGALHISTORY OF PORTUGALCRUZADA DAS MULHERES PORTUGUESASMulheres na Primeira Guerra Mundial: mudança e permanênciasarticle