Calegari, Lizandro Carlos2015-09-082015-09-0820131646-3730http://hdl.handle.net/10437/6658Babilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e TraduçãoO objetivo deste trabalho é refletir sobre a política da memória e do apagamento da história em Quatro-olhos (1976), de Renato Pompeu. Pretende-se demonstrar que a elite dominante se vale de estratégias ideológicas para camuflar certos episódios históricos que se caracterizam pela violência e pelo autoritarismo. O esquecimento organizado propiciaria o controle social, já que não dessacralizaria as estruturas de poder arquitetadas pela classe dirigente. O romance de Pompeu, considerando-se essa linha de raciocínio, apresenta indícios que permitem verificar que a não rememoração de fatos agônicos pretéritos não é casual, mas condicionada por agentes políticos. As contribuições teóricas de Walter Benjamin são favoráveis aos argumentos que se pretende desenvolver nessa pesquisa.The main objective of this paper is to reflect upon the forgetfulness and the deletion of History in Renato Pompeu’s Quatro-olhos (1976). The work intends to demonstrate that the dominant elite makes use of ideological strategies to hide certain historical episodes that settle on violent and authoritarian practices. The organized forgetfulness would propitiate the social control, since it wouldn’t desacralize structures of power built by the head class. Pompeu’s novel, considering kind of approach, presents elements which show that the impossibility of remembering or recognizing past violent facts is not casual, but conditioned by political agents. Walter Benjamin’s theoretical contributions underscore the arguments developed in this research.application/pdfporopenAccessLITERATURA LUSÓFONALUSOPHONE LITERATURELITERATURA BRASILEIRABRAZILIAN LITERATUREDITADURA MILITARMILITARY DICTATORSHIPANÁLISE LITERÁRIALITERARY ANALYSISarticle