Peixoto, Rodrigo2019-09-182019-09-1820172183-7198http://hdl.handle.net/10437/9779RCL – Revista de Comunicação e Linguagens | Journal of Communication and Languages No. 47 Visual Culture, p. 34-52No século XVIII surgiu um novo paradigma na educação, que ficou conhecido sob o nome de educação visual. Na sua origem estão as ideias de Pestalozzi. Esta mudança na estrutura do modo de lecionar está intimamente ligada à fundação de uma sociedade moderna assente na tecnologia como forma de aceder ao conhecimento. Este ímpeto visual veio encontrar na fotografia e na estereoscopia, primeiro, e no cinema, depois, os veículos para a formação de gerações de estudantes, criando uma relação de visibilidade com a matéria lecionada, visibilidade que era olhada como equivalente ao contacto com um objeto a estudar, transformando a noção de ilustração ou documento, e esquecendo a mediação tecnológica. Através do estudo da coleção Pestalozzi (158 cartões estéreo em depósito no Museu de Imagem em Movimento (MIMO) de Leiria, pelo projeto Stereo Visual Culture apoiado pela FCT (PTDC/IVC-COM/5223/2012), e dos guias de leitura das coleções educacionais da Keystone View Co., pretendemos analisar a industrialização deste novo paradigma e a sua influência na criação de uma ideia hierarquizada, sistematizada, e apoiada em «evidências» visuais, de uma organização do mundo (no momento em que o surgimento do cinema ameaçava esta indústria). Um mundo que se pretendia objetivado nas imagens estéreo.application/pdfporopenAccessEDUCAÇÃOEDUCATIONEDUCAÇÃO VISUALVUSUAL EDUCATIONCULTURA VISUALVISUAL CULTUREESTEREOSCOPIASTEREOSCOPYTECNOLOGIATECHNOLOGYUma certa imagem de um mundo : estereoscopia e educação visual no início do século XX; uma investigação a partir da coleção Pestalozzi (MIMO)article