Ragasová, Anna2024-12-052024-12-052024http://hdl.handle.net/10437/14804Na última década, registou-se um crescente interesse académico no estudo das emoções no campo jornalístico, impulsionado por novas práticas jornalísticas que recorrem a elementos emocionais como forma de alcançar um maior público. Nesta investigação, procurámos as marcas do emocionalismo no jornalismo através de um estudo de caso sobre a cobertura da morte e do funeral da Rainha Isabel II. Para compreender como funciona o emocionalismo no jornalismo contemporâneo, concebemos um estudo comparativo internacional que se centra num tipo específico de media, a newsmagazine ou revista semanal de informação geral. A meio caminho entre o jornal e a revista, este modelo nasceu nos Estados Unidos, em 1923, com a revista Time e popularizou-se em todo o mundo. O nosso estudo de caso inclui dois títulos de circulação internacional - Time (EUA) e The Economist (Reino Unido) - e uma newsmagazine nacional - .týžde? da Eslováquia. Cruzando a análise de conteúdo e a análise semiótica, examinámos os elementos do emocionalismo num corpus de 111 artigos online e quatro capas de newsmagazines durante as duas semanas de 8 de setembro de 2022 a 22 de setembro de 2022. O trabalho dos jornalistas das três revistas foi também analisado recorrendo a elementos da teoria dos acontecimentos mediáticos aplicados à imprensa online. A análise comparada das newsmagazines revelou que o emocionalismo é uma construção crucial nos artigos e capas, independentemente de se tratar de uma revista de circulação nacional ou internacional. Os resultados mostram que o emocionalismo nas capas e artigos das newsmagazines é composto por elementos textuais e visuais, interligados com factos, criando uma narrativa e uma composição unificadas. A aplicação da teoria dos acontecimentos mediáticos revelou as mudanças que ocorreram no tom e estilo de cobertura mediática relativamente a um acontecimento como o funeral de uma figura pública internacional como a rainha Isabel II, com o recurso a descrições e a fotografias emocionais ou a omissão de factos negativos sobre a pessoa falecida. Os resultados indicam, assim, que o emocionalismo está incorporado no jornalismo de qualidade e é utilizado para proporcionar o envolvimento e a participação dos leitores em temas sociais importantes. Palavras-chave: Emocionalismo, jornalismo, newsmagazine, Rainha Isabel IIIn the last decade, there has been a growing academic interest in the study of emotions in the field of journalism, driven by new journalistic practices that use emotional elements as a way of reaching a wider audience. In this research we set out to find the marks of emotionalism in the contemporary journalism through a case study on the coverage of the death and funeral of Queen Elizabeth II. To understand how emotionalism works in contemporary journalism, we designed an international comparative study that focuses on a specific type of media, the newsmagazine or weekly general information magazine. Halfway between the newspaper and the magazine, this model was born in the United States in 1923 with Time magazine and has become popular worldwide. Our case study includes two international circulation titles – Time (USA) and The Economist (United Kingdom) - and one national newsmagazine – .týždeň from Slovakia. Crossing content and semiotic analysis, we examined the elements of emotionalism in a corpus of 111 online articles and four newsmagazine covers during the two weeks from September 8, 2022, to September 22, 2022. The work of the journalists of the three magazines was also analysed using elements from the Media Events theory applied to the online press. The comparative analysis of the newsmagazines revealed that emotionalism is a crucial construction in articles and covers, regardless of whether those magazines have national or international circulation. The findings show that emotionalism in newsmagazine’s covers and articles is made up of textual and visual elements, interconnected with facts, creating a unified narrative and composition. Applying media events theory uncovered the changes that have occurred in the tone and style of media coverage of an event such as the funeral of an international public figure like Queen Elizabeth II, with the use of emotional descriptions and photographs or the omission of negative facts about the deceased. The results thus indicate that emotionalism is embedded in quality journalism and is used to engage and involve readers in important social issues. Keywords: Emotionalism, journalism, newsmagazine, Queen Elizabeth IIapplication/pdfengopenAccessCOMMUNICATIONJOURNALISMEMOTIONSDOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃOJORNALISMOEMOÇÕESDoutoramento em Ciências da ComunicaçãoEmotionalism in contemporary journalism : when the queen died 200 newsmagazines' coverage of the death of Elizabeth IIdoctoralThesis101784988