Pinto, Porfírio José dos Santos2021-12-302021-12-3020222184-8033http://hdl.handle.net/10437/12325Ad AeternumA Bíblia, nomeadamente o Antigo Testamento, tem textos de uma violência insuportável. Já na Antiguidade, Marcião não queria nada com o Deus veterotestamentário, que ordenava a Abraão que matasse o seu próprio filho, ou aos israelitas que exterminassem os cananeus ou os amalecitas. O Abbé Pierre, há trinta anos atrás, referia-se às conquistas de Josué como o “primeiro genocídio”. Se entendermos essas narrativas como textos históricos, então, temos de concordar que a Bíblia é “um manual de maus costumes” (José Saramago). Todavia, hoje, temos cada vez mais consciência de estar perante textos de propaganda, textos retóricos ao serviço de uma ideologia, em confronto com outras, e é através desse conjunto heterogéneo que Deus “fala”.application/pdfporopenAccessRELIGIÃOCRISTIANISMOTEXTOS RELIGIOSOSVIOLÊNCIAJUDAÍSMORELIGIONCHRISTIANISMRELIGIOUS TEXTSVIOLENCEJUDAISMA violência nos escritos bíblicos : em torno do hérem deuteronomistaarticle