Moreno, Manuel Joaquim Soeiro, orient.Azevedo, André Filipe Pires de2018-11-212018-11-212013http://hdl.handle.net/10437/9165Orientação: Joaquim Soeiro MorenoA habitação é mutável, ou seja, vai-se adaptando às novas ocupações e cria a sua própria forma de vivência no espaço, é por este motivo que a palavra transformação se apresenta como palavra-chave ao tema do trabalho. No início do trabalho, para uma compreensão concreta do desenvolvimento da habitação portuense, foram analisados setores urbanos de habitação unifamiliar e multifamiliar para detetar as suas alterações ao longo do tempo. Para ir de encontro à realidade em estudo, foram selecionados dois edifícios relevantes na avenida Gustavo Eiffel e rua Augusto Rosa devido aos seus elementos tipológicos, para posteriormente fazerem uma interligação com a proposta realizada para a área de intervenção a norte da rua do General Sousa Dias. Após análise dos seus processos de transformação ao longo do tempo, pode concluir-se que são vários os aspetos em que a habitação atualiza a sua linguagem ao longo do tempo até aos nossos dias, não desvirtuando o fim a que se destinam. A proposta para a área de intervenção introduziu uma nova linguagem, baseada na habitação existente, mediante parâmetros preservados e outros alterados para permitir a evolução da habitação. Os elementos relevantes consistem em unir a parte com o todo, o objeto arquitetónico ao espaço publico. É nesta fusão que a proposta para a intervenção tende a resultar, na medida que está direcionada para a população poder usufruir dos usos introduzidos, comércio, habitação e serviços. Pretende-se uma proposta humanizada, que disponha de percursos e através deles seja possivel comunicar com os edificios implantados. O objeto arquitetónico é importante na medida em que cria uma combinação de cheios e vazios, conferindo dinâmica ao espaço, ou seja, o próprio volume que se implanta cria percursos próprios e dinâmicos. O exemplo concreto é a habitação multifamiliar, as suas formas irregulares criam cenografia, a quem percorre a arquitetura. Na escultura também existe o fator tempo, necessário para percorrer e explorar a mesma, o que diferencia é não conter o vazio, espaço para habitar. Faz-se referência também à pintura, onde os artistas para se exprimirem desenvolveram uma quarta dimensão, a simultaneadade das vistas para apreender determinado objeto. Com esta abordagem permite-se dizer que esta proposta através da diversidade de elementos e referências contribui para que o espaço seja valorizado e se interligue com o resto de cidade. A habitação tende a acompanhar o tempo, como a cidade se desenvolve, também o espaço de habitar de cada um é alterável. Como se transforma e que tipo de solução é aceitável, tendo em consideração as referências portuenses? São algumas das razões que serão referidas através de exemplos praticos de análise e apresentadas pela proposta de habitação e intervenção urbana que compõem o conjunto e realidade do território que a envolve. O objetivo proposto neste trabalho é o de descobrir um novo modelo de habitação para as Fontaínhas, que seja atual e versátil, tornando a intervenção colaborante com os habitantes e visitantes da cidade. Pretende-se fazer uma ruptura com os modelos antigos, nomeadamente aspetos que não dignificam este sistema urbano. Os habitantes devem ter a possibilidade de usufruir dos espaços urbanos, não ligar apenas o edificio à rua mas sim integrar o edificio na rua e também na praça interior Para concretizar as ideias inerentes à proposta, fez-se referência a elementos importantes integrantes da habitação existente, com intuito de conduzir a uma reinterpretação morfo-tipológica.application/pdfporclosedAccessMESTRADO INTEGRADO EM ARQUITETURAARQUITETURAARCHITECTUREHABITAÇÃOHOUSINGmasterThesis201364700