Ain, Sandip2011Ain , S 2011 , ' From enforced silence to creative silence : Amitav Ghosh’s ''The Hungry Tide'' ' , Default journal .1646-3730Babilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e TraduçãoNeste ensaio, procuro explorar como Ghosh traça a trajetória do silêncio do subalterno, principalmente através do personagem Fokir, enquanto movimento que ocorre desde o ato de ser silenciado até ao primeiro ato de resistência a esse silêncio, em seguida, até ao ato de se apropriar desse silêncio e, finalmente, até uma derradeira jornada que consiste em tornar esse silêncio seu, transformando- o de tal modo que acaba por caracterizar o seu, o nosso, modo de saber e ser. O silêncio não se opõe, então, à linguagem, mas é algo complementar: acrescenta significado à linguagem. O silêncio funciona aqui enquanto retórica e, como se verá, não é tratado em termo dos binários ocidentais como algo que se opõe ao discurso e que é caracterizado pela ausência. O meu argumento neste ensaio é semelhante ao do escritor Phulboni em The Calcutta Chromosome - o silêncio é caracterizado pela presença e possui vida própria; o silêncio é, aqui, uma força criativa. Em ambos os casos, será uma questão de escolha o facto de se ter em consideração as personagens subalternas ou marginais. Os grupos de subalternos usam frequentemente o silêncio como retórica, uma vez que muitas vezes lhes é negado o privilégio de representação nas narrativas principais. O silêncio seria, muitas vezes, uma ferramenta melhor do que a linguagem, porque a linguagem é o discurso dos poderosos. O silêncio não resistiria à equação do poder, mas também corromperia as mesmas ferramentas responsáveis pela criação da discriminação. Neste ensaio, gostaria de salientar como em The Hungry Tide, de Ghosh, nos deparamos com uma viagem que parte de um silêncio forçado para um silêncio criativo e colaborativo.In this essay, I have attempted to explore how Ghosh traces the trajectory of the silence of the subaltern primarily through the character of Fokir as a movement from the act of being silenced to the act of first resisting that silence, then to the act of appropriating that silence, and eventually to an ultimate journey of making that silence one’s own and transforming it in such a manner that it characterises our way of knowing and being. Silence then is not opposed to language, but is something that is complementary to language: it adds meaning to language. Silence here functions as rhetoric; and we shall see that it is not treated in terms of Western binaries as something that is opposed to speech and is characterised by absence; rather my contention in this essay would be like that of the writer Phulboni in The Calcutta Chromosome— that silence is characterised by presence and has a life of its own; silence here is a creative force. In both the cases, it can be a matter of choice when we take into consideration the subaltern or marginal characters. Subaltern groups frequently use silence as rhetoric, since they are often denied the privilege of representation in mainstream narratives. Silence would often be a better tool than language, because language is the discourse of the powerful. Silence would not only resist the equation of power, but would also disrupt the very tools that have created the discrimination. In this essay, I would like to point out how in Ghosh’s The Hungry Tide we have a journey from enforced silence to creative and collaborative silence.application/pdfengopenAccessLINGUÍSTICACRÍTICA LITERÁRIALITERATURASILÊNCIOLINGUISTICSLITERARY REVIEWLITERATURESILENCEFrom enforced silence to creative silence : Amitav Ghosh’s ''The Hungry Tide''article