Leite, Pedro Pereira2020-02-28Leite, P P 2020, Kulturelle Vielfalt und Kreativwirtschaft Popular Education und Bürgerbeteiligung. in Kulturelle Vielfalt und Kreativwirtschaft Popular Education und Bürgerbeteiligung. Historisches Museum Frankfurt am Main. https://doi.org/10.1515/9783839442869-020978-3-8394-4286-9A relação entre a cultura e a economia tem constituído um campo fértil de discussão na academia e na sociedade. Deixem-me refletir brevemente sobre três factos: O lugar da cultura, o Desenvolvimento Sustentável e a Oportunidade Urbana. A partir destes três pilares desenvolveremos a relação entre o Desenvolvimento Sustentável e a diversidade cultural, sobre os lugares da cultura nas cidades criativas, procurando, neste caso apresentar algumas boas práticas sobre educação patrimonial em cidades. A partir da questão dos direitos humanos vamos refletir sobre a educação popular. Argumentaremos que a função social da museologia, ao invocar a necessidade de desenvolver processos participativos nas comunidades e contribuir para o desenvolvimento dos territórios, produz uma relevante alteração nos processos patrimoniais. Uma alteração em que os objetos dos museus se transformam em patrimónios, os museus se transformam em territórios e os visitantes se tornam numa comunidade. Nessa relação constrói-se uma relevância social subjetiva, em que os diferentes sujeitos vão criando narrativas sobre as suas visões do mundo. Defendemos que a função social da museologia permite que os processos museológicos se adequem às vidas das comunidades e contribuam para o seu Bem-estar, através dos ussos sustentáveis dos recursos disponíveis e da criação de soluções inovadoras para resolução dos seus problemas. A era da globalização tem colocado o desenvolvimento sustentável na agenda pública. A Agenda 2030 das Nações Unidas, os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão assentes em três pilares: economia, sociedade e ambiente. Apesar de muitas organizações culturais se terem empenhado em diferentes fóruns, entre os quais sobressai a Agenda 21 para a Cultura não foi possível incluir de forma explícita a ligação entre a cultura e o desenvolvimento na agenda 2030. Essa situação, se por um lado, parece excluir as organizações culturais do empenho que todos temos que assumir nessa agenda universal, leva, a que por outro lado, as organizações culturais assumam o importante desafio de se afirmarem como cocriadoras do bem-estar e da felicidade comum, bem como se afirmarem como produtoras de soluções de inovação nas comunidades locais. Argumentamos que as organizações culturais constituem os laboratórios de inovação e criatividade que permite consolidar o conceito de dignidade humana como fator chave para atingir de forma duradora e sustentável os objetivos duma humanidade a viver num mundo de justiça e prosperidade. No âmbito das organizações culturais, a educação popular patrimonial constitui um instrumento que se mostra relevante para intervir nos territórios através da participação das comunidades, criando novas narrativas a partir dos seus próprios saberes e tradições.application/pdfdeuopenAccessDIVERSIDADE CULTURALECONOMIA CRIATIVACULTURAEDUCAÇÃO PATRIMONIALCIDADESCRIATIVIDADEKulturelle Vielfalt und Kreativwirtschaft Popular Education und BürgerbeteiligungbookParthttps://doi.org/10.1515/9783839442869-020