Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde

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    (Des)regulação emocional, compromisso com ação valorizada, e ingestão alimentar compulsiva: estudo exploratório das qualidades autocompassivas
    (2022) Francisco, Margarida Raquel Nobre; Carvalho, Sérgio Andrade, orient.
    O presente estudo teve como objetivo explorar a relação entre a dificuldade na regulação emocional, ingestão alimentar compulsiva e compromisso com ação valorizada, e o efeito moderador das qualidades autocompassivas no enfraquecimento destas relações na população geral. A amostra do estudo é constituída por 170 participantes que responderam a um questionário online. Verificou-se correlações entre as variáveis do estudo e os resultados revelaram que a autocompaixão tem um papel moderador na relação entre a desregulação emocional e o compromisso com ação valorizada, mas não modera a relação entre o compromisso com a ação valorizada e a ingestão alimentar compulsiva. Os resultados sugerem que promover exercícios autocompassivos é eficaz em intervenções terapêuticas com sujeitos que apresentem dificuldade na regulação das suas emoções. Palavras-chave: Desregulação emocional, Compromisso com ação valorizada, Ingestão alimentar compulsiva, Autocompaixão, enfraquecimento, papel moderador, população-geral, exploratório
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    Personalidade e comportamento alimentar: um estudo sobre personalidade tipo D e sua relação com as escolhas alimentares e a ingestão alimentar compulsiva
    (2023) Aniceto, Inês Margarida Lúcio; Figueiredo, Isabel, orient.
    Tem sido contínua a investigação sobre o Comportamento Alimentar, continuando a existir uma elevada prevalência das perturbações da alimentação e da ingestão na população portuguesa. Estas perturbações têm um elevado impacto afetando a saúde física e psicológica, bem como a vida social de muitas pessoas. A amostra do presente estudo foi constituída por 285 participantes, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 80 anos. O objetivo foi explorar a associação da Personalidade tipo D, constituída pela inibição social e pela afetividade negativa, com as variáveis de escolha alimentar, e sintomas de ingestão alimentar compulsiva. Exploraram-se as diferenças entre grupos com Personalidade Tipo D e sem Personalidade Tipo D, bem como as diferenças entre grupos com mais e menos ingestão alimentar compulsiva. Os resultados revelaram a existência de associações entre a ingestão compulsiva e o humor; humor e apelo sensorial; humor e ingestão compulsiva; afetividade negativa e humor; afetividade negativa e apelo sensorial; inibição social e apelo sensorial; afetividade negativa e ingestão compulsiva; inibição social e ingestão compulsiva; inibição social e afetividade negativa; e correlações negativas entre a inibição social com o humor, a ingestão compulsiva e o apelo sensorial. O presente estudo demonstrou ainda que os indivíduos com mais sintomas de ingestão alimentar compulsiva apresentam um maior índice de massa corporal, têm mais inibição social, mais afetividade negativa, apresentam mais preocupações com o corpo e fazem mais escolhas alimentares baseadas no humor. Verificou-se igualmente que os indivíduos com Personalidade Tipo D apresentam valores superiores nas preocupações com o corpo e ingestão compulsiva em comparação com os indivíduos sem Personalidade Tipo D. Estes resultados sugerem a existência de uma relação entre o tipo D, as escolhas alimentares e a ingestão alimentar. Palavras-Chave: Personalidade, Ingestão Alimentar Compulsiva, Personalidade Tipo D, Humor, Apelo Sensorial, Saúde, Afetividade Negativa, Inibição Social.
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    O medo e as baratas: validação de estrutura fatorial do Questionário de Medo de Baratas – um estudo em adultos portugueses
    (2023) Lopes, Cheila Andrade Lopes; Rosa, Pedro Joel, orient.
    O Questionário de Medo de Baratas é um questionário de 18 itens, de resposta de 0 a 6 e que avalia o medo das baratas. Foi traduzido da versão italiana e modificado como uma adaptação do Questionário do Medo das Aranhas na sua versão americana. O presente estudo tem como objetivo analisar a validade de construto, a fiabilidade interna e a sensibilidade da versão traduzida e adaptada da escala para o contexto português europeu. O presente estudo é de natureza psicométrica, com uma amostra de 602 participantes de todos os géneros e falantes nativos do português europeu. Os resultados da análise fatorial confirmatória revelaram um melhor ajustamento aos dados pelo modelo unifatorial. Os seus resultados sugerem tratar-se de um instrumento de avaliação válido que poderá ser aplicado em contexto de investigação e/ou na prática clínica, como complemento para o diagnóstico de Fobias Especificas Animais, no caso concreto, a Catsaridafobia. Palavras-chave: Questionário do Medo de Baratas; Análise Fatorial Confirmatória; Fiabilidade; Fobias; Fobia Específica Animal
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    A relação entre o conteúdo da fusão cognitiva e sintomatologia psicopatológica em mulheres com dor crónica
    (2023) Almeida, Daniela Pascoal de; Carvalho, Sérgio Andrade, orient.
    A fusão cognitiva parece estar relacionada com a sintomatologia psicopatológica em mulheres com dor crónica (DC). O presente estudo pretendeu analisar (1) a relação entre o conteúdo da fusão cognitiva e a sintomatologia psicopatológica em mulheres com dor crónica; (2) a diferença entre os níveis de sintomatologia psicopatológica e os dois conteúdos de fusão (focada na dor e não focada na dor). A amostra é composta por 210 mulheres com diagnóstico de DC e com mais de 18 anos. A recolha da amostra realizou-se através dos seguintes questionários: Questionário de Fusão Cognitiva (CFQ), Escala de Inflexibilidade Psicológica na Dor (PIPS), e Escala de Depressão, Ansiedade e Stress-21 (DASS-21). Verificou-se que a depressão esta mais relacionada com a fusão cognitiva geral, do que com a fusão cognitiva focada na dor, tal como o stress e a ansiedade. As hipóteses estabelecidas foram corroboradas, visto que a magnitude de associação entre psicopatologia e a fusão cognitiva foi superior para a fusão cognitiva geral. Palavras-chave: Dor crónica; Fusão cognitiva; Sintomatologia psicopatológica
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    Mentalidade de ranking e ingestão alimentar compulsiva: diferenças de género na vivência e impacto da vergonha na ingestão alimentar compulsiva na população geral adulta
    (2023) Mangerico, Marta Viegas Balugas; Carvalho, Sérgio Andrade, orient.
    Introdução: A Perturbação de Ingestão Alimentar Compulsiva é reconhecida como uma perturbação grave que afeta as pessoas a nível físico e mental. Relativamente a Portugal, há poucos estudos epidemiológicos que nos permitam concluir a percentagem da população adulta com comportamentos de ingestão alimentar compulsiva. Um dos processos psicológicas que parece ser central para a compreensão da ingestão alimentar compulsiva é a (des)regulação emocional, sendo a vergonha uma emoção negativa essencial para a compreensão da mesma. Esta investigação pretende explorar a existência de diferenças de género na experiência e severidade da ingestão alimentar compulsiva, assim como na experiência de vergonha. Pretendemos, ainda, comparar a magnitude de associação da ingestão alimentar compulsiva e vergonha entre homens e mulheres. Metodologia: A amostra é composta por 170 participantes da população geral portuguesa, sendo os critérios de inclusão: idade 18-65 anos, língua materna portuguesa e nacionalidade portuguesa, acesso à internet e disponibilidade para participar, utilizando-se questionários de autorresposta: Escala de Ingestão Alimentar Compulsiva (BES) e a Escala de Vergonha Externa (OAS). Resultados: Os resultados obtidos indicaram a não existência de diferenças estatisticamente significativas entre o género na severidade de comportamentos alimentares compulsivos. Relativamente ao género e aos níveis de vergonha, também não se verificaram diferenças estatisticamente significativas. Contudo, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas nos níveis de vergonha entre as mulheres com versus sem binge eating. Verificou se ainda uma associação estatisticamente significativamente entre os níveis de vergonha e comportamentos alimentares compulsivos nos homens e nas mulheres. Conclusão: Tendo em conta as limitações do presente estudo, torna-se imprescindível que do ponto de vista das implicações para a prática clínica, haver mais estudos e conhecimento acerca do papel do género na severidade de comportamentos alimentares compulsivos. E estudar os processos que contribuem para o aparecimento e desenvolvimento dos comportamentos de ingestão alimentar compulsiva com a finalidade de haver uma melhor prevenção, intervenção tanto em amostras clínicas bem como da população geral. Palavras- Chave: Desregulação Emocional; Perturbação de Ingestão Alimentar Compulsiva; Vergonha
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    Sintomas psicopatológicos, ruminação e autorresposta compassiva em mulheres com fibromialgia
    (2023) Raposo, Nelson José Silva; Carvalho, Sérgio Andrade, orient.
    A Fibromialgia (FB) é uma doença crónica, com um profundo impacto na qualidade da vida dos doentes e o presente estudo pretende explorar o papel da autocompaixão e a sua relação com a sintomatologia psicopatológica e com a ruminação. Esta investigação seguiu um desenho transversal e pretendeu estudar os sintomas psicopatológicos, a ruminação e a autorresposta compassiva em mulheres com fibromialgia, numa amostra de 109 mulheres, com idades compreendidas entre os 22 e os 69 anos de idade (M = 47.07, DP = 10.12). O protocolo de investigação foi constituído pelos questionários Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21), Ruminative Response Scale - Short version (RRS) e Self-Compassion Scale (SCS-SF). Esperava-se que as duas dimensões da ruminação (brooding e reflection) estivessem significativa e positivamente correlacionadas com a sintomatologia psicopatológica (sendo expectável que a magnitude de associação fosse superior para o brooding) e significativa e negativamente correlacionadas com a autorresposta compassiva. Era igualmente expectável que a autorresposta compassiva moderasse a relação entre as duas dimensões da ruminação e a sintomatologia psicopatológica, sendo que se esperava que a moderação fosse significativa para níveis altos, médios e baixos de ruminação. Embora os estudos tenham repetidamente sugerido que a autocompaixão é um fator protetor na dor crónica (DC) e que desempenha um papel promotor da redução da intensidade da relação entre processos psicopatológicos e indicadores mal-adaptativos, é possível interpretar a não moderação da autocompaixão no nosso estudo como resultante da associação forte entre a ruminação e a sintomatologia psicopatológica. Verificou-se que não foram encontrados resultados significativos de moderação, o que significa que os nossos resultados não corroboraram nenhuma das hipóteses teórica e previamente estabelecidas. Palavras-chave: ruminação, fibromialgia, autocompaixão e sintomatologia psicopatológica
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    Utrecht Grief Rumination Scale (UGRS) : contributos para o estudo psicométrico de validação da versão portuguesa
    (2022) Araújo, Liliane Dias; Paulino, Ana Paula Oliveira, orient.
    A ruminação no luto é um processo cognitivo caraterizado por pensamentos recorrentes, repetitivos e focados no self sobre as causas, consequências e emoções relacionadas à perda. Este tipo de ruminação é um fator de risco transdiagnóstico para várias perturbações psicológicas, nomeadamente ansiedade, depressão e luto prolongado. O objetivo deste estudo consistiu em analisar as propriedades psicométricas da versão Portuguesa da Utrecht Grief Rumination Scale (UGRS). A amostra é constituída por 242 participantes adultos enlutados com nacionalidade portuguesa (Midade = 37.68; DP = 12.08) e 81.8% são do sexo feminino. As Análises Fatoriais Confirmatórias demonstraram que o modelo hierárquico de cinco fatores de segunda ordem revelou um melhor ajustamento aos dados. A validade convergente e divergente foi analisada através da Variância Extraída Média, da Variância Média Partilhada e da Variância Máxima Partilhada. A validade de critério concorrente foi investigada através da análise das associações entre ruminação no luto e medidas de stress pós-traumático, luto prolongado, ansiedade e depressão. Através do Ómega de McDonald e do Alfa de Cronbach foi verificada adequada fiabilidade de todas as dimensões da escala. A UGRS revelou propriedades psicométricas aceitáveis destacando-se como um instrumento válido para a prática e investigação em psicologia na área do luto. Palavras-Chave: Ruminação, Luto, Grief Rumination Scale, Propriedades psicométricas, Validação
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    Depressão nas doenças neurodegenerativas : estudo exploratório do impacto de fatores físicos e psicológicos
    (2022) Krieken, Inês Faria Paulo Van; Motta, Carolina Dall'Antonia da, orient.
    As doenças neurodegenerativas são condições que afetam milhares de pessoas no mundo, sendo que podem condicionar não só a capacidade do indivíduo de realizar tarefas do dia-a-dia, como ter um grande impacto ao nível da saúde mental, nomeadamente no desenvolvimento de sintomatologia depressiva. Este estudo pretende estudar se a incapacidade geral, fadiga, dor, vergonha interna e externa e autocompaixão são preditores da Depressão nos indivíduos portadores de doenças neurodegenerativas. Na amostra clínica (n=93), observou-se que a incapacidade, a fadiga, a vergonha e a autocompaixão são preditores da sintomatologia depressiva, sendo a incapacidade e a vergonha os principais preditores significativos. Através de um maior conhecimento sobre os processos associados à sintomatologia depressiva nestes doentes, é possível implementar medidas ao nível da intervenção mais adequados para mitigar o impacto que estas doenças e sintomas associados acarretam nesta população utilizando, por exemplo, estratégias que reforcem sentimentos de autocompaixão e diminuam a vergonha que possa resultar das dificuldades e sentimentos de incapacidade experimentados por estes doentes. Palavras-Chave: Depressão; Doenças Neurodegenerativas; Dor; Fadiga; Incapacidade Geral; Vergonha; Autocompaixão.
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    Compromisso com ação valorizada em pessoas com e sem doença crónica da população geral : o papel da sintomatologia psicopatológica e da flexibilidade psicológica
    (2023) Guerreiro, Ana Catarina Alves; Carvalho, Sérgio Andrade, orient.
    A investigação tem demostrado que a sintomatologia psicopatológica afeta uma parte significativa da população, principalmente da população que possui doença crónica. A literatura sugere que a flexibilidade psicológica está associada a bons indicadores de saúde mental. Contudo, é necessária mais investigação para melhor compreender os processos subjacentes ao modelo da FP na compreensão da psicopatologia e qualidade de vida, principalmente a ação comprometida. O presente estudo teve com objetivo perceber se o nível de compromisso com ação valorizada difere entre as amostras (população da população geral e população com doença crónica), perceber se existem diferenças relativamente à sintomatologia psicopatológica e FP nas diferentes populações e se nestas populações existem associações quanto à sintomatologia psicopatológica e flexibilidade psicológica. Este estudo é constituído por uma amostra de 94 pessoas, com idades compreendidas entre os 20 e os 65 anos de idade. Destes, 31 apresentavam condições crónicas e 63 eram indivíduos sem condições crónicas de saúde. A amostra foi recolhida a priori no contexto de um estudo mais amplo. Foram utilizados como instrumentos de avaliação: Escala de Depressão, Ansiedade e Stress, Questionário de Ação Comprometida e Avaliação abrangente dos processos de Terapia de Aceitação e Compromisso- Escala de Avaliação Compreensiva dos Processos da Terapia da Aceitação e Compromisso (CompACT). Os resultados obtidos demostraram não existir diferenças estatisticamente significativas entre as amostras com e sem doença crónica relativamente à sintomatologia psicopatológica, compromisso com ação valorizada e flexibilidade psicológica. Contudo, verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre a flexibilidade psicológica (consciência comportamental e abertura à experiência) e sintomatologia psicopatológica (ansiedade e stress) na amostra com doença crónica.
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    Análise estrutural da versão portuguesa do questionário de catsaridafobia (medo de baratas) : um estudo com uma amostra comunitária adulta
    (2022) Machado, Jéssica Araújo; Rosa, Pedro Joel, orient.
    Estima-se que cerca 5% a 8% da população sofra de uma perturbação psiquiátrica e, dentro das perturbações de ansiedade, a fobia específica é a perturbação mais comum na população geral. Esta caracteriza-se por um medo irracional, excessivo e sem fundamento acerca de um estímulo fóbico que provoca um mal-estar que persiste para lá do período desenvolvimental adequado. Atualmente, estudos sobre a fobia a baratas são ainda escassos, no entanto as baratas constituem uma ameaça, pois podem constituir uma fonte de transmissão de doenças e contaminação. O presente estudo teve como objetivo adaptar e validar avaliar a versão Portuguesa do Questionário de Medo de Baratas (Catsaridafobia) numa amostra comunitária (n=379) de adultos (M=39.60; DP=12.11) e examinar as suas propriedades psicométricas. Os resultados apontaram para uma estrutura unidimensional constituída por 17 itens que explicam 72.8% da variância total. Indicaram também uma consistência interna excelente e fiabilidade (α = .97 e ωt = .98). Quanto às validades convergente e divergente, estas foram calculadas através do coeficiente de correlação de Pearson, verificando-se a sua presença. Concluiu-se que o QMB é um instrumento válido e fiável, relevante na área da fobia específica, podendo ser usado para fins de investigação e no contexto de prática clínica.
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    Estudo exploratório sobre o impacto das doenças neurodegenerativas e da depressão na qualidade de vida
    (2022) Pinto, Jéssica Ribeiro; Motta, Carolina Dall'Antonia da, orient.
    As doenças neurodegenerativas (DN) têm afetado um crescente número de indivíduos a nível mundial, acarretando comprometimentos e limitações significativas na vida destes indivíduos. O impacto negativo e a elevada comorbilidade destas doenças crónicas com a depressão salientam a pertinência do estudo do impacto destas variáveis na qualidade de vida (QV) dos doentes. Este trabalho teve como objetivo testar um modelo preditivo do impacto de potenciais preditores, tais como a dor neuropática, a fadiga, a incapacidade, e da depressão na QV em pessoas com DN. Este estudo transversal exploratório foi realizado em amostras da população geral (n = 198) e da população clínica (n = 93), sem doenças neurológicas. Foram administrados diversos instrumentos de autorresposta: escalas analógicas da fadiga e da dor, o Depression, Anxiety and Stress Scale-21, o World Health Organization Disability Assessment Schedule-12 e o World Health Organization Quality of Life-Bref. O modelo preditivo testado no grupo clínico explicou 49.2% da variância da QV, retendo como preditor significativo a sintomatologia depressiva. O presente estudo presta um contributo relevante para a prática clínica e investigação, contribuindo para aprofundar e suprimir a escassez de conhecimento científico sobre os fatores de risco na qualidade de vida em pessoas com DN.
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    O que vulnerabiliza os enlutados a mais sofrimento? Variáveis associadas a maior intensidade de luto dentro do contexto pandémico
    (2022) Pennetta, Giovanna Alonso; Pascoal, Patrícia, orient.
    Introdução: O coronavírus é uma doença infeciosa que deixou dezenas de milhões de mortos em todo mundo, e que trouxe consequências a nível social, económico, emocional e psicológico. Para conter o avanço do vírus, vários países adotaram medidas restritivas que impactaram a maneira como as pessoas vivenciam seu processo de luto. O presente estudo ancora-se no Modelo de Processamento Dual, e tem como objetivo identificar quais fatores de risco estão associados a maior intensidade de resposta ao luto. Método: A pesquisa é um estudo quantitativo transversal. A amostra contém 163 participantes (87.10% mulher e 12.90% homem) que perderam alguém próximo durante o período pandémico. Recolheu-seinformações sociodemográficas e relacionadas a perda e aplicou-se a PG-4. Fez-se umaregressão linear hierárquica múltipla para determinar os fatores associados a intensidade de resposta ao luto. Resultados: Resposta de luto mais intensas estavam associadas a menor apoiosocial, alteração da situação financeira para pior, maior impacto psicológico das restrições em comunicar com o familiar e o falecido ter recebido cuidados em fim de vida no hospital. Conclusão: Há fatores que podem ser vistos com estressores orientados a perda e a restauraçãoe aspetos do contexto pandémico que podem sobrecarregar o indivíduo.
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    Perceção do impacto dos meios de comunicação e informação digitais na sexualidade : estudo exploratório misto
    (2023) Rodrigues, Joana Mestre; Pascoal, Patrícia, orient.
    Os Meios de Comunicação e Informação Digitais (MCID) são utilizados diariamente para múltiplos fins, inclusive para efeitos de acesso a informação institucional e para intervenções na área da saúde (e-health) como recomendado pela American Psychological Association (APA). Uma das áreas de maior preocupação entre os profissionais de saúde e de educação é a utilização do MCID no contexto da sexualidade e o impacto que esta utilização pode ter na saúde sexual ao longo do percurso de vida. O presente estudo tem dois objetivos principais, como o descrever as frequências de utilização dos MCID para efeitos ligados à sexualidade, como também o explorar, recorrendo a uma metodologia qualitativa, a perceção que as pessoas têm sobre o impacto dos MCID na sexualidade, junto a uma amostra recolhida online de 167 participantes entre os 19 e os 75 anos que responderam à seguinte questão de investigação: "Qual o impacto dos MCID na sexualidade?”. Analisaram-se as respostas seguindo os pressupostos da análise temática reflexiva de Braun & Clarke. Identificaram-se 3 temas: “Sim, é sexo e depois?”, “Agora estou mais vulnerável!” e “Expansão sexual”. Os temas identificados remetem para aspetos individuais, interpessoais e sociais. Este conhecimento permite perceber que os MCID constituem um recurso indiscutível da área da saúde sexual, na linha do que acontece com outras dimensões da saúde, mas que viabiliza a exposição a contextos de agressão com impacto nefasto na saúde mental, especialmente de jovens. Os profissionais de Psicologia Clínica e da Saúde estão numa posição privilegiada para recorrer aos MCID para promover a saúde sexual, mas também para minimizar o impacto negativo que estes podem ter na saúde.
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    Dimensionalidade da versão portuguesa da escala de adição ao smartphone (SAS-PT) : um estudo psicométrico com análise de rede
    (2022) Assunção, João Pedro; Rosa, Pedro Joel, orient.
    O SAS-PT (escala de adição ao smartphone) é um instrumento de autoavaliação da adição aos smartphones em adultos. O presente estudo teve como objetivo examinar a dimensionalidade do SAS-PT, com recurso a análise exploratória de rede. Para este estudo, foi recolhida uma amostra não probabilística com recolha online, do tipo snowball, via Qualtrics. A amostra contém 450 participantes; 149 homens (33,1%) e 301 mulheres (66,8%), com idades compreendidas entre os 18 e 79 anos (M=33,07; DP=13,21), todos falantes de português europeu. Os resultados mostram que a EGA (e a EGA com reamostragem) pode ser uma ferramenta eficaz para avaliar e ajustar a integridade dimensional de um instrumento, servindo para identificar itens que impedem que as dimensões sejam estruturalmente consistentes. A análise da curtose e da assimetria revelou que a escala é sensível aos vários níveis medidos. Usando EGA, foi identificada uma estrutura de cinco dimensões: (1) perturbação da vida do dia a dia, (2) antecipação positiva, (3) abstinência, (4) relação orientada para o ciberespaço e (5) uso excessivo; cada uma dessas é composta por vários itens. Relativamente aos network loadings, os resultados mostram que todos os nós apresentam valores superiores a 0.15, excetuando os itens 33 e 27 (no entanto, próximo de 0.15), o que se apresenta em consonância com os critérios definidos por Christensen & Golino (2021), demonstrando assim, que a força do nó entre e dentro de cada dimensão é adequada. O presente instrumento poderá ser um complemento terapêutico, pois permite avaliar mais facetas da adição ao smartphone em comparação com outras escalas existentes, o que pode ajudar o profissional de saúde.
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    O impacto dos preditores físicos e psicológicos da ansiedade nas doenças neurodegenerativas : um modelo preditivo exploratório
    (2022) Marquês, João Pedro Ribeiro Marques; Motta, Carolina Dall'Antonia da, orient.
    As Doenças Neurodegenerativas (DN) são doenças crónicas que envolvem sintomatologia física e psicológica, como a ansiedade. A ansiedade pode ser desencadeada pela sintomatologia associada às DN como a dor neuropática, fadiga e incapacidade e processos psicológicos como a fusão cognitiva, evitamento experiencial e vida comprometida conforme o modelo conceptual da ACT (Acceptance and Commitment Therapy). Este estudo de carácter exploratório transversal, pretendeu explorar o impacto de potenciais preditores da ansiedade sendo estes sintomas físicos e processos psicológicos numa amostra de doentes com DN, através de um modelo de regressão linear múltipla (RLM). Foi administrado um protocolo de questionários de autorresposta a duas amostras independentes: 93 doentes com o diagnóstico de DN e 198 indivíduos da população geral sem DN, sem outras doenças neurológicas associadas. Observou-se, no grupo clínico resultados significativamente mais elevados nas pontuações dos sintomas físicos, evitamento experiencial, vida comprometida e sintomatologia ansiosa comparativamente ao grupo não clínico. No modelo da RLM, a fusão cognitiva, dor neuropática, incapacidade e vida comprometida demonstraram ser preditores explicativos de 46% de variância da ansiedade nas pessoas com DN, o que se reveste de elevada pertinência para a investigação e intervenção junto destes doentes.
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    Empatia e compaixão como mecanismo associado à redução da transfobia na população geral portuguesa adulta
    (2022) Lima, Matheus Gomes de; Carvalho, Sérgio Andrade, orient.
    As experiências de vida de pessoas trans estão associadas a elevadas experiências de discriminação, rejeição social e preconceito. Do ponto de vista psicológico, pessoas trans, por serem pertencentes a um grupo minoritário, possuem um risco acrescido no surgimento de psicopatologias e de vivenciar sofrimento psicológico. O objetivo principal deste estudo foi analisar o contributo relativo da empatia e da compaixão pelas outras pessoas na transfobia, controlando o afeto positivo e negativo, no intuito de perceber qual se encontra mais fortemente associada a menores níveis de transfobia. A amostra é composta por N = 271 participantes da população geral. Os instrumentos foram aplicados no intuito de avaliar a transfobia através da aceitação e conforto com o espetro de género e tolerância social, assim como, as dimensões da empatia e a compaixão pelas outras pessoas. As análises dos modelos de regressão não encontraram significância estatística, no entanto foi encontrada uma tendência para a compaixão pelas outras pessoas como um melhor preditor para a tolerância social. A análise das correlações revelou uma associação com a compaixão pelas outras pessoas com ambas as escalas de transfobia. Os testes de diferenças encontraram maiores níveis de transfobia em pessoas que nunca tiveram contacto com pessoas trans, heterossexuais e religiosos. Estes resultados indicam uma maior afinidade da compaixão pelas outras pessoas com a menor transfobia, no sentido que futuras investigações poderão retirar um maior contributo da análise desta variável.
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    Validação da versão portuguesa da “the integration of stressful life experiences scale” (ISLES) numa amostra de indivíduos enlutados
    (2022) Henriques, Mariana Marques; Rosa, Pedro Joel, orient.
    Este estudo teve como principal objetivo validar a Integration of Stressful Life Experiences Scale (ISLES) para a população portuguesa, numa amostra de indivíduos enlutados. A ISLES avalia o grau em que um indivíduo que vivenciou uma experiência stressante consegue integrá-la na sua autonarrativa. Examinou-se a validade e a fiabilidade da mesma, através de uma amostra de 242 adultos portugueses. Foi realizada uma análise fatorial confirmatória e para avaliar a consistência interna e a homogeneidade da escala foram analisados o ómega de McDonald, o alfa de Cronbach e as correlações médias entre itens. Os resultados apoiaram uma estrutura fatorial de dois fatores e foi possível observar um bom ajustamento local e global do modelo. Foram reunidas evidências a favor da validade convergente e da fiabilidade da escala. Este estudo contribui para oferecer algum suporte psicométrico inicial para a ISLES – versão portuguesa, tornando-se essencial introduzir este tipo de instrumentos de avaliação em contexto português, de forma a aumentar a relevância atribuída ao meaning making, dentro da comunidade e dentro dos contextos clínico e de investigação.
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    O que são bons pais e boas mães? Perceções sobre atributos das figuras materna e paterna
    (2022) Sobrinho, Renato Lima Ferreira; Beato, Ana, orient.
    As mudanças na estrutura social e familiar desafiam cada vez mais pais e mães no desempenho das suas funções parentais. Uma das principais consequências prende-se com as elevadas exigências colocadas aos pais que podem ter impacto no seu bem estar e autoeficácia, e até na existência de algum criticismo relacionado com a forma como os pais desempenham esta “função”. Por sua vez, assiste-se ainda a uma desigualdade nas exigências e funções exercidas pelos progenitores do género feminino e masculino, com as mães tendencialmente mais afetadas por estas pressões sociais, associadas ao ser-se “boa mãe” e a receios de que não cumpram nem este papel. O presente estudo tem como objetivo explorar as perceções que pais e mães têm sobre o que para eles representa ser-se “bons” e “maus” pais e mães, separadamente, e verificar se existem diferenças nos atributos dos progenitores em função do seu género. Participaram no estudo 160 pais e mães, dos 18 aos 73 anos. A recolha foi feita através de questionário aplicado online, constituído por perguntas de resposta aberta, tendo-se realizado uma análise de conteúdo das respostas submetidas. Os resultados mais significativos encontrados para perceções sobre o que é uma boa mãe foi a categoria Suporte Emocional, sobre o que é uma má mãe a categoria mais referida foi Práticas Parentais Negativas. Para perceções sobre o que é um bom pai a categoria mais referida foi igualmente Suporte Emocional e para categoria sobre o que é um mau pai a mais referida foi Desinvestimento. Os resultados relativos às perceções sobre as mães aproximam-se do conceito de maternidade intensiva, enquanto as perceções sobre os atributos da figura paterna revelam uma evolução nas competências parentais com destaque para o suporte emocional. A mais-valia deste estudo é a de contribuir com novos conhecimentos e ferramentas relativos à parentalidade para serem utilizados em contexto terapêutico.
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    Estudo transversal da relação entre memórias de experiências precoces de calor e afeto, perceção de compaixão dos outros, e perceção de validação e criticismo durante episódios de dor em mulheres com dor crónica
    (2022) de Sousa, Solange Maria Lourenço Gomes; Carvalho, Sérgio Andrade, orient.
    Enquadramento Conceptual: A literatura existente sugere o efeito protetor da autocompaixao na saúde física e mental, mas são poucos os estudos que têm explorado de que forma a capacidade de receber compaixão pelos outros pode contribuir para o desenvolvimento e/ou manutenção de saúde física e mental, nomeadamente na dor crónica. Investigação existente demonstra que a qualidade do suporte social que um individuo recebe, a disponibilidade da família e amigos, e a adequação do suporte emocional recebido em contextos de saúde, afetam significativamente a qualidade de vida da pessoa com dor crónica. A presente investigação pretende estudar a relação entre memórias de experiências precoces de calor e segurança, perceção de compaixão pelos outros, e perceção de validação e criticismo dos outros durante episódios agudos de dor em mulheres com dor cronica. Metodologia: Amostra constituída por mulheres com diagnóstico prévio de dor crónica músculo esquelética (N=172). Os dados foram recolhidos através de uma bateria de questionários de autorresposta: Early Memories of Warmth and Safeness Scale (EMWSS), Compassionate Attributes and Action Scale (CAAS) e Perceived Validation and Criticism in Pain Questionnaire (PVCPQ). Resultados: As mulheres com dor crónica que reportam mais experiências precoces de calor e segurança têm uma maior perceção dos outros como compassivos. Os resultados indicam, ainda, que mulheres com dor cronica que reportam mais experiências precoces de calor e segurança têm uma maior perceção de validação dos outros durante episódios de dor, e uma menor perceção de criticismo dos outros durante episódios de dor. E por último, as participantes que reportaram maior perceção de receber compaixão pelos outros apresentam uma maior perceção de validação da dor pelo outro, e uma menor perceção de criticismo da dor pelo outro. Conclusão: Apesar de algumas limitações metodológicas devidamente discutidas, este estudo tem implicações clínicas assinaláveis. Nomeadamente, os resultados ao sugerirem uma associação significativa e negativa entre memorias de calor e afeto, perceção de compaixão pelos outros e validação e criticismo, sugerem uma potencial influência de experiências precoces na perceção da qualidade das relações em mulheres com dor cronica. Porque, através do Compassionate Mind Training podem treinar a sua capacidade de receber compaixão dos outros, através da ativação do sistema de afiliação, calor e afeto. Que promove o bem-estar psicológico e reduz o distress emocional nestes pacientes.
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    Relação entre a perceção de limitação nas cerimónias fúnebres e a intensidade das respostas do luto : o papel moderador das formas alternativas de homenagem
    (2023) Manquinho, Susana Isabel Alves Nunes; Salvador, Ágata, orient.
    Os rituais e cerimónias fúnebres permitem a manutenção do vínculo com a pessoa falecida. Perante a pandemia SARS-CoV-2 e as restrições associadas, os enlutados viram-se na impossibilidade de conseguirem realizar estes rituais. O presente estudo teve como objetivo explorar o papel moderador das formas alternativas de homenagem (realizar homenagem nas redes sociais, acender velas em memória da pessoa falecida, usar objetos da pessoa falecida) na relação entre a perceção de limitação nas cerimónias fúnebres (perceção de limitação em realizar cerimónia de corpo presente, e perceção de limitação em concretizar as vontades expressas pela pessoa falecida em relação às cerimónias fúnebres) e a intensidade das respostas do luto. A amostra foi composta por 227 participantes, com idades compreendidas entre os 18-77 anos, que perderam uma pessoa próxima durante o período pandémico. Os resultados obtidos mostraram que o uso de objetos da pessoa falecida, modera na relação entre a perceção de limitação em realizar cerimónia de corpo presente e a intensidade das respostas do luto. E ainda a existência do papel moderador realizar homenagem nas redes sociais e de acender velas em memória da pessoa falecida, na relação entre a perceção de limitação em concretizar as vontades expressas pelo falecido, em relação às cerimónias fúnebres e a intensidade das respostas do luto. Conclui-se que, maiores níveis de perceção de limitação nas cerimónias fúnebres estão associados a maior intensidade das respostas do luto. Destaca-se, no entanto, a importância da flexibilidade psicológica, nomeadamente no âmbito das formas alternativas de homenagem, como forma de atenuar o impacto da perceção de limitação nas cerimónias fúnebres na intensidade das respostas do luto.