Percorrer por autor "Pessoa, Henrique Ferreira"
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Item Força dos membros inferiores avaliada por dinamometria isocinética e sua associação à composição corporal em adolescentes com obesidade(2014) Pessoa, Henrique Ferreira; Martins, Sandra, orient.Introdução. A obesidade pediátrica está associada a problemas graves de saúde e tem vindo a revelar-se a epidemia do século XXI, sendo considerada uma doença multifactorial. No que diz especificamente respeito ao peak torque, a razão entre agonista/antagonista fornece informações significativas sobre o equilíbrio muscular, desempenhando um papel importante na deteção das alterações músculo-esqueléticas, na definição de medidas preventivas e na implementação de programas de treino específicos. Os exercícios isocinéticos fornecem valores fidedignos sobre o peak torque produzido e, consequentemente, sobre a força entre flexores e extensores. Durante a extensão do joelho em exercícios isocinéticos os adolescentes com obesidade demonstraram ter mais peak torque nos quadricípedes do que os adolescentes normoponderais. Objetivo. Analisar a capacidade de produção de peak torque dos membros inferiores por dinamometria isocinética em adolescentes com obesidade. Método. Numa primeira fase, foi elaborada uma revisão sistemática da literatura utilizando como motores de pesquisa a Pubmed e o Sportdiscus de forma a analisar os índices de fadiga, força e desequilíbrios musculares nos membros inferiores respeitando os critérios de inclusão e exclusão. Posteriormente foi realizado um estudo transversal em que participaram 58 adolescentes obesos caucasianos (38 raparigas e 20 rapazes), com idades compreendidas entre os doze anos e os dezassete anos (16,10±1,33 anos), participantes no programa TOP (Tratamento da Obesidade Pediátrica). A composição corporal foi avaliada por densitometria radiológica de dupla energia (Hologic-QDR 4500, Hologic, Inc., Bedford, MA, USA, modo pencil beam, versão de software 12.5). A aptidão muscular foi avaliada por dinamometria isocinética (Biodex System 3 - Biodex Corp., Shirley, USA), a 60º/s e 180/s para determinar o peak torque dos membros inferiores. Para se realizar a comparação entre géneros e condições do IMC, utilizou-se o teste T para amostras independentes e a análise das associações entre o IMC e as variáveis da aptidão muscular foi realizada através da correlação bivariada de Pearson e correlação parcial, com controlo da idade, género e IMC, uma vez que todas as variáveis tinham uma distribuição normal. Resultados. Na revisão sistemática de literatura foram encontrados apenas 6 estudos observacionais/transversais, dos quais quatro se concentram na análise do peak torque e fadiga muscular dos membros inferiores em adolescentes obesos, um avalia a fadiga muscular em adolescentes normoponderais e um último artigo analisa o equilíbrio muscular (agonista/antagonista) em jovens atletas de desportos de combate.No estudo transversal verificou-se que os rapazes são mais propícios a lesões no joelho pois apresentam um maior rácio agonista/antagonista. O peak torque na flexão do joelho é decisiva para determinar o rácio agonista/antagonista e diminui à medida que a massa e a percentagem de gordura aumentam nos membros inferiores. Conclusão. Os rapazes atingem valores de peak torque mais elevados do que as raparigas. Quanto maior a percentagem de gordura total e gordura nos membros inferiores, menor será o peak torque na flexão do joelho. Quanto maior a percentagem de gordura total e gordura nos membros inferiores, menor será o rácio agonista/antagonista. Quanto maior for o peak torque na flexão do joelho, maior será o rácio agonista/antagonista. Uma vez que o tema em análise tem sido pouco explorado e a escassa literatura de apoio por vezes data de há mais de 5 anos, é fundamental a realização de mais estudos para orientar da melhor forma, detetar e esclarecer a existência de desequilíbrio muscular, os tipos de lesões e o tipo de trabalho a realizar para contrariar futuros desequilíbrios musculares em adolescentes com obesidade.