Doutoramento em Educação Física e Desporto
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Percorrer Doutoramento em Educação Física e Desporto por autor "Figueiredo, Paulo Filipe Pereira do Nascimento de"
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Item Variabilidade da frequência cardíaca, carga de treino e caracterização psicofisiológica no ténis: estudo de caso(2023) Figueiredo, Paulo Filipe Pereira do Nascimento de; Madeira, Raquel Maria Santos Barreto Sajara, orient.A monitorização dos atletas é um dos aspetos críticos na otimização e individualização do processo de treino e recuperação. A monitorização da frequência cardíaca (FC), variabilidade da frequência cardíaca (VFC), perceção do esforço (RPE) e questionário de stress e recuperação para atletas (RestQ-Sport) através de dados não invasivos, fornece contributos importantes para este processo. A dissertação tem como objetivo investigar atletas de elite de Ténis em contexto de treino e de competição através de 3 estudos. No estudo 1, o objetivo foi monitorizar o período de preparação de dois atletas de elite de Ténis durante 4 (atleta A, masculino, 28 anos) e 3 (atleta B, feminino, 21 anos) microciclos de treino (M), através de variáveis fisiológicas (FC e VFC), psicológicas (RestQ-Sport e RPE) e caracterização do treino, carga de treino (CT) e volume de treino (VT). A análise da VFC, através das médias semanais, foi feita utilizando a variação mínima útil (SWC) e o erro padrão de forma a estabelecer uma zona de variação trivial. Os principais resultados foram: Para o atleta A as maiores variações foram encontradas de M2 para M3, no logaritmo natural da raiz quadrada da média da soma dos quadrados das diferenças entre intervalos R-R adjacentes (Ln rMSSD), - 4,05% do SWC; na frequência cardíaca em repouso (FCrep), +0,68%; no índice do sistema nervoso parassimpático (PNSIndex), -14,4% e índice do sistema nervoso simpático (SNSIndex), -12,8%. Para o atleta B, foi de M1 para M2 que se verificaram as maiores variações, Ln rMSSD, +14,4%; FCrep, -14,8%; PNSIndex, 373,8% e SNSIndex, 300%. Foram investigadas as associações entre a carga de treino (CT) e volume de treino (VT) e RPE, FCrep, Ln rMSSD e o intervalo de tempo entre batimentos consecutivos (R-R). Para o atleta A, a RPE correlacionou-se com o VT (r = 0,692, p < 0,01), FCrep r = 0,546; p < 0,01 e R-R r = -0,999, p < 0,01; a FCrep com VT, r = 0,546; p < 0,01 e com R-R, r = -0,999, p < 0,01. Para a atleta B a RPE correlacionou-se com o VT, r = 0,811, p < 0,01; para Ln rMSSD e R-R, r = 0,829, p < 0,01; para FCrep e Ln rMSSD, r = -0,848, p < 0,01; Para Fcrep e R-R, r = -0,994, p < 0,01. Para as respostas ao RestQ-Sport, foram encontradas diferenças no atleta A, no índice de recuperação de M0 para M3 e de M0 para M4 (p < 0,01 e p < 0,03), e para a atleta B, de M0 para M1 (p < 0,01). Para o índice de stress, no atleta A de M0 para M3 e de M0 para M4 (p < 0,02) e para a atleta B de M0 para M1, M2 e M3 (p < 0,01). No estudo 2, o objetivo foi interpretar as diferenças em Ln rMSSD e FCrep nos resultados de cada atleta e averiguar se existem diferenças na recolha de dados através da utilização de dias isolados ou médias semanais. Foi calculado o rácio entre Ln rMSSD e R-R para averiguar as diferenças entre os dois atletas. O atleta A apresentou um padrão condizente com uma situação de saturação parassimpática (ligeira diminuição de Ln rMSSD, diminuição da FCrep e diminuição de Ln rMSSD:R-R). A atleta B um padrão considerado clássico (diminuição de Ln rMSSD e aumento da FCrep e vice-versa). A utilização de dias isolados (segunda-feira, quinta-feira e sábado) para recolha de dados de VFC pode originar resultados absolutos e tendências díspares comparativamente à utilização de médias semanais. No estudo 3, o objetivo foi monitorizar um atleta de elite de Ténis durante o Campeonato Nacional Absoluto de Ténis, através da caracterização dos encontros (variáveis fisiológicas, psicológicas e observacionais) e avaliações matinais em repouso. Foram encontradas diferenças entre os 4 encontros nas variáveis das características dos jogos e FC, e entre os jogos de serviço e jogos de resposta nas variáveis características do jogo e FC exceto para o jogo 3. Foram encontradas correlações estatisticamente significativas entre as variáveis duração dos pontos e o tempo de recuperação entre pontos para os encontros 2, (r = 0,349, p < 0,01), encontro 3, (r = 0,230, p < 0,03) e encontro 4 r (106) = 0,241, p < 0,01. Encontramos uma correlação para a associação entre a duração dos encontros e o tempo de jogo efetivo (r = -0,930, p < 0,05); entre a duração dos encontros e a RPE (r = 0,916, p < 0,05), e para a associação entre a RPE e o tempo de jogo efetivo (r = -0,977, p < 0,05). Encontrámos diferenças na FC antes do início do encontro 4 (jogo da final) e os outros encontros anteriores. Nos períodos de recuperação sentado do encontro 4 verificou-se uma diminuição do SNSIndex nos dois últimos períodos ao contrário da FC que continuou a aumentar ligeiramente. Palavras-chave: Ténis, variabilidade da frequência cardíaca, perceção do esforço, carga de treino, recuperação