Babilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução nº 13 (2013)
URI permanente para esta coleção:
Navegar
Percorrer Babilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução nº 13 (2013) por autor "Faneca, Rosa Maria"
A mostrar 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Representações linguísticas de lusofonodescendentes e o papel do Português Língua de Herança (PLH)(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Faneca, Rosa Maria; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoVários estudos de investigação abordam as variedades do português falado nos diferentes continentes, quer na área da Linguística quer na das Ciências da Educação, embora se constate que a investigação pouco tem feito com o português das Comunidades, o chamado Português Língua de Herança (PLH), nomeadamente, no que toca a “variedades mistas” e a questões linguísticas relativas à própria diversidade intralinguística. Escrever sobre aspetos da cultura e língua dos luso(fono)descendentes não é das tarefas mais fáceis uma vez que, tendo-se passado já três gerações desde o início da emigração para a Europa, são poucos os que ainda mantêm o “falar português” e, mesmo que o mantenham, há uma grande gama de dados culturais que se interpenetram e que mereceriam (re)interpretação. Contudo, e apesar do processo irreversível de miscigenação cultural em que entraram os luso(fono)descendentes, interessaram- nos alguns aspetos linguísticos de comunidades bilingues franco- portuguesas de França. Nesta heterogeneidade, rica em matizes linguísticos, destacamos a cultura e a língua dos portugueses que levaram nas suas bagagens todas as suas esperanças e muitos séculos de experiência. Em princípio, por causa da língua, a 1ª geração isolou-se em núcleos fechados. No entanto, a necessidade de nomear coisas estranhas à sua vivência estrangeira - ambiente físico, métodos e instrumentos de trabalho, entre outros - e, por haver no seu léxico de origem uma lacuna para tais ocorrências, viram-se obrigados a recorrer a empréstimos franceses de natureza linguística e, também, a adotar hábitos, costumes,... Com isto, estabeleceram, ao longo de décadas, o contacto e a consequente interferência entre as duas línguas e culturas. A reflexão sobre esse “falar híbrido” permite consciencializar-nos da existência desta realidade, auxiliando no processo de compreensão da natureza do PLH, da sua história e do seu meio ambiente.