Percorrer por autor "Baptista, Jean"
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Item Entre o arco e o cesto: notas Queer sobre indígenas heterocentrados nos museus e na Museologia(Lusofona University, 2021) Baptista, Jean; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste texto se dedica a apresentar quatro notas retiradas de meus cadernos de campo e de pesquisa sobre a relação entre museus, Museologia e sexualidades indígenas dissidentes da matriz heterossexual ocidental. Procura, sobretudo, promover uma relação teórica entre Museologia LGBT e Museologia Indígena, bem como outras formas de se pensar museus relacionadas aos povos originários a partir do aporte da Sociomuseologia. A primeira nota versa sobre o anti-objeto dos indígenas heterocentrados, ou seja, o modo de entender os povos originários sem dissidências sexuais da matriz heterossexual ocidental; a segunda apresenta os aportes históricos sobre a invenção das dissidências sexuais indígenas, discorrendo a partir de registros coloniais sobre as rupturas impostas às sociedades indígenas no que diz respeito à colonização de suas sexualidades; a terceira apresenta a base sólida do campo teórico da Sociomuseolgia onde seria possível pensar uma Museologia Indígena a partir de sua intersecção com a Museologia LGBT; por fim, analisa algumas das principais experiências de outings indígenas realizadas no peruano Museu Travesti, nos estadunidenses GLBT Historical Society e Field Museum e na sede do grupo paraguaio SOMOSGay. Paralelamente, problematizo a potência e os caminhos possíveis de uma Museologia LGBT interseccionada com uma Museologia Indígena. Tal relação se justifica pela necessidade de se superar as violentas heranças coloniais que o processo de invenção das dissidências sexuais indígenas legou aos dias atuais.Item Museologia e Comunidades LGBT: mapeamento de ações de superação das fobias à diversidade em museus e iniciativas comunitárias do globo(Lusofona University, 2017) Baptista, Jean; Noita, Tony; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO presente artigo é etapa do projeto Memória LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans), responsável pelo mapeamento e análise das principais ações existentes em museus e iniciativas comunitárias da Europa, Américas, África, Ásia e Oceania. Por meio de visitas técnicas, entrevistas não-diretivas (presenciais ou virtuais), publicações da Revista Memória LGBT, pesquisas bibliográficas e consultas a sites oficiais, o mapeamento se propõe a indicar limites e possibilidades que se apresentam ao campo museológico mediante a inclusão de uma minoria presente em todos os continentes. Esta invisibilidade museal, favorece o esquecimento e consequentemente fortalece as fobias à orientaçãosexual e identidade de gênero. Ao analisar as técnicas de preservação, o conteúdo expositivo de cada proposta mapeada, bem como sua ausência em amplos territórios, procura-se indicar estratégias encontradas na construção de uma memória LGBT global. Problematiza-se, com isso, a democratização da memória e conteúdos manifestos em museus, iniciativas comunitárias ou políticas museais interessadas na conquista de direitos civis e na superação de fobias à diversidade sexual/afetiva.Item O Museu de Cultura Periférica e suas articulações : perspectivas de uma intelectual orgânica sobre a Sociomuseologia brasileira(Lusofona University, 2023) Baptista, Jean; Debiasi, Rose Elke; Carmo, Sura Souza; Barroso, Cristina; Boita, Tony; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoViviane Conceição Rodrigues é uma importante intelectual orgânica brasileira. Nascida em 1982 na periferia de Maceió, passou a integrar uma série de articulações culturais em rede e foi elemento fundamental na fundação do Museu Cultura Periférica, um dos 12 Pontos de Memória Pioneiros, sediado no bairro Jacintinho. Afro-empreendedora premiada, é Graduada em Relações Públicas pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL, 2008) e Mestre pela Universidad Pablo de Olavid (2020), na Espanha. Sua trajetória pessoal se mistura com a trajetória dos museus comunitários brasileiros, esparramando-se em territórios muito além dos geográficos, tendo sido partícipe na constituição de um conjunto de políticas públicas para o campo da Museologia no Brasil. Em entrevista a nós concedida, generosa, afetuosa e paciente, compartilhou aspectos fundamentais para se pensar a Sociomuseologia pelas mãos daqueles que vivem na fronteira entre academia e militância social, em um constante fluxo entre pôr em prática em prol da comunidade as mais complexas reflexões populares e científicas de modo conectado.