Percorrer por autor "Barata, Hugo"

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    24 February 2022 : for a geocinematic use of found images
    (Lusofona University, 2023-11-03) Barata, Hugo; Alves, Júlio; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação; CICANT (FCT) - Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias
    Subjacente à ideia de precariedade e da imagem em movimento, este artigo descreve e teoriza sobre a obra original 24 DE FEVEREIRO DE 2022 como uma vídeo-instalação interligada e contextualizada com os conceitos de precariedade na produção, circulação e participação na cultura mediática hoje. Tentando fundamentar a própria natureza do material encontrado (found materials) como porta de entrada do público para o privado, comenta-se o espetáculo das imagens dos media de massa assim como a produção de gestos “anarquiviais por meio dos quais é possível pesquisar um evento histórico específico. Inserida no projeto de investigação intitulado FrameScapes que os autores estão a realizar neste momento, a obra artística resultado desta investigação relaciona-se com a guerra que a Rússia trouxe para Europa quando invadiu o território ucraniano, e também com o conflito em tempo real - que poderíamos apelidar de live - de uma forma que não víamos desde a Desert Storm em 1991. A alimentação contínua de vídeos e fotografias na era da distração multi-ecrã e das distopias tiktokianas, os artistas e criativos têm desde há muito a vantagem na construção a partir de material encontrado, tal como os cubistas que colavam um pedaço de jornal velho e uma caixa de fósforos para pintar uma natureza morta. A precariedade do material encontrado para fazer arte está presente desde os primeiros movimentos de vanguarda, de Picasso a Duchamp. Através das artes, sempre fomos confrontados com gestos de apropriação, de citação, de found-footage, da arte do arquivo, da colagem ou do ready-made, todos estes relacionados com imagens precárias. De Marcel Duchamp a Kurt Schwitters, de Douglas Gordon a Christian Marclay, os artistas sempre olharam para a metáfora do precário como uma recontextualização e remediação da imagem e do som. A obra 24 DE FEVEREIRO DE 2022 é uma obra exploratória sobre o mundo-como camâra-ecrã, respondendo crítica e criativamente a diferentes estruturas dos contextos sociais, económicos e políticos na prática atual da investigação artística. O fenómeno de uma estrutura “tele-visual” pressupõe diferentes “tele-comunidades” atópicas, construídas sob a égide da “tele-presença” e da “tele-objectividade” uma dissolução do espaço real, que abraça a geocinemática como uma forte estrutura narrativa contemporânea, construída e delimitada por imagens precárias imagens que são consistentes com uma estrutura tangível e contingente do Real. Palavras-Chave: Precariedade, Videoarte, Instalação, Media, Anarquivo, Imagens Precárias
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    Re[PLAY] as imagens televisionadas do futebol como material videográfico
    (Lusofona University, 2022) Barata, Hugo; Alves, Júlio; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação; CICANT (FCT) - Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias
    O espaço dedicado ao futebol em diversos e diferentes programas de televisão nos quais se debate esta indústria é muitas vezes tomado pela busca da “imagem verdadeira”, a imagem que comprova a origem da grande penalidade, a imagem que sustenta a admoestação do cartão vermelho, ou a imagem que denuncia a irregularidade do golo. Todos estes momentos são, hoje, alvo de milhares de horas de comentário do espaço televisivo, demonstrando um enorme pendor sobre o poder das imagens repetida ad nauseum, chegando mesmo a existir um momento no qual se colocou em causa alguns formatos deste tipo de programa devido ao «ruído» e à «toxicidade» que surgia em tais confrontos de ideias. Esta investigação tem como objetivo a criação de um objeto artístico (fílmico/videográfico/instalativo) que explora a condição da imagem-arquivo manipulável surgida neste tipo de programas, e onde não poucas vezes é escrutinada, editada, alterada, descontextualizada, etc., numa busca incessante de determinação de um momento-verdade.