Percorrer por autor "Barata, Hugo Miguel Marques das Neves"
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Item Da arché ao arquivo e do arquivo a arché: o gesto arquivial como conceito e método na prática artística contemporânea(2020) Barata, Hugo Miguel Marques das Neves; Miranda, José Bragança de, orient.Um resumo desta investigação deve, primeiramente, justificar a sua intitulação: Da Arché ao Arquivo e do Arquivo a Arché: O gesto arquivial como conceito e método na PRÁTICA ARTÍSTICA contemporânea. Pretende-se constituir uma aceção que permita, ou revele, um fio condutor de acesso ao Real, e que na nossa tese é tudo o que se encontra fora do Arquivo. No fluxo entre a ARCHÉ originária e o contemporâneo, faz-se a leitura do presente a partir do qual as obras de arte qua arquivos transportam, finalmente, o presente para o futuro, a partir de um processo de ANARQUIVAÇÃO constante. Existe uma contradição intrínseca que caracteriza o arquivo e que induz a sua insofismável dinâmica criativa. A contingência dos estatutos do ARQUIVIAL e do ARTÍSTICO, e a permeabilidade destas duas categorias tidas como tradicionalmente distintas - uma obra e a documentação (mesmo que seja documentação de uma obra) - colocam em evidência as convenções institucionais que mantêm a distinção entre estes dois gestos. Algumas destas tentativas de esclarecimento e comentário procurarão ser respondidas partindo do arquivo como OPERACIONALIZANTE, em GESTO anarquivial, de uma estética e uma mecânica de investigação em arte, assente em processos de construção do trabalho prático que parecem considerá-lo uma espécie de ESTILO CONTEMPORÂNEO em espaço SUBMEDIAL. Aqui, o conceito de Arché não é olhado como um ponto de partida mas enquanto lugar de chegada, procurando dar a ver uma manifestação em POTÊNCIA. Talvez a função do arquivo não consista meramente em ilustrar ou representar a história ou em agarrar-se às memórias da própria, como se de um espelhamento pelo qual se realizou «de facto», no Real. Pelo contrário, talvez o arquivo constitua o pré-requisito necessário para algo que emerge, porque só no arquivo, que «já lá está», somos capazes de comparar o novo com o antigo, o presente com o passado projetado no FUTURO.