Percorrer por autor "Bruno, Maria Cristina Oliveira"
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Item Formas de humanidade: concepção e desafios da musealização(Edições Universitárias Lusófonas, 1996) Bruno, Maria Cristina OliveiraApresentação: o discurso expositivo como um dos produtos do processo de musealização. No dia 12 de dezembro de 1995 o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo abriu à visitação pública a exposição de longa duração “Formas de Humanidade”. Com este evento inaugural, o MAE estabeleceu a plataforma básica de sua proposta de divulgação científico-cultural, rearticulou o seu contato direto com o público por meio museológico e apresentou a sua nova face de responsabilidade patrimonial uma vez que esta face vem sendo delineada desde 1989, a partir da emissão da Portaria nº 2073 que fundiu algumas unidades da USP ou partes delas, criando o novo Museu de Arqueologia e Etnologia. Com esta exposição a instituição pretende divulgar as várias formas que a humanidade vem dando, ao longo do tempo, às diferentes matérias-primas e às manifestações sócio-culturais. Cabe ressaltar que este discurso expositivo tem caráter sintético e panorâmico e está apoiado, prioritariamente, na evidência material da cultura. Da mesma forma, deve ser sublinhado que os temas decorrentes da proposta temática central foram escolhidos a partir da potencialidade do acervo institucional. Este acervo, por sua vez, corresponde às coleções arqueológicas e etnográficas brasileiras, etnográficas da África e arqueológicas do Mediterrâneo e Médio-Oriente. Embora o MAE ainda guarde outras coleções, distintas às que fazem parte desta mostra.Item Funções do museu em debate: preservação(Edições Universitárias Lusófonas, 1997) Bruno, Maria Cristina OliveiraConsiderações Preliminares As múltiplas faces que os museus vêm apresentando evidenciam que o universo museal está em mutação constante nas últimas décadas. São perceptíveis as transformações de conteúdo e forma dessas instituições, como também constata-se um certo esforço metodológico, na busca de novos caminhos que possam aproximar mais rapidamente a sociedade dos museus. Essa busca constante do equilíbrio entre continuidades e rupturas é o reflexo dos questionamentos que as instítuições museológicas têm sido alvo, pois não dá para negligenciar os impactos causados pela tecnologia, pela força dos poderosos veículos de comunicação e, sobretudo, pelas distorções tempo-rais entre o tempo no museu e fora dele.Item Impressões de viagem: um olhar sobre a museologia portuguesa(Edições Universitárias Lusófonas, 1996) Bruno, Maria Cristina OliveiraEntre tantas relações que naturalmente nos vinculam a Portugal, um olhar sobre o patrimônio cultural revela um contexto com muitos aspectos onde é difícil separar o que é brasileiro ou português. A História dos Museus no Brasil tem seu início com as coleções trazidas por D.João VI (1808), das quais muitas eram provenientes da opulência dos palácios, cuja riqueza é fruto do conhecido processo de colonização depredadora de que o Brasil foi alvo. Da mesma forma, sabemos que muitas coleções etnográficas e de história natural foram reunidas por incentivo e apoio da Família Real e, em alguns casos, levadas a Portugal que, por sua vez, acabou entregando a outros países europeus por razões políticas. Intrigada pelas questões que envolvem as afirmações acima apresentadas, fui a Portugal no primeiro semestre de 1993 para conhecer alguns processos museológicos, pois é o patrimônio musealizado que apresenta mais aspectos em comum com o Brasil.Item A indissolubilidade da pesquisa, ensino e extensão nos museus universitários(Edições Universitárias Lusófonas, 1997) Bruno, Maria Cristina OliveiraPreceitos e Problemas dos Museus Universitários Os museus universitários brasileiros são instituições científicas com responsabilidades culturais e sociais, junto às sociedades que lhes proporcionam apoio financeiro, matéria-prima para o trabalho e, sobretudo, desafios constantes. Estes museus nem sempre nasceram no âmbito do universo acadêmico. Algumas vezes as universidades receberam instituições completas, em outras, os próprios departamentos e institutos têm gerado processos museológicos e, muitas vezes, as instituições universitárias receberam, como herança, algumas coleções que impulsionaram o surgimento de museus. É difícil delinear o perfil do museu universitário deste país. Os exemplos evidenciam uma multiplicidade de formas e conteúdos, as mais diferentes estruturas organizacionais, como também, distintos patamares, no que se refere ao número de funcionários e capacidade para o trabalho interdisciplinar. Dispersos de norte a sul do país, inseridos nas capitais ou nas cidades do interior, protegidos pelo campus universitário ou localizados nos centros urbanos, os mais de 100 museus desta natureza têm sob sua responsabilidade, desde questões de abrangência universal e nacional, até aspectos do microcosmo de uma área de conhecimento, passando por problemas regionais e impasses científicos. São muito diferentes entre si.Item Introdução(Edições Universitárias Lusófonas, 1997) Bruno, Maria Cristina OliveiraOs textos apresentados neste Caderno evidenciam três preocupações básicas que têm despertado a minha atenção profissional. Em um primeiro momento, emergem as questões teórico-metodológicas, relacionadas à organização epistemológica da museologia, enquanto uma disciplina aplicada. Em seguida, aparecem as reflexões ligadas às perspectivas para o futuro dos museus, no que se refere às suas responsabilidades sócio-educativo-culturais. E, finalmente, apresento alguns projetos que tenho elaborado nos últimos anos, com o objetivo de divulgar as suas respectivas propostas de musealização. Alguns destes textos foram preparados, originalmente, para conferências ou aulas, outros sob a forma de comunicações científicas ou estimulados por solicitações pontuais, vinculadas à concepção de projetos museológicos. Entretanto, para esta publicação, foram retrabalhados e assumiram o caráter de ensaio. Neste sentido, reitero a minha intenção de apresentá-los, para socializar estas idéias e realizações, com o objetivo de despertar o interesse dos profissionais e estudantes de museologia, para críticas e discussões sobre as questões aqui reunidas. Gostaria de dedicar este trabalho para os amigos Sílvia Piedade e Marcelo Araújo pelo incansável apoio e reciprocidade intelectual.Item Musealização da arqueologia : um estudo de modelos para o projeto paranapanema(Edições Universitárias Lusófonas, 1999) Bruno, Maria Cristina OliveiraHá dez mil anos, as áreas correspondentes ao Vale do Paranapanema, São Paulo, têm sustentado diferentes formas de apropriação, transformação e interpretação dos recursos naturais, pelos mais distintos grupos humanos. Inicialmente, os caçadores-coletores ocuparam os terraços marginais e as regiões próximas aos afloramentos rochosos e, nestes locais, deixaram as marcas dos seus acampamentos e de suas oficinas líticas. Marcas que sobreviveram ao tempo e, portanto, testemunham uma vivência cotidiana de homens e mulheres que construíram um universo cultural sabidamente mais complexo. (Tese de Doutoramento de defendida na Universidade de São Paulo)Item Museologia e museus: como implantar as novas tendências(Edições Universitárias Lusófonas, 1997) Bruno, Maria Cristina OliveiraAs controvérsias contemporâneas que têm assolado a sociedade brasileira não dispensam a discussão sobre o equilíbrio entre a preservação do patrimônio (especialmente o meio ambiente) e o desenvolvimento sócio-econômico. Em qualquer ângulo de observação esta questão está colocada e, muitas vezes, tem sido vista como o ponto fundamental para a chegada ao futuroItem Museologia e museus: os inevitáveis caminhos entrelaçados(Edições Universitárias Lusófonas, 2006) Bruno, Maria Cristina OliveiraA reciprocidade entre uma Museologia real que permeia o cotidiano institucional dos processos museológicos, e uma outra, circunscrita ao cenário das utopias, poderia ser compreendida no âmbito das discussões ideológicas, opções metodológicas, ou mesmo no que se refere ao domínio das técnicas.Item Museologia LGBT Cartografia das memórias LGBTQI+ em acervos, arquivos, patrimônios, monumentos e museus transgressores -Autor Tony Boita(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Bruno, Maria Cristina OliveiraItem Museologial action's main fields(Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Bruno, Maria Cristina OliveiraMuseology has emerged and has been organised as a field of knowledge, precisely to frame the technical, theoretical and methodological aspects, regarding the constitution, implementation and evaluation of the processes that societies establish for the selection, treatment and extroversion of the memory indicators, transforming them into patrimonial references and projecting them into the constitutive fields of cultural heritage. It is therefore, one of the areas of knowledge that deals with the framing of heritage and their professionals are agents of memory education. The constitution of the parameters that define and delimit the museological action field has been outlined in the course of the centuries, if we consider the technical efforts related to the identification and organisation of collections, in addition to the curatorial treatment of specimens from nature, of objects, of the intangible heritage registers. The same length of elaboration is true if we evaluate the communication initiatives and of education of the senses.Item Museology as a pedagogy for heritage(Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Bruno, Maria Cristina OliveiraThis essay presents some parameters for the study of Museology and its respective contribution for the constitution of preservationist processes, biased towards heritage education. From the decoding of some parameters that delimit this applied discipline’s action and reflection field, the text presents some paradigms, which have stimulated its epistemological construction and have guided its social functions. These paradigms are considered responsible for a new methodological order within the scope of the museum and, further, for the new commitments that these institutions have taken up.Item Museus de empresa: princípios, problemas e perspectivas(Edições Universitárias Lusófonas, 1997) Bruno, Maria Cristina OliveiraA bibliografia especializada aponta três funções fundamentais para as instituições museológicas, a saber: função científica (produção de conhecimento novo, a partir da análise de suas coleções, organização sistemática de seus acervos, tratamento curatorial dos objetos no que diz respeito à conservação, aplicação de modelos de comunicação para a implantação de projetos expositivos e pedagógicos, e a necessária avaliação desses processos); função educativa (canalização de suas atividades para fins de educação e ação sócio-cultural de uma comunidade específica ou do público em geral); e função social (a junção das funções anteriormente mencionadas). O desempenho e aprimoramento dessas três funções resguardam para os museus um papel particular nos dias de hoje, mas, na verdade, espera-se um pouco mais dessas instituições. Ao lado de seu evidente compromisso com a preservação, o museu deve ser pensado e realizado como um canal de comunicação, capaz de transformar o objeto testemunho em objeto diálogo, permitindo a comunicação do que é preservado. Às antigas responsabilidades de coletar, estudar, guardar o patrimônio, outras exigências foram impostas. A preservação da herança cultural passou a exigir outros mecanismos de transmissão, na tentativa de interagir com uma sociedade que convive com o objeto descartável, com o desequilíbrio ecológico e com inúmeros estímulos visuais muito potentes.Item Museus hoje para o amanhã(Edições Universitárias Lusófonas, 1997) Bruno, Maria Cristina OliveiraO tema deste ensaio nos conduz, de imediato, à reflexão sobre a problemática museológica em quatro direções, a saber: - patrimônio musealizado: aqueles que foram lembrados ou o universo dos esquecidos. - responsabilidade profissional: a formação e a convivência interdisciplinar. - processo museológico: a salvaguarda e a comunicação dos objetos, coleções e acervo. - novas tecnologias: os museus e a resistência ou convivência com a imagem virtual. É possível afirmar que estes temas têm figurado na pauta das nossas discussões, nas últimas décadas, de forma contundente e os profissionais de museu não podem desconhecer as múltiplas abordagens que eles permitem ou as implicações sociais e políticas que sempre estão presentes em nosso cotidiano de trabalho. Sabemos que os museus existem no mundo inteiro há muitos séculos e, apesar de assumirem múltiplas faces, é possível identificar pontos de encontro e semelhanças entre os diferentes processos museológicos. Apesar dos preconceitos existentes que vinculam essas instituições com as coisas “velhas” e “sem vida”, há também um grande questionamento sobre o papel real que podem desempenhar no âmbito das sociedades onde estão inseridas. Os museus chegaram até este século como os grandes repositórios de coleções ecléticas, como centros de saber e, evidentemente, como locais privilegiados e sacralizados.Item Teoria museológica: a problematização de algumas questões relevantes à formação profissional(Edições Universitárias Lusófonas, 1997) Bruno, Maria Cristina OliveiraGostaria de iniciar esta comunicação chamando a atenção para o fato de que não estou à frente, no momento, de nenhum curso de formação de museólogos no país. Minha contribuição a este tema esta vinculada a uma experiência de docência realizada externamente a esses cursos. Se por um lado, esta contribuição pode ser vista com algumas ressalvas, por outro, posso afirmar que a possibilidade de ter proferido 26 cursos temáticos sobre questões inerentes ao universo da Disciplina Museológica, nos últimos 11 anos, tem sido responsável por um olhar externo - de longe - a este complexo mundo das formações acadêmicas. Devo ressaltar, também, que a minha inserção no âmbito da Museologia deu-se a partir de um Curso de Especialização realizado em São Paulo (1978 a 1980), através de um projeto acadêmico que esteve sob a responsabilidade da Profª Waldisa Guarnieri, na Fundação Escola de Sociologia e Política. Estes aspectos, aliados à experiência cotidiana de trabalho em instituição museológica e a alguns projetos de cursos de especialização que, neste momento, começo a participar, são responsáveis pelas idéias que pretendo apresentar.Item VII. Propostas, projetos, modelos: os caminhos para a experimentação museológica(Edições Universitárias Lusófonas, 1997) Bruno, Maria Cristina OliveiraConsiderações Preliminares Ao longo da última década, diversas vezes, fui convidada para colaborar com diferentes equipes, no que se refere à elaboração de propostas museológicas. Em algumas oportunidades, estas solicitações estavam contextualizadas em amplos processos de assessoria, que já vinha desenvolvendo junto às instituições solicitantes; em outros casos, os pedidos foram temáticos, pontuais e específicos. Entretanto, nas duas situações, estes estudos têm sido fundamentais, para melhor compreensão da natureza do exercício museológico, no que se refere à construção de fenômenos museais. Cabe ressaltar, também, que estas oportunidades desafiadoras têm representado um contraponto, em relação ao trabalho sistemático que desenvolvo junto à Universidade de São Paulo, no que tange à musealização da arqueologia. Em um primeiro momento elaborei propostas museológicas, apenas na sua instância conceitual. Em seguida, comecei a me preocupar com a estruturação de projetos, onde os métodos para implementação das propostas assumiram papel de destaque, como também os respectivos desdobramentos museográficos. Nas últimas experiências, estou tentando introduzir elementos vinculados a modelos pré-estabelecidos. Este tipo de trabalho tem garantido, não só uma considerável ampliação de horizontes museológicos, como também têm servido de base e matéria - prima para a docência.