Percorrer por autor "Carvalho, Ana Catarina Veiga"
A mostrar 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Avaliação da cardiotoxicidade da doxorrubicina em cães – estudo piloto(2017) Carvalho, Ana Catarina Veiga; Lobo, Luís Lima, orient.A doxorrubicina, é um potente agente antineoplásico, pertencente a uma das principais classes de quimioterápicos utilizadas em oncologia, as antraciclinas. Este fármaco apresenta atividade antitumoral contra uma grande variedade de neoplasias, tais como, linfoma, sarcomas e carcinomas, no entanto, o seu uso é condicionado pela possível ocorrência de cardiotoxicidade. O mecanismo cardiotóxico da doxorrubicina ainda é controverso, no entanto, pensase que está relacionado com um aumento do stress oxidativo no miocárdio, devido, sobretudo, à formação de espécies reativas de oxigénio e indução de peroxidação lipídica nas células cardíacas. A cardiotoxicidade induzida pela doxorrubicina manifesta-se de forma semelhante à cardiomiopatia dilatada, num processo que depende da dose total cumulativa administrada. Neste estudo, pretendi avaliar a presença de cardiotoxicidade em cães com diferentes neoplasias, sujeitos a quimioterapia com doxorrubicina. Para o efeito, foram realizados controlos de parâmetros ecocardiográficos e de biomarcadores cardíacos, durante 5 estádios de administração de doxorrubicina. Os resultados do estudo não foram sugestivos de ocorrência de cardiotoxicidade, porém, um aumento da concentração de troponina I, com maior relevância no final do protocolo, pareceu sugerir alguma contribuição da doxorrubicina na lesão do miocárdio. Devido ao constrangimento associado às perdas de seguimento, frequentemente implícitas na especialidade oncológica, não foi possível obter um tamanho de amostra ideal, pelo que as conclusões retiradas deste estudo são limitativas. Pretende-se, com este estudo, alertar para a importância de uma prevenção e controlo frequentes da função cardíaca em animais tratados com este fármaco cardiotóxico. Apesar de a cardiotoxicidade não ser tão frequente em cães, devido a uma menor agressividade dos protocolos quimioterápicos e a um maior controlo das doses cumulativas utilizadas, creio que é fundamental apostar na prevenção, de forma a assegurar um diagnóstico precoce de cardiotoxicidade, ou até mesmo, de patologias cardíacas ocultas ou envolvimento cardíaco de origem neoplásica, os quais, podem contribuir para um agravamento da saúde de cada paciente.