Percorrer por autor "Coelho, Filipa Maria Seabra Capaz"
A mostrar 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Estudo histológico e imunohistoquímico da expressão de Ki-67 em carcinomas das células escamosas em gatos(2024) Coelho, Filipa Maria Seabra Capaz; Faculdade de Medicina Veterinária; Batista, Mariana RaposoO cancro é uma doença altamente prevalente em animais de companhia, sendo uma das suas principais causas de morte. O carcinoma das células escamosas (CCE) é um dos tumores mais comuns em gatos, levando à desfiguração e incapacitação dos animais relacionada com a progressão da doença, às sequelas terapêuticas ou mesmo à morte em casos incuráveis. Para desenvolver melhores ferramentas de diagnóstico e prognóstico, é necessário estudar a adequação de vários biomarcadores, bem como o seu comportamento dentro do tumor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição do marcador de proliferação Ki-67 em CCE de três localizações anatómicas diferentes. Foram selecionadas 25 amostras de CCE de gatos previamente diagnosticados por análise histológica, localizadas no plano nasal (N; n=8), pavilhão auricular (E; n=10) e cavidade oral (O; n=9). O grau de malignidade foi calculado de acordo com classificações previamente validadas, com 23 casos classificados como Grau 1 e dois como Grau 2. Foi realizada imunohistoquímica indireta para quantificar o Ki-67 em seções tumorais embebidas em parafina e as lâminas foram digitalizadas e analisadas com recurso ao software QuPath (v0.4.3), através da seleção manual de quatro regiões especificas de 1) tumor (T), 2) estroma adjacente (S), 3) frente invasora tumoral (IF) e 4) superfície tumoral (TS). Os dados das contagens resultantes foram processados com SPSS (v.25) utilizando testes paramétricos e não paramétricos consoante normalidade da distribuição dos dados em cada variável. As diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05. Os resultados demonstram que dentro de uma mesma região alvo de cada amostra individual não há diferenças estastisticamente significativas no número de células positivas para Ki-67. Quanto às comparações entre áreas, não houve diferenças de proliferação entre TS e IF. No entanto, as áreas T apresentavam significativamente mais células marcadas para Ki-67 do que as regiões S correspondentes (p = 0,001), embora a inspeção visual mostrasse que, nestas últimas, a marcação positiva se devia principalmente a células inflamatórias infiltradas no estroma. Finalmente, verificaram-se diferenças na marcação da IF de CCE entre a localização N e a localização E (p = 0,032), sugerindo uma frente invasora mais agressiva. Este estudo demonstra que a distribuição do Ki-67 numa mesma região alvo de cada tumor é homogénea, o que pode facilitar a seleção das áreas a serem analisadas digitalmente. Em relação ao comportamento tumoral, os resultados revelaram que, embora haja proliferação observável nas células estromais adjacentes do CCE, tal deve-se à presença de são inferiores quando comparadas com as contagens das células tumorais. Finalmente, pode concluir-se que os CCE do plano nasal parecem ter um comportamento de infiltração mais agressivo do que os seus homólogos do pavilhão auricular. A análise de mais amostras destes locais de CCE (e outros) é necessária para consolidar estas observações e associar a coloração Ki-67 a outras ferramentas de classificação de tumores. Palavras-chave: Carcinoma de células escamosas; proliferação; gatos; Ki-67; heterogeneidade; frente invasora. células inflamatórias infiltrativas marcadas para o Ki-67, sendo que as contagens estromais