Percorrer por autor "Edra, Beatriz da Graça Nunes Veiga"
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Item Conhecimento dos profissionais de saúde sobre triagem e acondicionamento de resíduos hospitalares(Edições Universitárias Lusófonas, 2020) Edra, Beatriz da Graça Nunes Veiga; Magalhães, Bruno; Silva, Mafalda; Costa, Maria do Céu; Escola de Ciências e Tecnologias SaúdeA natureza, diversidade e perigosidade dos resíduos hospitalares (RH) exige procedimentos específicos na sua gestão. A intervenção específica sobre os RH, é incontornável na sociedade atual, pelas exigências de políticas de Saúde Pública e Ambiental.As instituições de saúde integram o processo de gestão de RH no seu plano de gestão estratégica institucional, tendo em conta uma perspetiva sociotécnica e tendo por base referenciais de boas práticas associados.Atriagem é uma das fases mais importantes para a eficiência de gestão na minimização de riscos dos resíduos hospitalares produzidos, mais concretamente a triagem no local de produção. Os profissionais de saúde são elementos fulcrais nesta fase do processo pela sua participação na prática de triagem nos diferentes contextos da prática clínica. Com a presente investigação pretende-se identificar a periodicidade de contato dos diferentes profissionais de saúde, enfermeiros, médicos e auxiliares de ação médica (AAM), relativamente aos RH e o conhecimento dos mesmos relativamente à prática de triagem e acondicionamento de RH. Desenvolveu-se um estudo observacional, descritivo e correlacional de caráter transversal, utilizando como instrumento de recolha de informação um questionário aplicado a uma amostra de 1800 profissionais de saúde de um Centro Hospitalar no Porto (Portugal). Conclui-se que 79% dos profissionais de saúde estão em contato com RH, e 68,8% tem conhecimento adequado sobre Práticas de Triagem. Os grupos III - Resíduos Hospitalares de Risco Biológico e IV- Resíduos Hospitalares Específicos de incineração obrigatória, são aqueles em que os profissionais de saúde apresentam mais dúvidas na triagem e acondicionamento.Item Gestão de resíduos hospitalares: estudo de referenciais de boas práticas, com base na perceção e na avaliação do risco de exposição ocupacional num hospital central(2018) Edra, Beatriz da Graça Nunes Veiga; Escola de Ciências e Tecnologias SaúdeA natureza, diversidade e perigosidade dos resíduos hospitalares (RH) exige procedimentos específicos na sua gestão. A necessidade de uma intervenção especifica sobre os RH, é incontornável na sociedade atual, pelas exigências de Saúde Pública e Ambiental, e obriga a que as instituições de saúde integrem o processo de gestão de RH no seu plano institucional de gestão estratégica, tendo em conta uma perspetiva sociotécnica e tendo por base referenciais de boas práticas associados. O presente estudo foi desenvolvido no Centro Hospitalar de S. João (CHSJ) e teve 3 objetivos: 1) avaliar as práticas de gestão de RH e conhecer a perceção dos riscos por parte dos profissionais de saúde relativamente aos RH em diversos contextos; 2) avaliar o risco percecionado e 3) propor referenciais para um guia de implementação de boas práticas com vista à melhoria contínua. Para a concretização destes objetivos desenhou-se um estudo observacional, descritivo e correlacional de caráter transversal, utilizando como instrumento de recolha de informação um questionário (já validado). Foi aplicado a uma amostra de 1800 profissionais da área clínica, dos quais se obteve uma taxa de resposta de 44%, com 789 inquéritos devidamente validados dos diversos grupos profissionais, de 31 serviços da unidade de saúde CHSJ, que corresponde a um erro máximo de 3,1% (considerando uma amostra aleatória simples, sem reposição para um nível de confiança de 95%). Os dados foram tratados com recurso a estatística descritiva e inferencial, recor-rendo ao software IBM SPSS 23.0. Este trabalho apresenta oito capítulos. Num primeiro capítulo realizou-se uma revisão integrativa da literatura e uma recolha de informação na instituição relacionada com o processo de gestão de RH, em todas as suas verten-tes, bem como um levantamento dos dados relativos à sua produção, durante os últimos cinco anos. No segundo capítulo expõe-se a justificação do estudo e apresentam-se os objetivos, já referidos, como as hipóteses de investigação decorrentes da questão de partida assim definida: existe uma perceção de risco de exposição ocupacional por parte dos profissionais de Saúde, que difere de grupo profissional e se relaciona com a prática de Gestão de Resíduos Hospitalares? O desenho de estudo apresentado no terceiro capítulo, onde se enquadra a metodologia, a população, o instrumento de colheita de dados e os testes estatísticos aplicados. As categorias profissionais selecionadas para este estudo foram médicos, enfermeiros e auxiliares de ação médica, categorias que representam a maioria dos trabalhadores do CHSJ e que em termos de conteúdo funcional são aqueles que mais estão envolvidos com o processo de gestão dos RH. O quarto capítulo é referente ao primeiro objetivo deste trabalho, no qual se avaliaram as práticas relativas à gestão de RH, por parte de todas as categorias profissionais e a perceção de risco dos profissionais relativa aos diferentes grupos de RH e sua gestão. Os resultados mostram que 79% dos profissionais estão em contacto diário com os RH, sendo os enfermeiros a categoria que tem contacto mais frequente com os RH, seguindo-se os auxiliares e os médicos. Relativamente às práticas de triagem, o conhecimento relativo ao Grupo I e II é adequado, sendo que os profissionais de saúde apresentam dúvidas na prática de triagem relativamente aos RH que pertencem ao grupo III e IV, por exemplo os fármacos rejeitados com uma percentagem de 48,7% de respostas não conformes e as peças anatómicas não identificáveis com 53,7% de respostas não conformes. Verificou-se que os profissionais que apresentam conhecimento inadequado, demonstrado pela triagem incorreta dos RH, encontram-se, em termos de prevalência, sempre ou frequentemente em contacto com a tipologia de RH questionada, demonstrando assim a necessidade de aquisição de conhecimento especifico.A perceção de risco dos RH associado à Saúde, é elevada para 43,2% dos profissionais, e muito elevada para 36,5% dos inquiridos. O Ambiente é o item em que 49,7% dos profissionais consideram existir um risco muito elevado e 35,6% consideram-no elevado. Relativamente aos outros objetos de risco questionados, como para a Saúde dos profissionais, doentes e trabalhadores dos serviços de suporte, não existem diferenças significativas por parte dos profissionais que consideram existir um risco elevado de uma forma consensual em todos os itens referidos. A menor perceção de risco está associada aos visitantes, para os quais só 25,7% dos profissionais con-sideram existir risco elevado. Foram analisados outros contextos de perceção de risco por parte dos profissionais, relativamente ao tipo de RH e prática de triagem, para a Saúde e para o Ambiente, e às várias etapas de gestão de RH e em relação ao risco de tratamento/destino final dos RH de acordo com os dispositivos de acondiciona-mento, para a Saúde e para o Ambiente. Os dados mostram que a perceção de grau de risco dos RH e o grau de risco dos mesmos, mais especificamente para a Saúde de Ambiente, estão correlacionados num sentido direto. No capítulo quinto, desenvolveu-se o segundo objetivo, avaliação do risco percecionado, que engloba a análise de um conjunto de itens, nomeadamente a informação relativa aos acidentes ocorridos e os resultados mostram que 23,2% dos profissionais teve acidentes com RH. Dentro destes destacam-se os acidentes com materiais corto perfurantes, 44% dos profissionais inquiridos já tiveram ocorrência de acidentes com este tipo de material. Outro item englobado neste objetivo é referente à perceção de riscos nos diferentes contextos, salientando a identifica-ção de risco por parte dos profissionais, para a Saúde dos profissionais de saúde, dos doentes e dos visitantes, dos trabalhadores de suporte e para o Ambiente, que, embora apresente diferenças nas três categorias profissionais, no entanto, dentro destas, não existe diferença desta perceção entre os profissionais, que já sofreram acidentes com RH e os que não sofreram. A questão da formação/sensibilização e consecutivamente conhecimento, foi também considerada neste capítu-lo quinto. Apesar de 95,3% dos profissionais reconhecer a pertinência e 55,9% terem participado em acções de formação, 39,5% não frequentaram qualquer tipo de formação. Dos profissionais que tiveram formação, 76% referencia que as formações abrangeram os riscos associados à Saúde e Ambiente, mas só 31,9% considera que os conhecimentos dos riscos inerentes aos RH são suficientes. No sexto capítulo, apresenta-se um conjunto de Referenciais associados à Gestão de RH em diferentes domínios, que serviram de base à elaboração de um Guia de Implementação de Boas Práticas, tendo por base a avaliação das práticas, perceção do risco e avaliação do risco dos RH percecionado. Finalmente, está listada a bibliografia consultada e os Anexos (artigo publicado, artigo e comunicações submeti-das no âmbito deste trabalho, autorização do CHSJ, questionário aplicado e um documento estatístico de apoio).