Percorrer por autor "Elias, Mariana Fenta"
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Item O papel de assistentes operacionais na inclusão de crianças com transtorno do espectro do autismo(2021) Elias, Mariana Fenta; Teodoro, António, orient.A Inclusão Escolar de crianças com transtorno do espectro do autismo é uma temática de extrema pertinência e importância pela complexidade deste transtorno e pela dificuldade que muitas escolas encontram em viabilizar o processo de inclusão destas crianças que, no jardim de infância, não são assistidas apenas pelas educadoras. Os assistentes operacionais, que passam muito tempo com elas, são responsáveis por muitos momentos importantes do cotidiano escolar, como alimentação, higiene, mudanças de ambiente, e apoio em sala de aula. Tendo em conta as funções que lhes são cometidas e que são da maior importância para a inclusão destas crianças, estudos, como os de Neves (2016) e Ramalho & Ramalho (2015), referem que estes profissionais não possuem formação suficiente neste âmbito. Esta investigação, de natureza qualitativa (Bogdan & Biklen, 1994), teve como objetivo geral analisar o papel de assistentes operacionais na inclusão de crianças com transtorno do espectro do autismo. Como técnicas e instrumentos de recolha de dados, utilizámos a pesquisa documental e entrevistas semi diretivas (Bardin, 2010) com assistentes operacionais (4), que trabalhavam em Jardins de Infância de um Agrupamento de Escolas de Lisboa. As entrevistas foram tratadas através de análise de conteúdo (Lüdke & André, 2013). A análise dos dados evidenciou que nestes Jardins de Infância, o papel destas assistentes operacionais na inclusão das crianças com autismo era muito restrito. As suas funções decorriam basicamente daquelas que a legislação lhes comete. A articulação com a educadora e outros intervenientes no processo das crianças era praticamente inexistente, tal como o (des)conhecimento de estratégias facilitadoras da inclusão e a falta de recursos humanos, que dificultava o apoio individual que estas crianças demandam. A sua ação era sufocada pela demanda das rotinas, que são inquestionáveis, sobretudo nestes grupos etários e com crianças com esta problemática, mas não impedem que se fomente a criação de uma cultura de colaboração e participação (Barroso, 2005), da qual não devem ser excluídas, porque todos na escola são responsáveis por todos os alunos, no seu desenvolvimento, aprendizagem e bem-estar.