Percorrer por autor "Faria, Andreia Marques"
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Item Efeitos da estrutura familiar, parentalidade e coparentalidade no ajustamento psicológico em crianças em idade pré-escolar(2016) Faria, Andreia Marques; Lamela, Diogo, orient.A presente dissertação foi orientada por dois enquadramentos teóricos: Psicopatologia do Desenvolvimento dos Sistemas Familiares e pelo Modelo Ecológico da Coparentalidade (Feinberg, 2003). Objetivo: (1) Testar diferenças entre PD (pais divorciados) e PC (pais casados) no relato de SI (sintomas de internalização) e SE (sintomas de externalização) nos filhos em idade pré-escolar. (2) Testar diferenças entre PD e PC ao nível da parentalidade inconsistente e parentalidade positiva e das componentes da coparentalidade. (3) Em caso de existir diferenças entre PD e PC ao nível dos SE e SI dos filhos, testar se estas diferenças se mantêm quando controladas as variáveis da parentalidade e da coparentalidade. Método: Um design transversal foi implementado para a recolha de dados. A amostra total foi composta por 51 PD e 60 PC, avaliados ao nível das dimensões da coparentalidade, parentalidade positiva, parentalidade insconsistente e ajustamento psicológico dos filhos. Os dados dos pais divorciados foram recolhidos numa plataforma online. Já na amostra de pais casados, os protocolos de avaliação foram preenchidos em casa pelos participantes e, posteriormente, entregues em envelope selado aos educadores da instituição de ensino onde foram recolhidos os dados. Resultados: No objetivo 1 para as subescalas que avaliam os SI foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC na subescala emocional, em que os PD relataram mais sintomas de problemas emocionais nos filhos do que os PC. Para as subescalas que compõem a dimensão dos SE, foi verificada uma diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de pais na subescala de hiperatividade, em que os PD indicaram mais sintomas de hiperatividade do que os PC. No objetivo 2, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os pais divorciados e os pais casados ao nível das dimensões da coparentalidade (acordo/suporte coparental, sabotagem coparental, divisão de tarefas e exposição ao conflito). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na parentalidade inconsistente e parentalidade positiva, em função do estado civil dos pais. No objetivo 3, considerando as diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC ao nível das variáveis coparentais (Objetivo 1), houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de problemas emocionais nas crianças em idade préescolar. Para a subescala de hiperatividade, não houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de hiperatividade nas crianças em 7 idade pré-escolar. Discussão: Os resultados apresentados na presente dissertação parecem sugerir que algumas dimensões da coparentalidade parecem estar associadas à emergência de externalização e internalização em idade pré-escolar e, os dados parecem apontar para que não é a estrutura familiar que melhor está associada ao ajustamento da criança, mas sim processos familiares como a coparentalidade que são comuns a todas as estruturas familiares.