Percorrer por autor "Fraga, Nuno Miguel da Silva"
A mostrar 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Entre Sísifo e Prometeu: lideranças, orçamento participativo e cidadania. As representações de uma líder autárquica no desvelar de uma cidade educadora(2013) Fraga, Nuno Miguel da Silva; Teodoro, António, orient.Compreender a acção da cidade em torno do seu potencial educador é, também, situá-la no importante palco social da educação na cidadania. Fomos ao encontro das histórias de vida, por via de entrevistas episódicas de uma líder autárquica, cujo Concelho foi pioneiro na dinamização dos Orçamentos Participativos (OP) em Portugal. Palmela foi o lócus do nosso estudo de caso. O foco de análise foram as representações pessoais, profissionais e sociais da Presidente da Câmara, numa analogia à vontade política, enquanto factor necessário à dinamização deste tipo de processo participativo, num município pertencente à rede das Cidades Educadoras. Questionámos outros eleitos autárquicos, técnicos e colaboradores da Câmara traçando e justapondo, por esta via, um perfil de estilos de liderança da Presidente, associado a um conjunto de competências emocionais e sociais e desembocando num perfil de clima organizacional. Face ao desgaste da metodologia do OP em Palmela, que desde 2008, se encontra suspenso e em autoavaliação, a investigação pretendeu dar aos actores locais outras variáveis de análise essenciais, propícias e propiciadoras de conhecimentos-emancipação. Se é facto que há um grau de concordância elevado e generalizado face ao potencial da líder autárquica na gestão da Câmara, foi, também possível aferir a necessidade de esbaterem-se as barreiras entre o discurso político e o discurso técnico, bem como compreender as variáveis que dificultam o trabalho colaborativo entre Divisões, por via do diálogo com as lideranças intermédias e com os técnicos. Muito antes de pensar-se na (des)construção do OP como projecto autárquico, ficou clara a necessidade da Organização investir na formação dos seus técnicos, colaboradores, chefias e eleitos para o vasto universo das políticas públicas focalizadas na cidadania activa e na participação. É um passo crucial para que a Autarquia possa, posteriormente, sensibilizar e mobilizar os cidadãos e as cidadãs de Palmela para os processos participativos do Concelho, que por serem vários, dispersam-se no tempo e no espaço e por isso necessitam de um Projecto Aglutinador. Nesse sentido, foi nossa recomendação o empoderamento local do Movimento das Cidades Educadoras.