Percorrer por autor "Martins, Silvia Lopes"
A mostrar 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Relação da titulação de anticorpos anti-coronavírus felino e anamnese, sinais clínicos e laboratoriais comummente utilizados para diagnóstico da peritonite infeciosa felina(2015) Martins, Silvia Lopes; Murta, Daniel, orient.A peritonite infecciosa felina (PIF) é das doenças infecciosas mais frequentes na espécie felina, afectando gatos domésticos (Felis catis) e selvagens. Esta doença é provocada por uma estirpe virulenta do coronavírus felino (FeCoV), e é sempre fatal após manifestação dos sintomas, sendo normalmente descrita como sendo uma doença do indivíduo, fortemente dependente não só da virulência viral, mas também de factores ambientais e do hospedeiro, nomeadamente da sua resposta imunitária. O presente estudo retrospectivo focou-se numa população de 122 gatos seguidos entre os anos 2010 e 2014 no Hospital Veterinário Vasco da Gama em Lisboa, para os quais foi realizada a titulação de anticorpos anti-FeCoV, sendo o objectivo principal relacionar o título de anticorpos anticoronavírus (anti-FeCoV) com a anamnese, sinais clínicos e parâmetros laboratoriais apresentados pelos animais suspeitos de PIF, avaliando assim se a sua determinação contribui para um correcto diagnóstico da PIF. Para além de se ter encontrado uma relação estatisticamente significativa entre um título positivo de anticorpos anti-FeCoV e a ocorrência de líquidos de derrame (especialmente ascite), a hiperglobulinémia e a hiperbilirrubinémia, também foi encontrada uma relação estatisticamente significativa entre um título negativo de anticorpos anti-FeCoV e gatos sem contacto regular com outros gatos e a presença de sinais clínicos neurológicos. Todas as relações identificadas estão de acordo com o descrito na bibliografia, com a excepção dos sinais clínicos neurológicos associados a títulos negativos de anticorpos anti-FeCoV, que geralmente estão presentes em animais afectados por PIF, esperando-se por isso que a incidência destes sintomas em animais com títulos anti-FeCoV positivos fosse predominante. Nesta população a titulação de anticorpos anti-FeCoV foi realizada essencialmente como meio complementar de diagnóstico clínico de PIF e não como meio de avaliar a ocorrência de uma exposição prévia ao FeCoV, não tendo sido detectada uma diferença significativa entre os títulos de anticorpos anti-FeCoV entre ambos os grupos. Assim sendo, e com base nos resultados obtidos neste estudo, a repetição periódica da titulação em animais sem sintomatologia de PIF mas que poderão ter estado em contacto com animais infectados com FeCoV durante um período de um ano deverá ser realizada para avaliar a evolução da situação, de acordo com o preconizado pelo laboratório DNATech. Já no caso dos animais com sintomatologia suspeita de PIF, a titulação deverá ser realizada e o resultado analisado tendo em conta a anamnese, sinais clínicos e parâmetros laboratoriais apresentados pelos animais, continuando a histopatologia associada à imunohistoquímica a ser actualmente o método de diagnóstico de PIF com maior valor diagnóstico.