Percorrer por autor "Quinta, Joana"
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Item História da formação de professores de língua portuguesa em Benguela – Angola(2016) Quinta, Joana; Brás, José Gregório Viegas, orient.A formação de professores comporta diferentes vertentes de estudos como a formação inicial, permanente, formação de formadores, sendo uma problemática que tem suscitado diversas investigações nas sociedades globalizadas, porém ainda diminutas no Estado angolano. Este estudo pretende fazer a história recente na formação de Professores de Língua Portuguesa (LP) em Benguela (Angola). Assim, o objectivo é identificar e reflectir sobre os pontos críticos do processo de formação desses docentes. A metodologia utilizada nesta pesquisa contempla duas dimensões de abordagem: a análise documental e entrevistas. As fontes escritas usadas foram: textos legislativos, atas de congressos internacionais sobre a educação, relatórios das reformas educativas, os currículos de formação de professores, programas de LP, revistas da área de educação e as estatísticas da educação. As fontes orais foram: o Diretor Geral, o Diretor Pedagógico, o Coordenador de LP e os professores de LP do I ciclo do Ensino Secundário. Do trabalho realizado, destacamos como conclusões as seguintes: a melhoria de qualidade de ensino, relacionada com o desenvolvimento das reformas implementadas nas escolas. O impacto desse processo está nos números de inscritos no ensino que passou a ser significativo a partir de 1976, depois da independência. Contudo, com a análise dos modelos e as entrevistas feitas aos Professores de LP verificou-se que os programas de LP não satisfazem todas as necessidades de formação, sobretudo, ao nível da inclusão das Línguas Nacionais (LN) e da literatura. Estes não resultaram em melhorias consideráveis de ensino. Neste sentido, constatou-se que a linguagem dos alunos é contaminada pelas interferências das LNs no uso da LP e salientou-se as condições do ensino de LP na realidade sociolinguística benguelense. Assim, há necessidade de formar professores de LP em Benguela contemplando uma sólida preparação ao nível sociolinguístico.Item O Umbundo no poliedro linguístico angolano : a Língua Portuguesa no entrelaçamento do colonialismo e pós-colonialismo(Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Quinta, Joana; Brás, José Gregório Viegas; Gonçalves, Maria Neves L.A linguagem é um dispositivo de poder. Isto implica sempre manipulação de forças, estratégia dominante, o que provoca constrangimentos, sobreposições, contaminações. Por isso a língua não pode ser analisada fora dos jogos de poder. Neste enquadramento, o problema que se nos deparou foi saber de que modo se verificam empréstimos linguísticos entre o Umbundo e a Língua Portuguesa (LP) e quais os motivos pelos quais perduram em ambos os idiomas essas interferências. Assim, são objectivos deste artigo: analisar a presença do Umbundo no multilinguismo angolano; refletir sobre a importância da Língua Portuguesa no contexto das relações de poder do colonialismo e pós-colonialismo; identificar empréstimos linguísticos para a evolução, renovação e reflorescimento da Língua Portuguesa e do Umbundo. Utilizámos para o nosso trabalho as seguintes fontes: Gramáticas; dicionários; literatura; obras historiográficas; legislação. As fontes utilizadas foram analisadas segundo as seguintes dimensões: a Língua portuguesa e o contexto linguístico angolano; bilinguismo; empréstimos linguísticos na LP e no Umbundo (a nível fonético, lexical e morfossintáctico). Pelo nosso estudo pudemos concluir que a LP, no quadro das relações de poder do colonialismo e pós-colonialismo, mantém o estatuto de língua de referência, sendo relevantes os empréstimos linguísticos do umbundismo na LP e vice-versa.