Percorrer por autor "Waap, Helga, orient."
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Item Avaliação do parasitismo gastrointestinal por nemátodes e céstodes em ovinos das raças Merina Branca e Merina Preta(2021) Vieira, Pedro Nunes Cabanas Paes; Waap, Helga, orient.Tradicionalmente e, cada vez mais, a nível mundial a ovinocultura utiliza como fonte primária de alimentação as pastagens. Contudo, é principalmente nestes ambientes que proliferam os nemátodes e céstodes gastrointestinais, responsáveis por 40% das perdas que ultrapassam em custos, só em Portugal, cerca de cinco milhões de euros. Com o presente trabalho pretendeu-se avaliar a prevalência de nemátodes e céstodes gastrointestinais, respetivas cargas parasitárias, bem como a necessidade de desparasitação em ovinos das raças autóctones portuguesas Merina Branca e Merina Preta. Para tal foram analisadas amostras de fezes de 243 ovinos da raça Merina Branca e 70 ovinos da raça Merina Preta, colhidas respetivamente em 13 e 7 explorações na região do Alentejo. As amostras foram analisadas pela técnica de Mini-Flotac para a identificação e quantificação dos ovos de parasitas. Verificou-se que 91% e 83% dos animais das raças Merina Branca e Merina Preta, respetivamente, se encontravam parasitados com um ou mais géneros de parasitas. Os parasitas mais frequentes foram os estrongilídeos gastrointestinais (87% Merina Branca; 80% Merina Preta) seguidos dos géneros Strongyloides (19% Merina Branca; 34% Merina Preta;), Nematodirus (21% Merina Branca; 9% Merina Preta), Moniezia (17% Merina Branca; 9% Merina Preta) e Trichuris (3% Merina Branca; 1% Merina Preta). A mediana da carga de ovos foi de 300 OPG na raça Merina Branca e 188 OPG na raça Merina Preta. As diferenças de prevalência e cargas parasitárias observadas não foram estatisticamente significativas e não permitiram inferir sobre diferenças na resistência ao parasitismo gastrointestinal entre as duas raças. No que respeita a necessidade de desparasitação, com base no grau de infeção parasitária determinado, classificado como leve em 57 % dos animais e moderado a grave em 43%, a administração de anti-helmínticos seria dispensável na maioria dos casos, justificandose o tratamento seletivo dos restantes animais.