Caleidoscópio : Revista de Comunicação e Cultura nº 01 (2001)
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Item O direito de Ser digital(Edições Universitárias Lusófonas, 2001) Matela, João; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoÉ realista esperar que as sociedades saibam conduzir um diálogo ético (na formulação, por exemplo, de Habermas) sobre as escolhas tecnológicas que se lhes deparam? Ou o inelutável «progresso» confere à ética tão-só a desconcertante eficácia de uns travões de bicicleta aplicados num avião a jacto («The Ethics of Cyberspace» – TEOC, p. 9), deixando-nos, virtuais herdeiros de Prometeu, à mercê da cólera de Zeus?Item Recensões : the corrosion of character, de Richard Sennett(Edições Universitárias Lusófonas, 2001) Andrade, Rogério Ferreira de; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoThe corrosion of character, de Richard Sennett, é um ensaio em forma de novela sobre a impaciência do capital e o destino do carácter na sociedade de informação. O protagonista central? O «homem de rede» do capitalismo neo-liberal, flexível. E o primeiro, mas não o único, perdedor anunciado? O «homem de mármore»1, aquele que quer ainda acreditar que o trabalho e a carreira são para toda a vida, aplicando-se a «provar o seu valor moral através do seu trabalho» (p. 105). Qual a ironia subjacente? A descoberta paradoxal de que quanto mais densificamos a malha e os nós nas redes sociais, tanto mais o carácter – o «laço que estabelecemos com o mundo, o facto de sermos necessários aos outros» (p. 146) – se corrói e, com ele, a confiança, a lealdade e a possibilidade de compromissos mútuos. Sennett não tem grandes ilusões sobre o trabalho que desenvolvemos em equipas e em ambientes empresariais de rede, onde a «ficção dos empregados cooperativos (…), as máscaras do espírito de cooperação» (p. 113) se multiplicam e «as pressões dos outros membros da equipa substituem os golpes de chicote dos patrões para que as linhas de montagem de automóveis rodem sempre mais depressa» (p. 113). O epílogo? O de sempre.