Babilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução nº 13 (2013)
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Percorrer Babilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução nº 13 (2013) por assunto "DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES"
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Item Shipwrecked empires : on the Transatlantic Image-nary of Ships and Shadows(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Lessa, Ana; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoNaufrágios, tanto quanto a navegação em si, sempre fascinaram, entreteram e aterrorizam gerações de viajantes reais e imaginários. Para os marinheiros tanto quanto para os ávidos devoradores de seus contos e angústias, o navio inspira, inseparavelmente, sonhos e pesadelos. O mar é um elemento sagrado e misterioso que gera um fascínio popular generalizado, e as histórias contadas sobre ele maculam a memória de muitos com imagens, mas poucas explicações, de sobrevivência, mistério e morte. Eu analisarei como, do ‘naufrágio’ do colonialismo, das profundezas do Império levantaram-se nas ex-colônias de Portugal espectros tanto do naufrágio e quanto do desencalhe de identidades, histórias, e as histórias em geral, através de seu uso na literatura e no cinema, em uma memória coletiva do navio como uma representação do passado, presente e futuro dessas mesmas nações. Neste contexto, segundo o professor Paulo de Medeiros (2005), o naufrágio é “uma figura especial para variadas memórias pós-coloniais”, e suas negociações. Focando principalmente no Brasil e em Angola em relação à história da expansão Portuguesa e suas marcas culturais, institucionais e políticas (Lusotopia), eu explorarei temas e tendências a partir de estudos recentes, como O Atlântico Pardo de Miguel Vale de Almeida (2006) - uma “designação irônica [aludindo ao Atlântico Negro de Paul Gilroy] para o mundo criado durante o império Português, ou mais precisamente, a mais vasta narrativa hegemônica do suposto projeto miscigenação Português” (109); e as conexões analógas entre o navio que afunda e o império, uma vez à tona, caiu.