Entre prisão e exílio: rompendo com a cartografia do feminino
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Data
2002
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Editora
Edições Universitárias Lusófonas
Resumo
Neste artigo pretende apontar-se para uma crítica da representação da subjectividade feminina, sendo a representação sinónima de territorialização ou cartografia do feminino. A tentativa de se descentrar o mapeamento vigente envolve uma ruptura no modelo que pressupõe uma coincidência entre significante feminino e significado dominante, dando lugar ao jogo infinito de significação enquanto acto político. A geografia feminista da década de 80, refém dos conceitos marxistas de produção e reprodução, conceitos esses alusivos às esferas pública e privada respectivamente, ainda se movimenta no âmbito do essencialismo feminino. Contudo, ao admitir a ideia de excesso, de uma suplementaridade que escapa irremediavelmente a qualquer tentativa de contenção, ao mesmo tempo que indicia os perigos decorrentes de uma política rizomática totalmente descentrada, o feminismo contemporâneo abre caminho a uma nova geografia assente num ‘essencialismo estratégico’, apelando a uma vigilância constante no sentido de não extra-polar do local para o global.
This article aims to point towards a critique of the representation of feminine subjectivity, presuming that representation corresponds to a territorialisation or cartography of the feminine. The attempt to decenter the prevailing map of femininity involves provoking a rupture in the model whereby a feminine signifier coincides with a dominant signified, thus paving the way towards the free play of signification as a political act. Feminist geography of the 1980’s,caught in-between the marxist concepts of production and reproduction, allusive to the public and private spheres respectively, is fundamentally essentialist. However, by posi -ting the idea of excess, of a supple men tarity that inextricably escapes any attempt at containment, whilst simultaneously alerting us to the dangers of a completely decentered, rhizomatic politics, contemporary feminism is conducive to a new geography inspired on ‘strategic essentialism’. Appealing to constant vigilance in epistemological practice, the latter concept precludes the extrapolation from the local to the global.
This article aims to point towards a critique of the representation of feminine subjectivity, presuming that representation corresponds to a territorialisation or cartography of the feminine. The attempt to decenter the prevailing map of femininity involves provoking a rupture in the model whereby a feminine signifier coincides with a dominant signified, thus paving the way towards the free play of signification as a political act. Feminist geography of the 1980’s,caught in-between the marxist concepts of production and reproduction, allusive to the public and private spheres respectively, is fundamentally essentialist. However, by posi -ting the idea of excess, of a supple men tarity that inextricably escapes any attempt at containment, whilst simultaneously alerting us to the dangers of a completely decentered, rhizomatic politics, contemporary feminism is conducive to a new geography inspired on ‘strategic essentialism’. Appealing to constant vigilance in epistemological practice, the latter concept precludes the extrapolation from the local to the global.
Descrição
Caleidoscópio : Revista de Comunicação e Cultura
Palavras-chave
COMUNICAÇÃO, SOCIOLOGIA CONTEMPORÂNEA, SOCIOLOGIA DO GÉNERO, ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS, SOCIOLOGIA, PRISONS, COMMUNICATION, CONTEMPORARY SOCIOLOGY, SOCIOLOGY OF GENDER, SOCIOLOGY
Citação
Álvares , C 2002 , ' Entre prisão e exílio: rompendo com a cartografia do feminino ' , Caleidoscópio : Revista de Comunicação e Cultura .