De rua e de Janela
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Data
2001
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Editora
Edições Universitárias Lusófonas
Resumo
Neste artigo explora-se a posição do indivíduo situado no centro da cidade moderna, mais exactamente a oposição do sujeito que verdadeiramente está dentro dela com o sujeito que, ainda dentre dela, a olha contemplativamente de um ponto vista exterior, a olha a através de uma janela. Para analisar as consequências dessa posição, segue-se o percurso de dois contos, um de E. A. Poe e outro de E. T. Hoffmann. Em ambos os casos, assistimos à posição do espectador que, sozinho e olhando através da janela, vê que o movimento de uma cidade é o movimento de uma multidão. A oposição entre indivíduo e multidão estrutura as modernas cidades, num sentido mais profundo que o geralmente referido, utilizando-se algumas intuições de W. Benjamin para aprofundar essa relação. Salientando sempre a oposição entre espaço privado e espaço público, entre indivíduo e multidão, e entre multidão orde nada e multidão desordenada, o artigo termina prolongando a metáfora da janela para os usos também metafóricos das «janelas» em ambientes virtuais.
This article explores the positioning of the individual situated in a modern urban centre, more precisely the opposition between the subject who finds himself truly within the latter and the subject who, despite being inside a city, contemplatively gazes at it from an external point of view, looking through a window. In order to analyse the consequence of this position, we turn to the trajectory of two short- -stories, one from E. A. Poe and the other from E. T. Hoffmann. In both cases, one witnesses the position of the spectator who, looking through the window in isolation, sees that the movement of the city is the movement of a multitude. The opposition between individual and multitude structures modern cities, in a more profound sense than is generally referred; this relation will be delved into on the basis of W. Benjamin’s insights. Always emphasising the opposition between private and public space, between individual and multitude, and between disciplined and undisciplined multitude, the article ends by extending the window metaphor to the also metaphoric uses of «windows» in virtual contexts.
This article explores the positioning of the individual situated in a modern urban centre, more precisely the opposition between the subject who finds himself truly within the latter and the subject who, despite being inside a city, contemplatively gazes at it from an external point of view, looking through a window. In order to analyse the consequence of this position, we turn to the trajectory of two short- -stories, one from E. A. Poe and the other from E. T. Hoffmann. In both cases, one witnesses the position of the spectator who, looking through the window in isolation, sees that the movement of the city is the movement of a multitude. The opposition between individual and multitude structures modern cities, in a more profound sense than is generally referred; this relation will be delved into on the basis of W. Benjamin’s insights. Always emphasising the opposition between private and public space, between individual and multitude, and between disciplined and undisciplined multitude, the article ends by extending the window metaphor to the also metaphoric uses of «windows» in virtual contexts.
Descrição
Caleidoscópio : Revista de Comunicação e Cultura
Palavras-chave
LINGUÍSTICA, LITERATURA, FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA, COMUNICAÇÃO, LINGUISTICS, LITERATURE, CONTEMPORARY PHILOSOPHY, COMMUNICATION
Citação
Gomes , R C 2001 , ' De rua e de Janela ' , Caleidoscópio : Revista de Comunicação e Cultura .