O ensino superior : a mobilidade estudantil como estratégia de internacionalização na América Latina

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Data

2012

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Editora

Edições Universitárias Lusófonas

Resumo

Entre as atuais políticas para o ensino superior, a internacionalização desponta como uma estratégia importante para a inserção dos países no mundo globalizado quer seja pela perspectiva da solidariedade defendida pela UNESCO, quer seja pela tendência mercantilista propugnada pela Organização Mundial do Comércio. Este artigo se debruça sobre essa temática, analisando as principais características assumidas no processo de internacionalização da educação superior, com realce para a mobilidade estudantil, nas diversas regiões do mundo, explicitando como a América Latina e o Brasil, em particular, se inserem nesse processo. O artigo foi elaborado com base em revisão bibliográfica, análise documental e dados secundários. Os dados relativos à mobilidade estudantil foram disponibilizados pela UNESCO, nos Compêndios Mundiais da Educação concernentes aos anos de 2006 a 2010, e se referem às regiões receptoras e às que enviam estudantes para o estrangeiro. A análise dos dados permite concluir que as regiões que mais recebem estudantes, em processo de mobilidade, são aquelas onde os países são mais desenvolvidos e melhor inseridos na nova divisão mundial do trabalho. A América Latina se insere nesse processo de forma periférica sendo uma região com baixa recepção e elevado envio de estudantes para outras regiões do mundo, em especial para a região da América do Norte e da Europa Ocidental. Essa tendência, também, se confirma para o Brasil, embora esse país se destaque com um dos melhores resultados no continente, tendência que se consolida, pois recentemente, o país vem adotando estratégias para ampliar a sua inserção no processo de mobilidade estudantil, mediante a implantação de programas e da criação de universidades públicas que visam à integração regional.
Among the current policies for undergraduate schools, internationalization has emerged as an important strategy for the integration of countries in the globalized world either from the perspective of solidarity, advocated by UNESCO, either by mercantilist trend, advocated by the World Trade Organization. This article focuses on this theme, analyzing the main characteristics assumed in the process of internationalization of undergraduate schools, with emphasis on student mobility in different regions of the world, explaining how Latin America, and Brazil in particular, falls within that process. The article was based on literature review, documentary analysis and secondary data. The data on student mobility was provided by UNESCO, World Education Textbooks, concerning the years 2006 to 2010, and refer to the regions receiving and sending students abroad. Data analysis shows that the regions that receive more students, in the process of mobility are those where the countries are more developed and better inserted in the new global division of labor. Latin America is part of this process as being a peripheral area with poor reception and high sending students to other regions of the world, especially for the region of North America and Western Europe. This trend is also confirmed for Brazil, although this country stands with one of the best performers on the continent, a trend that was consolidated, as recently, Brazil has adopted strategies to enhance their integration into the process of student mobility through the implementation of programs and the creation of public universities aimed at regional integration.

Descrição

Revista Lusófona de Educação

Palavras-chave

EDUCAÇÃO, POLÍTICA EDUCATIVA, ENSINO SUPERIOR, MOBILIDADE, EDUCATION, HIGHER EDUCATION, EDUCATIONAL POLICY, MOBILITY, AMÉRICA LATINA, LATIN AMERICA

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