FEFD - Teses de Doutoramento
URI permanente desta comunidade:
Navegar
Percorrer FEFD - Teses de Doutoramento por autor "Madeira, Raquel Maria Santos Barreto Sajara, orient."
A mostrar 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Dance injuries and muscular strength in pre-professional dancers(2019) Moita, João Paulo Azinheira Martins; Madeira, Raquel Maria Santos Barreto Sajara, orient.As exigências físicas impostas aos bailarinos na sua prática artística, representam um risco significativo de lesão com taxas de incidência semelhantes aquelas observadas em atletas no mesmo nível de desempenho. A força muscular tem sido sugerida como um potencial elemento preventivo a considerar contra as lesões. No entanto, a natureza dessa relação ainda não é clara. O objetivo desta tese foi o de examinar a natureza dessa relação no cenário pré-profissional. Uma revisão sistemática da literatura (Estudo I) foi realizada para determinar o estado do conhecimento. Várias lacunas foram encontradas no que dizia respeito à epidemiologia das lesões na dança. Pela necessidade das mesmas serem preenchidas, um estudo epidemiológico (Estudo II) foi realizado com o objetivo de descrever os padrões de lesão na nossa população. Depois de identificar os saltos como a ação motora mais associada às lesões, o Estudo III teve como objetivo examinar a relação entre as características da potência dos membros inferiores através do salto vertical e o histórico das lesões. Não foram encontradas diferenças entre bailarinos com e sem história de lesão, no que diz respeito à potência dos membros inferiores avaliada através do salto vertical. Após uma análise detalhada dos resultados obtidos ao longo do curso da investigação, concluímos preliminarmente, que o papel da força muscular na propensão para as lesões pode estar mais relacionado com o processo de produção de força do que com o produto final observado. Os bailarinos mais fortes também sofrem lesões.Item Variabilidade da frequência cardíaca, carga de treino e caracterização psicofisiológica no ténis: estudo de caso(2023) Figueiredo, Paulo Filipe Pereira do Nascimento de; Madeira, Raquel Maria Santos Barreto Sajara, orient.A monitorização dos atletas é um dos aspetos críticos na otimização e individualização do processo de treino e recuperação. A monitorização da frequência cardíaca (FC), variabilidade da frequência cardíaca (VFC), perceção do esforço (RPE) e questionário de stress e recuperação para atletas (RestQ-Sport) através de dados não invasivos, fornece contributos importantes para este processo. A dissertação tem como objetivo investigar atletas de elite de Ténis em contexto de treino e de competição através de 3 estudos. No estudo 1, o objetivo foi monitorizar o período de preparação de dois atletas de elite de Ténis durante 4 (atleta A, masculino, 28 anos) e 3 (atleta B, feminino, 21 anos) microciclos de treino (M), através de variáveis fisiológicas (FC e VFC), psicológicas (RestQ-Sport e RPE) e caracterização do treino, carga de treino (CT) e volume de treino (VT). A análise da VFC, através das médias semanais, foi feita utilizando a variação mínima útil (SWC) e o erro padrão de forma a estabelecer uma zona de variação trivial. Os principais resultados foram: Para o atleta A as maiores variações foram encontradas de M2 para M3, no logaritmo natural da raiz quadrada da média da soma dos quadrados das diferenças entre intervalos R-R adjacentes (Ln rMSSD), - 4,05% do SWC; na frequência cardíaca em repouso (FCrep), +0,68%; no índice do sistema nervoso parassimpático (PNSIndex), -14,4% e índice do sistema nervoso simpático (SNSIndex), -12,8%. Para o atleta B, foi de M1 para M2 que se verificaram as maiores variações, Ln rMSSD, +14,4%; FCrep, -14,8%; PNSIndex, 373,8% e SNSIndex, 300%. Foram investigadas as associações entre a carga de treino (CT) e volume de treino (VT) e RPE, FCrep, Ln rMSSD e o intervalo de tempo entre batimentos consecutivos (R-R). Para o atleta A, a RPE correlacionou-se com o VT (r = 0,692, p < 0,01), FCrep r = 0,546; p < 0,01 e R-R r = -0,999, p < 0,01; a FCrep com VT, r = 0,546; p < 0,01 e com R-R, r = -0,999, p < 0,01. Para a atleta B a RPE correlacionou-se com o VT, r = 0,811, p < 0,01; para Ln rMSSD e R-R, r = 0,829, p < 0,01; para FCrep e Ln rMSSD, r = -0,848, p < 0,01; Para Fcrep e R-R, r = -0,994, p < 0,01. Para as respostas ao RestQ-Sport, foram encontradas diferenças no atleta A, no índice de recuperação de M0 para M3 e de M0 para M4 (p < 0,01 e p < 0,03), e para a atleta B, de M0 para M1 (p < 0,01). Para o índice de stress, no atleta A de M0 para M3 e de M0 para M4 (p < 0,02) e para a atleta B de M0 para M1, M2 e M3 (p < 0,01). No estudo 2, o objetivo foi interpretar as diferenças em Ln rMSSD e FCrep nos resultados de cada atleta e averiguar se existem diferenças na recolha de dados através da utilização de dias isolados ou médias semanais. Foi calculado o rácio entre Ln rMSSD e R-R para averiguar as diferenças entre os dois atletas. O atleta A apresentou um padrão condizente com uma situação de saturação parassimpática (ligeira diminuição de Ln rMSSD, diminuição da FCrep e diminuição de Ln rMSSD:R-R). A atleta B um padrão considerado clássico (diminuição de Ln rMSSD e aumento da FCrep e vice-versa). A utilização de dias isolados (segunda-feira, quinta-feira e sábado) para recolha de dados de VFC pode originar resultados absolutos e tendências díspares comparativamente à utilização de médias semanais. No estudo 3, o objetivo foi monitorizar um atleta de elite de Ténis durante o Campeonato Nacional Absoluto de Ténis, através da caracterização dos encontros (variáveis fisiológicas, psicológicas e observacionais) e avaliações matinais em repouso. Foram encontradas diferenças entre os 4 encontros nas variáveis das características dos jogos e FC, e entre os jogos de serviço e jogos de resposta nas variáveis características do jogo e FC exceto para o jogo 3. Foram encontradas correlações estatisticamente significativas entre as variáveis duração dos pontos e o tempo de recuperação entre pontos para os encontros 2, (r = 0,349, p < 0,01), encontro 3, (r = 0,230, p < 0,03) e encontro 4 r (106) = 0,241, p < 0,01. Encontramos uma correlação para a associação entre a duração dos encontros e o tempo de jogo efetivo (r = -0,930, p < 0,05); entre a duração dos encontros e a RPE (r = 0,916, p < 0,05), e para a associação entre a RPE e o tempo de jogo efetivo (r = -0,977, p < 0,05). Encontrámos diferenças na FC antes do início do encontro 4 (jogo da final) e os outros encontros anteriores. Nos períodos de recuperação sentado do encontro 4 verificou-se uma diminuição do SNSIndex nos dois últimos períodos ao contrário da FC que continuou a aumentar ligeiramente. Palavras-chave: Ténis, variabilidade da frequência cardíaca, perceção do esforço, carga de treino, recuperação