Mestrado em Cuidados Continuados Integrados
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Percorrer Mestrado em Cuidados Continuados Integrados por autor "Costa, Maria do Céu, orient."
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Item Avaliação da força muscular respiratória e pico de fluxo expiratório em idosos com acidente vascular cerebral: estudo comparativo(2014) Ocko, Rita do Carmo Cabral de Jesus; Costa, Maria do Céu, orient.O Acidente Vascular Cerebral pode afetar a função respiratória em termos de anormalidade na mecânica pulmonar e força dos músculos respiratórios, e essas alterações podem gerar condições não favoráveis como fadiga, dispneia e tosse fraca, predispondo os utentes afetados pela doença a riscos de infeções respiratórias. Em consequência, a avaliação muscular respiratória em idosos com AVC em processo de reabilitação é de importância fundamental, pois auxilia no diagnóstico, prevenção e tratamento de complicações respiratórias. Objetivos: Comparar a força muscular respiratória entre idosos com AVC e idosos sem a doença de forma a confirmar a ação dessa patologia nos músculos respiratórios. Método: Foi realizado um estudo de caso-controlo, transversal, com 15 idosos (5 homens e 10 mulheres) com o primeiro episódio de AVC e sem antecedentes de outras doenças neurológicas, com média de idade de 73±7,1 anos, e tempo de lesão entre 2 a 14 meses (média de 6,3±3,7 meses), que deveriam apresentar quadro de hipertonia e hemiplegia/paresia. O grupo de Controlo foi composto por 16 idosos (6 homens e 10 mulheres), sem antecedentes de doenças neurológicas, com idade média de 81,6±5,1 anos. Como critério de inclusão, os utentes de ambos os grupos não deveriam apresentar antecedentes de doenças respiratórias, insuficiência cardíaca grave (grau III e IV) e histórico de tabagismo ativo. A avaliação foi realizada através de medições de pressão expiratória máxima (Pemax), pressão inspiratória máxima (Pimax), pico de fluxo expiratório (PFE), Índice de Barthel (IB) e antropometria (peso, altura e índice de massa corporal). Resultados: Os idosos do grupo AVC apresentaram valores significativamente (p<0,001) inferiores de Pemax (45,7±14,3 cmH2O), Pimax (37,5±12,6 cmH2O) e PFE (101,3±33,1 l/min) comparativamente ao grupo Controlo, com Pemax (70,4±18,3cmH2O), Pimax (61,4±10,3 cmH2O) e PFE (264,0±59,3 l/min). Observou-se correlação positiva e significativa entre a IB e Pimax, Pemax e PFE e entre IMC e Pemax. Conclusões: Os resultados mostram uma diferença significativa da força muscular respiratória entre os grupos avaliados, sugerindo que a função muscular respiratória é influenciada pela ocorrência de AVC, pois os idosos afetados pela doença apresentaram fraqueza muscular inspiratória e expiratória, caracterizada pela redução da Pimax, Pemax e PFE comparativamente ao grupo controlo.Item Avaliação da qualidade de vida e do grau de dependência dos idosos apoiados pelo serviço de apoio domiciliário da Penha de França da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa(2014) Pires, Marco António Estevens; Costa, Maria do Céu, orient.Objetivos: Este estudo que surge na conclusão do Iº Mestrado em Cuidados Continuados Integrados, da Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa, está diretamente relacionado com a prática dos Cuidados Continuados e tem como objetivo melhorar o conhecimento sobre a população idosa apoiada pelo Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) da Penha de França (PDF) da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), através da Avaliação da sua Qualidade de Vida e dos seus Graus de Dependência, verificando ainda a existência de correlações entre os resultados dos instrumentos. Métodos: Realizou-se um estudo exploratório descritivo-correlacional, quantitativo e qualitativo, em que a seleção da amostra teve como critério de exclusão o défice cognitivo em que participantes não teriam diagnosticada doença Psiquiátrica, e como fatores de inclusão ter mais de 65 anos e beneficiar do serviços de SAD da PDF da SCML. Aos 40 idosos que assinaram o consentimento informado, representando cerca de 20% da população total, foi aplicado o Formulário de recolha de dados demográficos, os Índices de avaliação: das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD), de Barthel (IB); da avaliação das Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD), de Lawton & Brody (IL&B); e, por último, o instrumento de avaliação da Qualidade de Vida Diária, WHOQOL-OLD. Resultados: A amostra é 80% do sexo Feminino, com idades a variar entre os 65 e os 93 anos, e com um valor médio de 81,8 anos com DP = 6,46, em que a maioria é viúvo(a), com a quarta classe, reside sozinha, aufere menos que 485€ mensais, e ao nível do Grau de Dependência das ABVD encontrava-se em média com uma Dependência Leve, e em relação ao Grau de Dependência, ao nível das AIVD, a amostra encontra-se em média com uma Dependência Moderada. Na Avaliação da Qualidade de Vida, através da utilização do Instrumento WHOQOL-OLD da Organização Mundial de Saúde (que se encontra atualmente a ser validado para Portugal pela Drª Manuela Vilar em Tese de Doutoramento), evidenciou-se que a amostra pontuou numa escala de 0 – 100 de Qualidade de vida, em que zero corresponde à menor Qualidade de vida e 100 à melhor Qualidade de Vida, os seguintes valores em pontuação nas sete facetas: Morte e Morrer (64,37); Família e Vida Familiar (57,03); Funcionamento Sensorial (58,74); Autonomia (55,31); Presente e Futuro (46,56); Participação Social (42,97) e Intimidade (27,19). Verificou-se ainda a existência de várias correlações entre: os IB e IL&B; Entre o IB e as facetas: Autonomia Passado, Presente e Futuro e Participação Social; Entre IL&B e a faceta Autonomia; Entre várias facetas da WHOQOL-OLD e os IB e IL&B e as questões: Tempo de Acamado, Nível de escolaridade e Tempo de Acamado. Discussão: Se interpretarmos em conjunto as quatro facetas que apresentam os valores mais altos de qualidade de vida, verifica-se que apesar dos baixos rendimentos e da idade avançada, os idosos desta amostra revelam que têm uma perceção positiva na relação com: a Morte e o Morrer; Relações Familiares; Autonomia e Liberdade na gestão e toma de decisões. Relativamente às correlações encontradas entre as variáveis, existe uma correlação positiva entre os Índices de Barthel e de Lawton & Brody, ou seja sempre que o grau de independência de um aumenta o outro acompanha o seu aumento. Conclusões: Este estudo concretizou os objetivos a que se propôs, tanto quanto ao objetivo inicial de Avaliar a Qualidade de Vida e o Grau de Dependência dos idosos apoiados pelo Apoio Domiciliário da Penha de França da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, bem como quanto às 4 questões de investigação. Os resultados obtidos neste estudo com uma amostra de 40 idosos desta freguesia revelam que em média os idosos apoiados naquele período apresentavam Dependência Leve ao nível das Atividades Básicas da Vida Diária (Índice de Barthel), em média apresentam Dependência Moderada (Índice de Lawton e Brody) e na média dos 7 domínios da Avaliação da Qualidade de Vida (WHOQOL-OLD, versão ainda em validação para Portugal, pela Mestre Manuela Vilar – Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra), pontuaram 50,31 pontos numa escala de 0 – 100, de qualidade de vida.Item Determinantes sociais condicionantes das altas clínicas dos utentes da rede nas UCCI: um estudo de caso(2014) Monteiro, Maria Carolina Juliana; Costa, Maria do Céu, orient.Introdução: O adiamento das altas clínicas nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) por motivos sociais é actualmente considerado um dos principais motivos que impedem a integração atempada de novos clientes na Rede Nacional de Cuidados Continuados, RNCC, daqui em diante designada como a REDE. Este atraso tem impacto ao nível da recuperação e estabilização dos utentes, bem como ao nível de eficiência e eficácia da UCCI, não podendo deixar de se considerarem os aspectos sociais e económicos. Objectivo Geral: Identificar os determinantes que influenciam as altas clínicas em UCCI. Métodos e População do Estudo: Este é um estudo de caso colectivo, em que os dados observacionais, transversais, são recolhidos por meio de questionário de auto-relato (por cada área de intervenção directa) e por análise dos processos de consulta de pacientes. O objecto desta pesquisa abrange dois grupos: o grupo de amostra composto por 70 profissionais de saúde que lidam directamente com os utentes e o grupo amostra composto de utentes internados na UCCI L Nostrum, com alta clínica entre 1/1/2011 e 31/12/2012, e que foram integrados através da REDE. Foram recolhidos os dados de 293 utentes sendo objecto de estudo os casos de 83 utentes integrados através da REDE e com prolongamento de internamento por motivos sociais. Resultados: Na percepção dos profissionais de saúde, as respostas institucionais apresentam-se como a condicionante mais indicada, tanto para os utentes em geral, com 22 indicações (88%) como para os utentes da REDE, com 10 indicações (40%). Relativamente aos motivos familiares há referência de 76% para os utentes em geral e de 36% para os utentes da REDE. Os motivos económicos também apresentam, para os profissionais inquiridos, um valor expressivo (68%) nos utentes em geral, estando nos da REDE este factor condicionante a par com os motivos familiares (36%). Os motivos estruturais têm menor expressão tanto nos utentes em geral (32%) como nos utentes da REDE (16%). “Outros” para os utentes em geral, refere-se a dependência funcional (4%). Nos motivos familiares, para os utentes em geral, 23 (92%) foi mais vezes indicada a insuficiência de suporte familiar, para os utentes da REDE, 13 (52%). A ausência de suporte familiar, para os utentes em geral, representa 48% das respostas, seguindo-se o suporte inadequado (28%) e a ausência de cuidadores (24%). Para os utentes da REDE, o suporte inadequado apresenta-se como segundo motivo (7%), seguindo-se a ausência de suporte familiar (16%). Na percepção dos profissionais, os utentes da REDE estão também condicionados pela distância geográfica (8%) da sua área residencial. Em termos estruturais, os motivos mais assinalados pelos profissionais para a generalidade dos utentes foram as barreiras físicas à mobilidade (80%) e a habitação sem condições básicas de habitabilidade (78%). Os mesmos motivos foram assinalados para os utentes da REDE, barreiras físicas à mobilidade (40%) e habitação sem condições de habitabilidade (28%). No entanto, relativamente aos utentes em geral, a ausência de habitação (29%) e a distância geográfica (4%) também foram motivos assinalados. Dos motivos económicos percebidos pelos profissionais, a insuficiência de rendimentos é o factor mais assinalado pela generalidade dos utentes (84%) e pelos da REDE (68%), seguida da percepção da capacidade de reposta limitada das instituições, 64% para a generalidade dos utentes e 28% para os da REDE e por fim os tipos de respostas insuficientes para as necessidades individuais dos utentes (20% dos utentes em geral e 12% da REDE). No total dos dois anos, 2011 e 2012, verificaram-se na UCCI L Nostrum 293 prorrogações (100%) das quais 210 (71,6%) foram consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clínicos, enquanto 83 (28,3%) foram efectivamente protelamentos por motivos sociais, tendo em conta que nestes casos os utentes já não tinham critérios clínicos que justificassem a sua permanência na UCCI. Das 210 prorrogações consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clínicos, 93 (44,3%) foram-no por tempo de espera para transferência de UCCI. Em 2011, dos 146 utentes com alta protelada (100%), 50 utentes (34,2%) permaneceram na UCCI por motivos sociais, enquanto em 2012 houve registo de 33 casos de protelamento (22,4%) em 147 (100%) altas prorrogadas. Conclusões: Dos factores identificados como motivo de protelamento nos 83 utentes, estritamente por motivos sociais, destaca-se o protelamento de alta por espera de integração em equipamento/resposta adequada, nomeadamente lar ou serviços de apoio domiciliário (79,5%), seguindo-se a insuficiência de rendimentos do utente/familiares para contratação de serviços ou resposta institucional (74,7%), a inexistência de condições habitacionais para regresso ao domicílio (63,9%) e a insuficiência de suporte familiar (54,2%). Regista-se também a inadequação do suporte familiar (31,3%), a inexistência de suporte familiar (28,9%) e, em menor percentagem, a ausência de condições estruturais (13,3%). A ausência de domicílio (sem abrigo) (8,4%) e a ausência de rendimentos (4,8%) também foram factores inibidores da alta clínica. Dos 293 utentes identificados que tiveram protelamento da alta por motivos sociais verificou-se que 144 (49,1%) dos utentes permaneceram unicamente pela existência de condicionantes institucionais e familiares/estruturais. Aspectos éticos: ao longo deste estudo, foram assegurados e respeitados, todos os procedimentos de garantia da confidencialidade e rigor na recolha dos dados, e a não interferência nas dinâmicas da instituição, dos utentes e dos profissionais.Item Padrões de qualidade em unidades de cuidados continuados integrados: perceção dos fisioterapeutas(2014) Duarte, Ana Filipa de Albuquerque Ferreira Neto; Costa, Maria do Céu, orient.A Rede Nacional de Cuidados Integrados (RNCCI) tem como missão “Prestar os cuidados adequados, de Saúde e apoio social, a todas as pessoas que, independentemente da sua idade, se encontrem em situação de dependência.” Paralelamente, assiste-se a uma crescente preocupação com os padrões de Qualidade nos serviços de saúde, onde se incluem as Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI). O âmbito de intervenção na Rede fundamenta-se em três princípios fundamentais: reabilitação, readaptação e reinserção. Neste contexto planeou-se um estudo com a participação dos Fisioterapeutas, considerando que são profissionais, por excelência, diretamente ligados à reabilitação e consequentemente à readaptação e reinserção, assumindo por isso um papel de grande relevo na RNCCI. Sabendo que a sua intervenção tem como objetivo atingir e manter um nível de funcionalidade adequado a cada indivíduo e minimizar a percentagem de dependência através de um plano de intervenção planeado com o utente, realizou-se um estudo descritivo, pois consiste numa investigação aprofundada de um grupo de indivíduos, num número limitado de instituições. Em termos metodológicos, foi utilizado um questionário auto preenchido, construído com base na “Grelha de Avaliação da Qualidade das Unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados”. A população em estudo foi uma amostra de conveniência, aleatória, composta por 20 fisioterapeutas, aos quais foi aplicado o questionário. O objetivo do estudo foi proporcionar informação sobre a perceção dos Fisioterapeutas em funções em instituições da Rede Nacional de Cuidados Continuados, relativamente aos padrões de Qualidade praticados. A escolha das unidades de saúde foi feita por conveniência e mediante autorização das respetivas direções. Concluiu-se que a “Grelha de Avaliação da Qualidade das Unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados” mede de forma aceitável, nesta amostra, os dois componentes em estudo: “Prestação de Cuidados de Reabilitação” e “Gestão do utente na Unidade”, pelo que podemos utilizar os itens da grelha para constituir variáveis representativas dos dois componentes.Ambos são bastantes valorizados pelos fisioterapeutas e não se verificam diferenças estatisticamente significativas entre a valorização que os fisioterapeutas fazem de cada um dos componentes. A perceção dos fisioterapeutas sobre os padrões de qualidade, determinada pelo componente “Gestão do utente na Unidade” explica 34,5% da valorização da prestação diária de cuidados de saúde e reabilitação, determinada pelo parâmetro “Prestação de Cuidados de Reabilitação”, de uma forma estatisticamente significativa.Item Percepção de profissionais de saúde relativamente ao trabalho em equipa, em Unidades de Internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados(2014) António, Paula Alexandra dos Santos; Costa, Maria do Céu, orient.Introdução: O trabalho em equipa é em si mesmo um estilo de organização de trabalho, fundamental para a efectividade dos cuidados continuados integrados. Apesar de a evidência apontar para uma associação entre esta forma de organização entre profissionais e a melhoria de qualidade dos cuidados de saúde, não é fácil criar e manter uma cultura de trabalho em equipa em unidades de cuidados de saúde, principalmente devido a hábitos tradicionais de trabalho individualizado. A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados pretende dar maior e melhor resposta aos utentes ao nível da saúde, criando unidades de convalescença, de média e longa duração, e de cuidados paliativos, que permitem aos utentes não permanecerem internados em hospital de agudos quando os cuidados que necessitam não são de natureza intensiva, e evitam que vão para a comunidade ainda em fase de potencial recuperação. Objectivos: Este estudo teve como objectivo principal caracterizar as percepções, por parte dos profissionais de saúde das unidades de internamento, no que se refere à forma de organização do trabalho das equipas de saúde. Métodos: O estudo seguiu um desenho observacional transversal, sendo a recolha de dados realizada através da auto-administração de um questionário online a profissionais de saúde que trabalham em unidades de cuidados continuados integrados. A escolha das unidades de saúde foi feita por conveniência e mediante autorização das respectivas direcções. Resultados: A amostra é constituída por 27 profissionais de saúde que se encontram distribuídos por unidades de internamento da RNCCI da seguinte forma: 15 (55,6%) pertencem a uma Unidade de Convalescença, 4 (14,8%) a uma Unidade de Média Duração e Manutenção, 7 (25,9%) a uma Unidade de Longa Duração e Manutenção e 1 (3,7%) a uma Unidade de Cuidados Paliativos. Relativamente à sua distribuição por profissão temos 17 (62,9%) enfermeiros, 3 (11,1%) fisioterapeutas, 1 (3,7%) psicólogo, 2 (7,4%) assistentes sociais, 2 (7,4%) terapeutas ocupacionais e 2 (7,4%) participante que se desconhece a sua categoria profissional. Os participantes trabalham em equipas jovens. Todos os participantes referem a existência de reuniões de equipa, com periodicidade tendencialmente semanal. É evidente a importância atribuída às reuniões de equipa (média de respostas de 9,15 numa escala de 0 a 10). De acordo com as percepções dos participantes, as diferentes categorias profissionais têm hábitos distintos de reunião: na perspectiva dos profissionais, a maior parte das categorias profissionais tende a reunir de forma semanal, sendo os enfermeiros o grupo profissional que é encarado como tendo hábitos de reunião mais frequentes. As reuniões de equipa são principalmente utilizadas para o planeamento de intervenções clínicas futuras. Para além das reuniões onde os objectivos são definidos, os profissionais não realizam encontros (51,9% de respostas entre “nunca” e “raramente”) para reflectir e analisar o desempenho individual, estabelecer empatia e flexibilidade, e criar o ambiente seguro, necessário ao desempenho eficaz da equipa. Os profissionais sentem ter espaço para expressarem as suas ideias (ao resto da equipa), mas sentem que nem sempre as suas opiniões são tidas em conta (37% de respostas em “raramente” e “por vezes”). Existe a noção, quase unânime, de que em equipa se atingem resultados que não seriam capazes de obter de forma isolada. Todos os profissionais de saúde consideram o trabalho em equipa fundamental para uma prestação de cuidados holísticos aos doentes e suas famílias, e a maioria considera o feedback entre os diferentes elementos da equipa como um factor para o bom funcionamento dos serviços. Relativamente à liderança dentro das UI, os profissionais sentem que o seu líder raramente defende os valores da equipa ou que tenha capacidade para motivar os restantes elementos da equipa para a prestação de cuidados Conclusão: As unidades de cuidados continuados, no contexto da RNCCI, são relativamente novas. Esta nova realidade organizacional explica em parte o facto de as equipas estejam ainda em fase de desenvolvimento e de maturação. Neste contexto, importa manter aspectos que, de acordo com o presente estudo, são promotores de trabalho de equipa interdisciplinar, como sejam a percepção da importância de reuniões e de comunicação contínua entre os elementos da equipa. Por outro lado, importa corrigir aspectos que podem corroer a evolução do trabalho em equipa. Nomeadamente, os aspectos de liderança, que devem promover, incentivar e utilizar as ideias e contributos relevantes dos vários elementos da equipa. Importa continuar a investigar a qualidade do trabalho em equipa nas unidades de CCI, nomeadamente através de construção e validação de instrumentos que permitam caracterizar de forma adequada as equipas de saúde e, dessa forma, compreender quais as modalidades de trabalho em equipa que mais qualidades em saúde proporcionam.