Mestrado em Serviço Social e Política Social
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Percorrer Mestrado em Serviço Social e Política Social por autor "Andrade, Marília de Carvalho Seixas, orient."
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Item As intencionalidades no agir profissional da assistente social : a experiência no ACES VI de Loures(2013) Rodrigues, Liliana Marina Plácido; Andrade, Marília de Carvalho Seixas, orient.Focalizando no sentido ético-político de agir da assistente social, o presente relatório expõe a reflexão problematizada da prática profissional vivenciada no agrupamento de Centros de Saúde Sacavém/Loures (ACES VI Loures). A reflexão acontece mediada por referenciais teóricos e empíricos que lhe conferem sustentação. Perceciona-se a intervenção da assistente social no Centro de Saúde como muito diversificada e complexa, atendendo à sua participação em várias unidades funcionais, programas e projectos, no âmbito das medidas de política social e ao trabalho quotidiano, com a população do Concelho de Loures. Considera-se que a intervenção da assistente social emerge e termina na comunidade e que os serviços de proximidade têm o privilégio de conhecer melhor as populações derivando daqui a possibilidade de adaptarem programas e estratégias de atuação, de forma coerente e ajustada às características e necessidades locais. Afirma-se que o desenvolvimento de uma intervenção com qualidade, junto da comunidade, só se torna possível se a assistente social puder realmente intervir de forma interdisciplinar e interpretar os fenómenos sociais numa visão holística. Demonstra-se que o agir profissional da assistente social possui uma intencionalidade que tem subjacente uma dualidade de compromissos: o ético-político e o normativo-institucional. O primeiro é orientado por procedimentos teórico-metodológicos e por princípios éticos e deontológicos, que norteiam a relação com a população destinatária. O segundo é condicionado pelas orientações normativas emanadas da instituição sendo a maioria decorrente de decisões mais amplas tomadas pelo poder político. A par dos princípios éticos, o agir do assistente social possui uma tradição política e autonómica mas, no quotidiano institucional, verifica-se frequentemente uma redução acentuada da autonomia profissional. Efectivamente, no caso em análise, a função da assistente social, no ACES VI Loures é associada a uma prática funcionalista de gestão de assuntos burocráticos e de questões pecuniárias. Prevalece o normativo institucional em prejuízo de uma intervenção direta e competente junto das famílias, das pessoas e da comunidade, a partir da integração nas equipas de saúde. Decorrentes deste estado de coisas surgem dilemas e inquietações no agir da assistente social. No contexto de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) cada vez mais fragilizado pela não assunção de direitos outorgados pelo Estado de Direito ficam em causa a participação cidadã, a justiça social, a equidade e o bem-estar dos interventores e das populações.