Mestrado em Serviço Social e Política Social
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Percorrer Mestrado em Serviço Social e Política Social por autor "Louro, Catarina Filipe"
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Item Os maus-tratos a crianças : representações das crianças sobre a família e o risco psicossocial(2012) Louro, Catarina Filipe; Rodrigues, Marlene Braz, orient.A escolha do tema da presente investigação baseou-se, fundamentalmente, no desejo de aprofundar a problemática do risco psicossocial na infância através do discurso das próprias crianças acedendo, para isso, às suas vivências, representações e significados. Assumimos, assim, como objetivo principal perceber que representações sociais têm as crianças em relação ao conceito de família e de risco psicossocial. Neste contexto, a vontade de dar “voz” à criança levou-nos a adotar uma abordagem de carácter qualitativo, sendo que o design metodológico utilizado é o estudo de caso porque se pretende conhecer com maior profundidade as representações sociais de um grupo de crianças sobre a família e o risco psicossocial sendo que, as singularidades da situação selecionada como objeto de estudo não são passíveis de generalizações empíricas sendo apenas aplicáveis à realidade específica da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (CPCJ) de Castelo Branco. Assim, partindo do pressuposto de que as crianças são atores sociais competentes para a interpretação da realidade social em que se inserem, tentámos, segundo a sua perspetiva, compreender quais são as faces do risco no espaço familiar considerando a sua prática e experiência tentando, ainda, por um lado, perceber como se posicionam perante as práticas parentais utilizadas na família e por outro, perceber se apesar de serem crianças inseridas em contextos de risco/perigo, devidamente identificadas, se isso influencia a sua perceção sobre o conceito de família. Ao longo dos discursos foi percetível que apesar das crianças estarem inseridas em contexto de risco/perigo as mesmas não se consideram como tal sendo que, na sua generalidade, desconhecem os motivos que conduziram à sua sinalização. As crianças, conseguem, de facto, identificar e mencionar fatores de risco na sua própria família, no entanto, não se revêm numa situação de risco/perigo. Assim, as crianças deste estudo, têm uma imagem positiva acerca da família mas os seus discursos fazem transparecer inúmeros sentimentos de insegurança e carência.