Doutoramento em Ciências da Comunicação
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Percorrer Doutoramento em Ciências da Comunicação por autor "Ferreira, Nuno Estêvão, orient."
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Item O 18 de janeiro de 1934 na Marinha Grande : a imprensa local na (re)construção do mito(2018) Ferreira, António José Lopes; Ferreira, Nuno Estêvão, orient.Em 18 de janeiro de 1934 eclodiu em várias localidades de Portugal, nomeadamente na então vila da Marinha Grande, hoje cidade com cerca de 40 mil habitantes, um movimento insurrecional que pretendia derrubar o Estado Novo e, dessa forma, abolir a legislação que pretendia condicionar o sindicalismo livre. A ação revolucionária do operariado português, intentada fundamentalmente por anarco-sindicalistas e comunistas, unidos numa Frente Única, foi «esmagada» por Salazar, sem grandes dificuldades. O homem que liderou Portugal com «mão-de-ferro» até 1968 aproveitou a oportunidade para usar habilmente a imprensa escrita e, assim, passar ao povo a mensagem que mais lhe interessava, ou seja, permitiu que os jornais de referência à época publicassem as ações que contribuíram para desestabilizar a ordem pública, designadamente atentados bombistas, cortes de linhas férreas e interrupção de energia elétrica. Se por um lado o novo regime autoritário utilizou engenhosamente a comunicação, em contraponto esta foi uma das falhas dos revoltosos que conceberam e promoveram a ação insurrecional, uma das mais duras derrotas do movimento operário português. Oito décadas após o 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande, continua muito por esclarecer. Esta tese visa observar as representações do movimento insurrecional na imprensa regional e local do distrito de Leiria (O Mensageiro, A Voz do Domingo, Região de Leiria, Jornal da Marinha Grande, O Correio, Jornal da Marinha Grande e Jornal de Leiria - 1934- 1984), verificando-se de que forma o conteúdo político da ação foi plasmado no papel, desde logo entre a ditadura e a democracia, presumindo-se que existem diferenças significativas, devido à presença permanente do censor durante os anos em que perdurou em Portugal o Estado Novo. Há ainda a ter em conta a dimensão como a efeméride foi comemorada e as apropriações que foram sendo feitas ao longo dos anos, designadamente pelo Partido Comunista Português, ou melhor, pelos seus dirigentes, bem como as controvérsias que daí resultaram.