Percorrer por autor "Cunha, Paulo Jorge Rodrigues"
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Item Prescrição e controlo do regime de treino aeróbio em nadadores(2017) Cunha, Paulo Jorge Rodrigues; Proença, Jorge, orient.A Natação Pura Desportiva (NPD), em função da natureza do esforço em situação competitiva, pode ser designada como uma modalidade de resistência, onde a participação do metabolismo aeróbio, apesar de variável, é determinante para o provimento energético da quase totalidade das provas (Gomes-Pereira, 1992; Rodriguez & Mader, 2011) A presente dissertação tem como alvo a avaliação e prescrição do treino aeróbio em nadadores de nível nacional e internacional, sendo composta por três estudos sequenciais. 1º Estudo - Desenvolvimento da capacidade aeróbia em nadadores – critérios para prescrição e controlo de tarefas de treino em zonas aeróbias Utilizando um questionário on-line, uma amostra de 51 treinadores portugueses (de reconhecido mérito nacional e internacional a nível dos escalões juniores e seniores) responderam a 4 grupos de questões fechadas relacionadas com os métodos de controlo da carga e as tarefas preferenciais para o desenvolvimento de três zonas distintas de treino aeróbio. Em todas as variáveis verificou-se uma considerável dispersão nos resultados obtidos, com a excepção da frequência cardíaca, como método privilegiado de controlo da carga (90,2%). De salientar a massiva utilização do treino intervalado, em todas as zonas de intensidade, secundarizando completamente os métodos contínuos. 2º Estudo - Prescrição e controlo das velocidades de treino aeróbio em nadadores, associadas a parâmetros fisiológicos, cinemáticos e psicológicos São objetivos específicos deste estudo comparar as velocidades (Vs) calculadas através de protocolo incremental adaptado – 7x200m, de Pyne, Maw, & Goldsmith (2000) – para as intensidades de A1 (limiar láctico) e A2 (limiar anaeróbio), com as Vs prescritas pelos treinadores, e as Vs cumpridas pelos nadadores, através do controlo das seguintes variáveis associadas: a) fisiológicas: lactatemia (La) e frequência cardíaca (FC); b) a perceção do esforço (PE); c) as variáveis cinemáticas: frequência gestual (FG) e índice de nado (IN).A amostra: 16 nadadores masculinos absolutos de nível nacional e internacional, com idade de 20.0±3.7 anos. Foram avaliadas as seguintes tarefas: A1 – 8x400m L 70% p=30” (T1) e 32x100m L 65% p=10” (T2); A2 – 2x(7x200m L 80% p=30”) P=3’ (T3) e 3x(10x100m L 75% p=15”)P=3’ (T4). Principais conclusões: Os treinadores tendem a prescrever Vs inferiores ao estimado protocolarmente, sobretudo em A1. Maioritariamente, os nadadores cumprem com as prescrições dos treinadores. Em A1 as diferenças de V são acompanhadas por diferenças de La e PE, mas não da FC. Em A2 as diferenças de V nem sempre tiveram uma correspondência direta com as restantes variáveis do estudo, particularmente em PE. Os valores de FG e IN não sofrem alterações importantes, mesmo quando se verificam diferenças nas Vs. 3º Estudo - Determinar o efeito de 4 microciclos preparatórios diferenciados pelo desenho das tarefas de treino nas zonas de intensidade A1, A2 e potência aeróbia – séries exatas versus séries progressivas Foi objetivo deste estudo: determinar e comparar o efeito de dois tipos de treino intervalado diferenciados – Séries Progressivas versus Séries Exatas – aplicadas em quatro microciclos do período preparatório do 1º macrociclo da época, nas zonas de intensidade predominantemente aeróbias: A1, A2 e PA. Foram avaliados os seguintes parâmetros: cronométricos (velocidade), bioenergéticos (lactatemia e frequência cardíaca), biomecânicos (frequência gestual, índice de nado e eficiência propulsiva) e psicológicos (perceção do esforço), encontrados em situação protocolar, igual ao 2º estudo. A amostra foi composta por 20 nadadores absolutos de nível nacional e internacional com idades de 18.0±6,5anos, divididos em 2 grupos de 10, onde o regime de treino, nas zonas referidas, foi diferenciado conforme o objetivo.Principais conclusões: Ambas as séries possibilitaram evoluções significativas da V no regime A1; contudo, as séries exatas revelaram-se mais vantajosas pela manutenção dos níveis de execução técnica. As séries exatas permitiram um melhor desenvolvimento da V na zona A2, sem prejuízo para as restantes variáveis. As séries progressivas permitiram uma maior evolução da V, na PA, sem prejuízo para as restantes variáveis.