Percorrer por autor "Evmenenko, Anastasiia"
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Item Modelo circumplexo de afeto: resposta afetiva e níveis de ativação em praticantes recreacionais de crossfit(2020) Evmenenko, Anastasiia; Teixeira, Diogo dos Santos, orient.Objetivo. A resposta afetiva é um fator preditor da futura adesão à prática regular de exercício físico e faz parte das recomendações da prescrição avaliá-la juntamente com outras medidas fisiológicas (FC, RPE). Até agora, foi confirmado que as medidas unidimensionais mais comuns não refletem toda a gama de respostas afetivas ao exercício, porque os protocolos de medição contextuais não são capazes de apanhar e refletir as mudanças afetivas dinâmicas em resposta à intensidade do exercício, e apenas descrevem a alteração do início para o pós-exercício. Uma das medidas bidimensionais que se aplica durante o treino e consegue traçar a resposta afetiva no momento é o modelo circumplexo de afeto aplicado ao contexto de exercício físico. O presente trabalho teve como objetivo analisar a resposta na valência afetiva e ativação ao exercício físico no treino intervalado funcional de alta intensidade (CrossFit WOD) e examinar as mudanças no bem-estar e no domínio emocional com um projeto de pesquisa translacional, com interesse adicional nas diferenças inter-individuais e na representação da valência afetiva através do modelo circumplexo de afeto. Método. Inicialmente, para analisar a evidência científica existente sobre aplicação do modelo circumplexo de afeto no âmbito de exercício físico foi realizada uma revisão sistemática de literatura com base nos estudos experimentais que analisaram a resposta afetiva e ativação nas populações de várias idades e no âmbito de diferentes protocolos de treino, sempre através do prisma do modelo circumplexo. Posteriormente foi realizado um estudo transversal observacional com uma amostra de 33 praticantes de CrossFit nas boxes de Grande Lisboa. A valência afetiva, ativação, bem-estar e domínio emocional foram avaliados através de questionários psicométricos e através do cardiofrequencímetro. Realizaram-se testes descritivos, testes-T e correlações de Pearson como parte da análise estatística. Resultados. Na revisão sistemática da literatura foram incluídos 22 artigos de relevo. Todos os artigos utilizavam o modelo circumplexo de afeto como medidor da valência afetiva e ativação. Houve uma melhoria significativa na valência afetiva do pré ao pós-exercício, tal como um padrão consistente de diminuição do prazer ao se aproximar e superar o limiar anaeróbio. Os programas de exercício e exercícios aeróbios com intensidade auto-selecionada parecem promover ativação positiva em várias populações e faixas etárias, com o fenómeno presente da variabilidade interindividual. O treino de força e resistência muscular, de acordo com poucos estudos existentes, também parece promover os níveis de ativação mais altos durante o treino e uma resposta afetiva positiva pós-treino, tanto nos treinos com intensidade auto-selecionada, como com imposta (Focht, 2002). De acordo com Arent et al. (2005), a resposta afetiva é mais alta nas intensidades moderadas, ao contrário das intensidades baixas e altas. No estudo transversal observacional verificou-se que a resposta emocional teve diferenças significativas do início para o final do treino. Foram encontradas associações positivas entre as medições da Feeling Scale e o bem-estar final pós-treino, tal como ativação positiva. Não foram encontradas associações significativas da Felt Arousal Scale com o bem-estar final.