Percorrer por autor "Oliveira, Rita Mascarenhas Pacheco de"
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Item O grau histológico como fator prognóstico em tumores mamários da gata(2018) Oliveira, Rita Mascarenhas Pacheco de; Oliveira, Joana Cristina Tavares de, orient.Os tumores da glândula mamária são a terceira neoplasia mais frequente na gata. A incidência ocorre entre os 10 e os 12 anos, sendo o aparecimento mais comum nas raças Domestic Short Hair e Siamês. Não existem fatores de risco claros para o desenvolvimento dos tumores mamários felinos, no entanto, os fatores endócrinos e os fatores genéticos são fatores a ter em conta. A sintomatologia mais frequente é o aparecimento de um ou mais nódulos nas glândulas mamárias, de dimensões variáveis e de fácil detecção ao exame físico. O diagnóstico é realizado através da execução do exame clínico e exames complementares. Por sua vez, o diagnóstico definitivo é efetuado unicamente através da análise histopatológica, permitindo assim: identificar a patologia, excluir os possíveis diagnósticos diferenciais, classificar a neoplasia segundo o tipo histológico, emitir um prognóstico e delinear o possível tratamento. Hoje em dia estão disponíveis alguns métodos terapêuticos, no entanto, a cirurgia é ainda o método de eleição. Na presente dissertação foi realizado um estudo retrospetivo observacional, procedendo-se à análise de casos de gatas com diagnóstico histopatológico de neoplasias mamárias malignas (N=51), presentes à consulta entre 2014 e 2016 na Associação Zoófila Portuguesa (AZP). Realizou-se a análise das fichas clínicas e dos relatórios histopatológicos, de modo a comparar as caraterísticas clínicas e histopatológicas presentes entre si e com a informação presente na bilbiografia encontrada. Neste estudo, a média de idades observada em gatas com neoplasias mamárias malignas foi de 10,8 anos, sendo a maior parte das fêmeas inteiras. O carcinoma tubulopapilar foi o tumor mais frequentemente observado e, a maioria dos tumores mamários apresentava-se necrosado e ulcerado, com um diâmetro entre 1 cm e 3 cm. Em relação à metastização, esta foi observada tanto nos gânglios linfáticos (8%) como nos pulmões (20%). Para além disso, ainda se observou uma percentagem de recidivas de 73,5%. A grande maioria das gatas em estudo (88%) não sobreviveu depois dos 12 meses após a realização da mastectomia. Através da análise estatística dos resultados, observou-se uma associação estatisticamente significativa (p=<0,05) entre o grau histológico e as seguintes variáveis: tamanho, metástases nos gânglios linfáticos, recidivas, intervalo livre de doença e metástases à distância.