Percorrer por autor "Pacheco, Ana Sofia Cardoso Barata"
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Item Estudo dos processos motivacionais para a prática do Qígong (Chi Kung) e a associação deste com a prevenção das quedas e medo de cair, na população idosa(2022) Pacheco, Ana Sofia Cardoso Barata; Palmeira, João Labisa da Silva, orient.Racional: Apesar da evidência científica sobre a importância de um estilo de vida ativo em todo o ciclo de vida da pessoa, a inatividade física e o sedentarismo continuam a prevalecer, podendo levar às comorbilidades ou à mortalidade prematura. Sendo o qígong uma atividade motora organizada e para fins de saúde e de bem-estar, considerámos que poderia ser estudado, com vista ao desenvolvimento de eventuais intervenções futuras, quer na promoção desse estilo de vida ativo, quer na prevenção das quedas e medo de cair, pela população idosa. Objetivo: Analisar os processos motivacionais para a prática do qígong e a associação deste com a prevenção das quedas e medo de cair, na população idosa. Método: Foi elaborada uma RSRL, utilizando o programa on-line CADIMA. Foi realizada uma pesquisa entre Janeiro e Março de 2021, nas bases de dados PubMed e Google Scholar, seguindo o modelo PICO, sob o tema da associação entre o qígong nas quedas e no medo de cair na população idosa. No segundo estudo foi elaborado um inquérito on-line, para se avaliar os processos motivacionais subjacentes à prática do qígong, seguindo a Teoria da Autodeterminação. Resultados: Para a RSRL, de 394 estudos identificados pelo CADIMA, ficaram cinco: três RCT e dois quasi-experimental. Para a variável das “Quedas”, dois apresentaram melhorias do equilíbrio funcional que apontam para uma redução da taxa de quedas. Para a variável do “Medo de Cair”, dois apresentaram melhorias pelo incremento na auto-eficácia. Para o segundo estudo, confirmou-se que quando as necessidades psicológicas básicas (NPB) forem percecionadas como satisfeitas, isso associa-se a uma motivação mais autónoma, a maior vitalidade e a mais bem-estar. Nomeadamente, as variáveis satisfação da autonomia e satisfação do relacionamento, bem como objetivos intrínsecos, associaram-se a maior motivação autónoma. Esta, por sua vez, foi a variável predita com maior associação à prática do qígong. Quando se deu frustração das NPB, nomeadamente do relacionamento, isso associou-se a uma motivação controlada. Os objetivos intrínsecos (com a variável competências) e os extrínsecos (com a imagem corporal) também tiveram o mesmo tipo de comportamento. A frustração do relacionamento associou-se negativamente, à vitalidade e à sensação de bem-estar. Conclusão: O qígong, por ser um tipo de exercício de baixo impacto e não dispendioso, e sendo procurado para promoção da saúde, está associado a processos motivacionais ligados à manutenção da atividade física. A RSRL confirma os resultados de literatura anterior que sugerem que o qígong previne as quedas nos idosos e melhora o medo de cair. Também se conclui que uma prática continuada gera melhores resultados. O qígong parece ser apropriado para intervenções que visem aumentar a atividade física e diminuir o sedentarismo, bem como promoção dos níveis de saúde e diminuição dos gastos públicos com esta. Palavras Chave: Tai Chi, auto-eficácia, Teoria da Autodeterminação, motivação, necessidades psicológicas básicas, vitalidade.