Percorrer por autor "Picado, Rita do Nascimento"
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Item Contaminação de espaços públicos por parasitas intestinais de cães e gatos na região de Aveiro(2022) Picado, Rita do Nascimento; Munhoz, Ana, orient.A proximidade entre o ser humano e os animais de companhia têm-se vindo a mostrar cada vez mais notória. No entanto, esta aproximação torna-se um risco para a infeção do ser humano com agentes zoonóticos, nomeadamente agentes parasitários zoonóticos. Pretendeu-se com este estudo avaliar a contaminação de espaços públicos com parasitas intestinais de cães e gatos assim como avaliar a perceção dos tutores, rotinas de risco e hábitos de desparasitação dos seus cães na Região de Aveiro. Foram recolhidas 120 amostras de fezes e 55 amostras de solo provenientes de parques e jardins públicos, parques infantis, parques caninos, praias e centros escolares. Também foram realizados 101 questionários a tutores que passeavam os seus cães nos locais de recolha. Foi obtida uma prevalência de 17,5% de amostras fecais positivas para formas parasitárias intestinais utilizando o método de Willis e o método de sedimentação e uma prevalência de 67,3% de amostras de solo positivas utilizando o método de Rugai. Nas amostras de fezes, ovos de Toxocara spp. foram encontrados em 14,2% das amostras seguido por ovos de ancilostomídeos em 4,2%, cápsulas ovígeras de Dipylidium caninum em 0,8% e oocistos de Cystoisospora spp. em 0,8%. Nas amostras de solo, os ovos da família Taeniidae foram encontrados em 54,5% das amostras, seguido por ovos de Toxocara spp. em 29,1%, ovos e larvas de ancilostomídeos em 23,6%, cápsulas ovígeras de Dipylidium caninum em 3,6%, oocistos de Cystoisospora spp. em 3,6% e ovos de Strongyloides spp. em 1,8%. Em relação aos questionários, 88,1% dos tutores afirmou recolher sempre as fezes dos seus cães, 54,5% dos cães não realizava a desparasitação interna segundo as indicações da ESCCAP, 86,1% dos animais tinha acesso aos quartos/camas/sofás, 72,3% dos tutores permitiam que os cães lambessem a sua cara e 84,2% dos tutores desconhecia o termo “zoonose”. Para concluir, foi possível observar uma elevada contaminação ambiental com parasitas intestinais, tendo a maioria caráter zoonótico. Assim, o contacto próximo com os animais revelado nos questionários, torna-se um risco de infeção para o ser humano. São encorajadas campanhas de sensibilização ou educação por parte do Médico Veterinário para uma correta desparasitação dos animais e recolha de fezes da via pública. Palavras-chave: Cães, gatos, parasitas intestinais, contaminação ambiental, zoonoses