Percorrer por autor "Rodrigues, Miguel Oliveira"
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Item Diagnóstico de necessidades de competências do agente da psp no atendimento à mulher vítima de violência conjugal(2012) Rodrigues, Miguel Oliveira; Amaro, António Duarte, orient.A presente dissertação têm como problemática a violência conjugal sobre a mulher por parte do seu companheiro masculino, e como objeto empírico de investigação, o diagnóstico de necessidades de competências do Agente da PSP para efetuar um atendimento eficaz à mulher vítima de violência conjugal. Em termos específicos pretende estabelecer-se um perfil de competências profissionais, ao nível dos conhecimentos, habilidades e atitudes, que o profissional da PSP deve possuir para efetuar este atendimento com eficácia, dignidade e respeitando todos os aspetos dos direitos destas vítimas. Cientificamente, a realização de um diagnóstico de necessidades de competências conjetura várias etapas que objetivam definir as competências necessárias, as que se encontram em falta, e expor as que atualmente se possuem. Para atingir tal propósito auscultaram-se as visões dos diferentes atores que intervém neste crime através de três amostras distintas, respetivamente, Especialistas, Vítimas e Polícia. Em concreto catorze reconhecidos especialistas nacionais da área da violência doméstica, cem mulheres vítimas deste crime com denúncia efetuada à PSP, e cem profissionais desta Força de Segurança que acuam neste crime. O procedimento que delimita estas etapas anuncia no seu âmago os objetivos específicos. Neste âmbito, pediu-se aos especialistas o delinear das competências necessárias, as vítimas que descrevessem as lacunas do atendimento, e aos Agentes para elencar as competências atuais. Com a triangulação dos dados obtidos foi possível obter o diagnóstico de competências e responder à pergunta de partida: Quais as competências que existem e quais as que se evidenciam como necessárias no Agente da PSP para o atendimento à mulher vítima de violência conjugal? Neste âmbito, Várias questões se levantaram de forma a responder a esta pergunta de partida: Quais as competências necessárias aos Agentes da PSP para efetuarem um eficaz atendimento perante este crime? Será que estas vítimas se encontram satisfeitas com o atendimento dos elementos policiais que responderam à denúncia do crime? Será que estes Agentes se sentem preparados para intervir com competência a este tipo de crime? Ao nível metodológico, após a pesquisa exploratória, utilizou-se uma metodologia transversal, quali-quantitativa e quantitativa, com recolha de dados assente no método de Delphi, com inquéritos por questionários semiestruturados e estruturados e a análise de conteúdo de dados estatísticos. Perante a análise dos resultados, o diagnóstico de necessidades competências efetuado permitiu concluir que existe um conjunto de competências que têm de ser melhoradas, outro que têm de ser adquiridas pelo Agente da PSP, definido por estes e pelas vítimas.Item O homem vítima de violência doméstica : perspetiva da vítima e do técnico especializado(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Antunes, Daniela Hammes Castro; Rodrigues, Miguel Oliveira; Instituto de Serviço SocialEste artigo apresenta-nos um estudo que procurou caracterizar socio-afetivamente o homem vítima de violência doméstica em situação de acolhimento em Portugal, e identificar a perceção do Técnico de Apoio à Vítima (TAV) face a violência doméstica contra os homens. Utilizamos uma abordagem metodológica qualiquantitativa, recorrendo a instrumentos diferenciados na recolha de dados, a entrevista semiestruturada e o inquérito por questionário. A amostra compreende dois grupos, oito homens vítimas de violência doméstica acolhidos na “Casa Abrigo para Homens” e 30 TAV da APAV. Alguns dos resultados mais relevantes obtidos demonstram que a maioria dos homens vítimas da violência doméstica apresentam algum tipo de fragilidade física, demonstram muita resistência à denúncia, e o sentimento de medo, humilhação e vergonha persistem na maioria dos casos. A caracterização e perfil destas vítimas em contexto nacional comprovou ainda ser desconhecida, nomeadamente pelos próprios técnicos especializados na matéria. Os apoios disponíveis para esta vítima masculina não são equivalentes com os que existem para a mulher.Item Violência doméstica e envolvimento parental na escola : perspetivas de mães e filhos(2017) Rodrigues, Miguel Oliveira; Martins, Alcina Manuela de Oliveira, orient.Os impactos negativos causados pela violência doméstica contra a mulher, pelo seu companheiro masculino, são uma realidade conhecida e comprovada, a nível da vitimação, na maioria dos estudos, que se debruçam sobre este fenómeno. Os impactos podem afetar vários domínios da vida destas mulheres, incluindo as suas capacidades parentais, como, por exemplo, o seu envolvimento no processo educativo dos filhos. O nosso objetivo será o de analisar o impacto da vitimação da mulher vítima de violência conjugal, no seu envolvimento parental na escola dos filhos, e respetivas consequências nos comportamentos e desempenho escolar do filho, no contexto social português. Para tal, utilizamos uma abordagem metodológica quantitativa, envolvendo uma amostra de 700 indivíduos, correspondendo a 350 mulheres vítimas de violência doméstica e 350 crianças e jovens, filhos destas vítimas, sendo 50 de cada NUTS II, abrangendo todo o país. A recolha de dados inclui um questionário, o qual comporta os dados intrafamiliares e sociodemográficos, contexto familiar, contexto do crime e suas envolvências, contextos comportamentais e escolares dos filhos e a avaliação do envolvimento parental na escola da mulher vítima. Alguns dos resultados mais relevantes obtidos evidenciam que as mulheres vítimas de violência doméstica apresentam melhores avaliações de envolvimento parental na escola, que os seus filhos percecionam sobre si, em todas as dimensões deste envolvimento. As vítimas que apresentam melhores avaliações de envolvimento parental na escola são as mais jovens, que possuem apenas um filho e que trabalham, que são independentes economicamente, que foram vitimizadas durante menos tempo e sem consequências físicas, cujo agressor foi efetivamente preso, e que não mantêm coabitação pós-crime. Relativamente aos filhos destas vítimas, estas apresentam, maioritariamente, impactos negativos ao nível dos seus comportamentos quotidianos e escolares pós-crime, particularmente mais deprimidos e/ou agressivos. Neste contexto, mais de metade destes filhos apresenta um quadro de retenções no seu percurso escolar, com uma média cinco vezes superior quando comparado com a média nacional. Observamos igualmente uma relação direta entre os filhos, que são também vítimas deste crime, que costumam intervir no decorrer do mesmo e que não são sinalizados à CPCJ quando vítimas diretas ou indiretas, com impactos negativos nos seus comportamentos e desempenhos escolares.