Percorrer por autor "Teixeira, Marta Maria de Sousa"
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Item Os preditores de saúde mental em reclusos do género masculino : o papel das estratégias de coping e da orientação positiva para a vida(2023) Teixeira, Marta Maria de Sousa; Ferreira, Maria José, orient.As estratégias de coping, a par da orientação positiva para a vida (OPV), têm-se revelado como essenciais para o processo de adaptação com sucesso em vários contextos, todavia, são ainda escassos estudos no âmbito da reclusão apesar da relevância em compreender o que poderá potenciar uma melhor adaptação e ajustamento psicológico em contexto prisional. Assim sendo, esta investigação apesenta os seguintes objetivos: 1) Analisar as principais fontes de stress e as estratégias de coping mais utilizadas em reclusão; 2) Analisar as diferenças ao nível das estratégias de coping, da OPV, da saúde mental e distress psicológico em função do tempo de pena cumprido; 3) Analisar o papel da OPV e das estratégias de coping na saúde mental e no distress psicológico. Este estudo contou com a participação de 180 reclusos portugueses do género masculino, com idades compreendidas entre os 22 e os 75 anos (M = 40.36; DP = 11.12). No que concerne às fontes de stress, as relações interpessoais surgem como a maior fonte (40.2% das respostas), seguindo-se a situação de reclusão (19.1% das respostas). Relativamente às estratégias de coping, as mais utilizadas pelos reclusos foram o coping ativo, a aceitação e o planeamento. Ainda no que concerne às estratégias de coping foram encontradas diferenças significativas na sua utilização entre grupos, mais especificamente na ventilação emocional e no uso de substâncias. No que diz respeito ao bem-estar, os níveis de bem-estar emocional e psicológico estão abaixo dos valores médios para a população portuguesa, já o bem-estar social apresenta valores acima. Relativamente aos valores de distress, foram registados valores de ansiedade e depressão moderados e de stress ligeiros considerando os valores de referência. Relativamente ao bem-estar, depois de controlado o efeito da idade e do tempo de pena cumprido, a OPV, o planeamento, e o coping ativo destacaram-se como preditores significativos. Já no que concerne ao distress, após controladas as mesmas variáveis supramencionadas, a OPV, a negação, o desinvestimento comportamental, o uso de substâncias, a religião, a autoculpabilização e o humor revelaram-se como preditores significativos.