ISS - Capítulos de Livros Internacionais
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Percorrer ISS - Capítulos de Livros Internacionais por assunto "AGGRESSIVENESS"
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Item O efeito da arte e do desporto na diminuição de comportamentos agressivos em crianças e jovens com medida de acolhimento residencial(Dykinson S.L., 2023) Ros, Simone Chaves; Gameiro, Fátima; Pedro, Ana; Santos, Joana; Instituto de Serviço SocialNo âmbito da promoção de competências pessoais e sociais, a Casa de Acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Santarém/PT, nas suas Unidades Residenciais, Primeiro Passo e Lar dos Rapazes, encontra-se a desenvolver o projeto D’AR-TE, que contempla a promoção bissemanal do desporto e das oficinas de artes e de habilidades psicossociais, com o objetivo de contribuir para a prevenção da (re)incidência de comportamentos agressivos, entre crianças e jovens institucionalizados. O objetivo principal da investigação foi analisar a dinâmica fisiológica, afetiva e comportamental de dezasseis crianças e jovens com medida de acolhimento residencial antes e após um ano de participação no projeto D’AR-TE. É uma investigação quantitativa, centrada no paradigma positivista. Foca-se na análise de dados, utilizando a estatística analítica. Foi definida como variável independente a participação no projeto D’AR-TE e como variáveis dependentes assertividade/perceção de agressividade, comportamentos de agressão, perceção de suporte social da família e dos pares, autoestima, autoconceito e níveis de cortisol. As modalidades de investigação realizadas foram intervenção/observação; recolha de sangue para análise clínica do cortisol e seis inquéritos por questionário (Escala de Comportamentos Assertivos para crianças- CABS, Questionário de Agressividade- AQ, Escala de Medida de Perceção do Suporte Social dos Amigos- PSS-Am e da Família- PSS-Fam, Escala de Autoconceito de Piers-Harris-PHCSCS-2 e a Escala de Autoestima de Rosenberg-RSES), aplicados em quatro encontros com cada participante antes e após um ano de participaçção no projeto. Foi também implementado uma Grelha de Observação de Comportamentos Agressivos (GOCA), com o objetivo de registar os comportamentos agressivos dos indivíduos ao longo do ano de projeto. Para a análise dos dados recorreu-se à estatística não paramétrica de duas amostras emparelhadas, utilizando o teste Wilcoxon. Os resultados evidenciaram a diminuição de comportamentos agressivos, bem como o aumento da autoestima após a participação no projeto D’AR-TE. O autoconceito, a perceção de suporte social dos pares e da família e os valores de cortisol não revelaram alterações estatisticamente significativas. Como conclusão, podemos afirmar, que a participação no projeto D’AR-TE, mais concretamente a frequência bissemanal das oficinas de arte, desporto e habilidades sociais ao longo de um ano promoveram o aumento da autoestima e a diminuição de comportamentos agressivos ao provocarem uma (re)organização psíquica mais saudável, permitindo aos indivíduos ressignificar conceitos e atitudes. De acordo com os resultados desta investigação, revela-se imprescindível que a oferta de um ambiente adequado ao desenvolvimento das crianças e jovens acolhidos, inclua dinâmicas/atividades que promovam a arte, o desporto e as habilidades psicossociais de confiança, autonomia, iniciativa, auto valor e empatia que promovam a resiliência individual e social e, indiretamente, diminuam os comportamentos agressivos.Item Papéis de vítima e/ou agressor em indivíduos com diagnóstico de doença mental(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Lourenço, Mariana; Gameiro, Fátima; Instituto de Serviço SocialDe acordo com a literatura, existe relação entre o comportamento agressivo e as perturbações psiquiátricas. Para compreendermos essa realidade na perspetiva dos doentes mentais, desenvolveu-se um estudo junto de 26 indivíduos com diagnóstico de doença mental, 8 com esquizofrenia, 9 com perturbação de humor e 9 com doença bipolar com o objetivo de identificar a sua auto perceção da agressividade. A amostra tem uma média de idades 54,8 anos, doze são mulheres e catorze homens e dez encontram-se integrados em contexto institucional. Foi aplicado o questionário de agressividade (Buss & Perry, 1992; Simões, 1993), através da plataforma ZOOM, contacto telefónico e presencialmente. Como resultados, verificou-se que dos vinte e seis indivíduos da amostra, seis (23,08%) apresentam valores de perceção de agressividade total acima da média, dois com diagnóstico de esquizofrenia, três de perturbação de humor e um com perturbação bipolar, sendo que destes apenas um se encontra inserido em instituição. No que concerne à dimensão de agressividade afetiva (n=3), esta prevaleceu nos indivíduos do sexo masculino com diagnóstico de esquizofrenia (n=2); quanto à dimensão de agressão física (n=7), verificou-se uma maior prevalência em sujeitos com esquizofrenia (n=4); no que respeita à dimensão da agressão verbal (n=6) a prevalência é homogénea por diagnóstico, esquizofrenia (n=2), perturbação de humor (n=2) e perturbação bipolar (n=2); relativamente à dimensão cognitiva (n=14), esta prevaleceu nos indivíduos com diagnóstico de perturbação de humor (n=7). Como conclusão, verifica-se que a maior parte dos indivíduos com diagnóstico de doença mental (76,92%) não se auto perceciona como agressivo. Dos indivíduos integrados em instituição, somente um se auto perceciona com agressividade acima da média. Os indivíduos com diagnóstico de doença mental que se autorrepresentam com maior agressividade são os que possuem perturbação de humor. Quando estudadas as dimensões da agressividade, verificou-se que os indivíduos com diagnóstico de esquizofrenia revelam perceção de possuírem maior agressividade afetiva/raiva e física e os indivíduos com perturbação de humor, maior agressividade cognitiva/hostilidade. Estes resultados revelam-se de extrema significância no âmbito da intervenção junto dos indivíduos com diagnóstico de doença mental e respetivas famílias.Item Prática de judo e comportamento agressivo em crianças e jovens com medida de acolhimento residencial(Dykinson S.L., 2023) Jorge, Rogério; Gameiro, Fátima; Pedro, Ana; Almeida, Miriam; Instituto de Serviço SocialO judo tornou-se uma atividade popular para os jovens pelo mundo inteiro e mais recentemente têm havido esforços para introduzir este desporto em contextos educacionais e de reabilitação. No âmbito do projeto D’AR-TE, promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Santarém, crianças e jovens em perigo com medida de acolhimento residencial, iniciaram o treino de judo, orientado por um mestre federado, durante 1 hora e 30 minutos, duas vezes por semana. Este estudo longitudinal teve como objetivos conhecer a perceção das crianças e jovens relativamente à prática de judo e avaliar a relação entre esta prática e os comportamentos agressivos nas crianças e jovens em acolhimento residencial, com avaliação no início da prática e três meses depois. Participaram quatro crianças e dez jovens do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 7 e os 21 anos, que integram duas respostas residenciais da Casa de Acolhimento. Para a execução dos objetivos utilizou-se uma orientação metodológica mista, quantitativa e qualitativa dos dados. Como instrumentos foram utilizados uma grelha de observação dos comportamentos de agressão (GOCA) preenchida pelos elementos das equipas educativa e técnica das unidades residenciais sempre que se verificava a ocorrência de um comportamento de agressão (físico, verbal e contra equipamento) e uma entrevista semiestruturada que avaliava a perspetiva pessoal da criança e jovem relativamente à relação da prática de judo durante três meses e a mudança nos comportamentos de agressão ao nível físico, verbal e contra equipamentos. Os resultados demonstram que após três meses de prática de judo, as crianças e jovens em acolhimento residencial manifestam perceções mais positivas relativamente à influência desta prática a nível comportamental e apresentam menos comportamentos de agressão física. Conclui-se que a prática de judo é percecionada pelas crianças e jovens como uma modalidade positiva relativamente ao ajustamento comportamental e revela-se como uma ferramenta útil na diminuição dos comportamentos de agressão nas crianças e jovens com medida de acolhimento residencial.