Revista Lusófona de Educação n.º 42 (2018)
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Percorrer Revista Lusófona de Educação n.º 42 (2018) por assunto "EDUCAÇÃO DE ADULTOS"
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Item Educação de Jovens e Adultos e acolhimento de imigrantes em Porto Alegre, Brasil: um relato de experiência com oficinas em aula plurilíngue(Edições Universitárias Lusófonas, 2018) Silva, Rodrigo; Bulla, Gabriela; Lucena, Júlia; Silva, Leandro; Araujo, MatheusEste trabalho discute a entrada de imigrantes na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil e suas implicações para a cultura escolar e as relações de sala de aula. Nossa reflexão parte de um projeto de extensão universitária com foco em práticas de multiletramentos em oficinas de leitura e produção textual escrita e audiovisual realizadas durante dois meses em uma turma de alfabetização da EJA, em uma escola do município de Porto Alegre no sul do Brasil. Apresentamos um panorama histórico da alfabetização de adultos no Brasil, o contexto de inclusão de imigrantes nas escolas municipais de Porto Alegre e, ao final, refletimos sobre nossas experiências em uma sala de aula multicultural e plurilíngue da EJA. Entre outras observações, as conclusões apontam que, tanto na cultura escolar dos imigrantes como dos brasileiros, houve uma equivalência entre a concepção de aprendizagens escolares como práticas pedagógicas tradicionais, acarretando dificuldades de engajamento em atividades de multiletramento. Também observamos que a relação dos imigrantes com a aprendizagem do português nem sempre corresponde ao imaginário dos professores e planejadores escolares, extrapolando a perspectiva do déficit linguístico e evidenciando outros modos de participação que prescindem da proficiência na língua oficial.Item Educação social e popular na educação de jovens e adultos: a atuação dos organismos internacionais(Edições Universitárias Lusófonas, 2018) Zanella, Maria Nilvane; Lara, Angela; Cabrito, BelmiroO artigo apresenta uma problematização sobre os pressupostos da Educação Social e da Educação Popular e a aproximação dos conceitos com a Educação de Jovens e Adultos a partir da década de 1970. O texto historiciza o nascimento da Educação Social no século XVIII e a sua inserção no mundo capitalista e socialista. No estudo identificamos os pressupostos históricos que nos possibilitam afirmar: a Pedagogia Social visa à manutenção do sistema vigente, seja ele socialista ou capitalista, enquanto à Educação Popular possui em seu cerne a transformação do sistema no qual está engendrada. Procuramos demonstrar que, mesmo durante o século XX, a Educação Popular esteve vinculada aos movimentos revolucionários ocorridos na América Latina, mas os organismos internacionais de maneira ideológica e intencional relacionaram o conceito de Educação Popular ao conceito de Educação Social. Assim, o artigo conclui: a Educação Popular foi cooptada pelo Estado e pelos organismos internacionais para sustentar ideologicamente a Educação de Jovens e Adultos, tornando-se um modelo de Educação Social no qual perdeu o seu cunho revolucionário.Item Educação territorializada na favela: uma experiência de educação de jovens e adultos na favela de Manguinhos(Edições Universitárias Lusófonas, 2018) Russo, Kelly; Oliveira, MichelleEsse artigo discute a ressignificação do “efeito favela” nas percepções dos docentes de um curso de EJA, ao trabalharem a partir de uma proposta pedagógica centrada no conceito de “educação territorializada”. Nossa pesquisa se baseia em um estudo de caso realizado em uma escola pública de Manguinhos (EJA-Manguinhos), favela situada na zona norte do município do Rio de Janeiro. Para isso, analisamos documentos, e realizamos observação e entrevistas com educadores durante o período de dois anos. Entre os resultados encontrados está a busca por uma coerência teórica-metodológica por parte dos professores, que repensam práticas e criam experiências significativas em sua relação com a comunidade local quando se sentem desafiados a pensarem em uma proposta “territorializada”.Item Emergência e transformações ocorridas nas políticas e práticas de reconhecimento de adquiridos experienciais (RAE) em Portugal (1999-2017)(Edições Universitárias Lusófonas, 2018) Barros, RosannaNeste artigo analisam-se as três políticas portuguesas para a educação e formação de adultos (EFA) que assentaram a sua lógica no reconhecimento de adquiridos experiencias (RAE), nomeadamente: o Programa de Ação S@ber+: Programa para o Desenvolvimento e Expansão da Educação e Formação de Adultos (1999-2005), o Programa Iniciativa Novas Oportunidades (2006-2012) e o Programa Qualifica (desde 2016). Refletindo sobre os enquadramentos e contextos, com base nos dados e resultados de duas investigações científicas: uma etnografia crítica conduzida entre 2004 e 2005; e uma investigação-ação em curso desde 2016; o objetivo foi apontar as principais caraterísticas e tensões inerentes a quinze anos de transformações da agenda deste sector e das práticas intrínsecas ao Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC). A principal conclusão que se retira da analise é que o RAE, tal como tem existido em Portugal desde 2001, e não obstante as contradições mapeadas neste texto, representa uma prática que tem contribuído para a promoção de equidade e igualdade no usufruto do direito à educação por parte dos adultos vulneráveis (em termos de qualificações).Item Existe siquiera la educación de personas adultas? Reflexiones sobre un concepto diverso(Edições Universitárias Lusófonas, 2018) Lucio-Villegas Ramos, EmilioEn el momento presente la educación de personas adultas está siendo objeto de un proceso creciente de homogeneización, tanto en sus metodologías, como en sus contenidos, como, sobre todo, en sus finalidades. En el presente artículo queremos reflexionar y valorar la diversidad de la educación de personas adultas como un elemento de resistencia frente a las políticas y las prácticas del aprendizaje a lo largo de la vida que han reducido a la persona a mero trabajador y consumidor y la educación a un proceso individual dirigido, de forma exclusiva, a la incorporación al mundo del trabajo.Vamos a señalar diversas definiciones, modelos, ámbitos y dimensiones de la educación de personas adultas. Nos detendremos brevemente en la propia diversidad de la investigación en este campo. Concluimos señalando como la educación de personas adultas debe continuar siendo una propuesta alternativa, de resistencia a las tendencias dominantes y que potencie la participación de las personas.Item El trabajo de la UNESCO sobre la educación de personas adultas y la educación como bien común: Aportes y reflexiones(Edições Universitárias Lusófonas, 2018) Milana, MarcellaLa educación de personas adultas se ha desarrollado en el tiempo como un área particular de investigación, reflexión y acción educativa; un área que favorece una visión de la educación como acción social. A la luz de las múltiples crisis del mundo contemporáneo, este articulo reflexiona sobre el papel complementario que la educación de personas adultas aporta para reforzar el valor educativo de la acción social para el desarrollo de las sociedades contemporáneas a partir de las aportaciones que nos ofrece la labor normativa así como el trabajo conceptual sobre la educación de personas adultas y la educación como bien común, que ha realizado la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO).